Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Seu olhar desviou-se do meu, daria tudo pra ler um segundo do seu pensamento e desvendar todos seus mistérios pra sentir-me completo. Seus olhos voltaram a encontrar os meus. O azul brilhante me hipnotizava, dava-me a certeza do que ela sentia como se fosse um espelho da sua alma. Aquilo era o meu segundo em sua mente.

            — Porque você está aqui comigo... – respondeu baixo – Porque nenhuma droga vale o tempo que estou com você!

Mirei-a tão intimamente que senti o calor invadir-me o corpo como se compartíssemos o mesmo sentimento. Tão único, tão mágico. Sentia-me um idiota por não saber responder-lhe, versos não eram suficientes pra demonstrar o que acontecia comigo. Abaixei a cabeça e fechei os olhos, tanta ternura invadiu-me que me doía o coração. Senti os dedos longos e macios dela alcançarem meu rosto num carinho tão vivo que fez-me arrepiar. Deixei-a contornar meus traços devagar reabastecendo minhas energias, fazendo meu corpo acender-se por ela.

            — Queria poder retribuir tudo que me faz sentir! – sussurrei repousando minha mão sobre a sua.

Levantei o rosto para mirá-la dando-lhe um beijo na palma, seus olhos me esperavam e seu rosto abria-se em um sorriso meigo.

            — Tirando a confusão que você deixa minha mente... – fortificou o sorriso – Você me faz sentir tudo e mais um pouco.

            — Mais um pouco quanto?

Ela suspirou apertando seus dedos um pouco mais em meu rosto. Seu sorriso diminui e a duvida aforou seus olhos.

            — O suficiente pra me deixar mais confusa!

Fechei os olhos assimilando. Sentia-me frustrado, mas não podia forçá-la a entender seus sentimentos. Ajudaria-a em tudo, menos a descobrir o que sentia por mim, por mais que eu soubesse a intensidade que seria aquilo.

            — Quer subir? – perguntei depois do silencio que se estendeu.

Ela assentiu. Mirei-a por mais um momento e beijei-lhe a testa demoradamente. Sai do carro em seguida abrindo sua porta. Sua mão tão delicada encaixou-se na minha. Tinha por mim que Maite ainda não havia chegado e que demoraria pra isso, mas estava tranqüilo. Confiava em Christian. Olhei Anahí erguer-se ao meu lado, fechei a porta e sorri-lhe. Não podia deixar de reparar na sua beleza tão febril.

            — Venha cá! – puxei-a de repente agarrando-a em meus braços.

Ergui-a do chão com facilidade segurando-lhe suspensa como fizera todas as vezes que a trouxera pra cá.

            — Poncho! – reclamou ela sorridente.

            — É pra manter a tradição! – falei maroto.

Seus braços envolveram-me o pescoço e seu rosto aproximou-se do meu.

            — Não quero lembrar as outras vezes... – disse ela – Estava fora de mim.

            — Isso não te impediu de dizer o quanto eu sou lindo! – engavetei a brincadeira tentando manter-lhe o sorriso.

Vê-la sorrir era minha felicidade. Ver seu sorriso perfeito e bem delineado não cabia emoção dentro de mim pra poder explicar o que sentia.

            — Eu não disse isso! ­– intrigou-se dando um tapa leve em meu peito – Não tire proveito da situação.

Soltei uma risada divertida enquanto encaixava minha testa na dela.

            — Pode aproveitar e dizer agora então...

            — Bobo... – sussurrou segurando-me o rosto dando um leve aperto em minhas bochechas – Você é a pessoa mais meigamente linda que eu conheço, satisfeito? – sorriu.

            — Acho que não... – fiz doce – Meigamente não é meio...hm...gay?

A fiz gargalhar. Sua risada invadiu meus ouvidos revigorando todo meu ser. O som simples, estridente tão doce e fortificante.

            — Você é o homem mais lindo aos meus olhos... – recompôs-se me olhando profundamente – Tanto por fora e principalmente por dentro... Melhorou? – pediu meiga.