Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 11 – Realidades Delirantes

As coisas continuam confusas, as luzes não acendem e os delírios continuam.

            — Você tem que fazer filha! É o preço por matar Juan!

            — Não você não entende!

            — Faça! – ordenou.

            — Não posso! – disse com a voz fraca.

            — Ele é sua única saída, faça o que ele manda....

            — N...nã...

Era agonizante abrir a boca e a voz não querer sair. Meu corpo estava dormente, não conseguia mover os dedos e suplicar pra que a imagem de minha mãe não se afastasse. Aos poucos o vulto foi sumindo e em seu lugar Juan materializava-se. Um agudo abarrotou meus ouvidos quando ele puxou o gatilho em minha direção.

Abri meus olhos acordando de sobressalto. Focalizei onde estava e tentei regularizar minha respiração falha. Senti os respingos de suor cair por meu rosto causando calafrios contínuos. Deus o que se passa?! Tentei levantar do sofá em que cochilara, da janela vinha à escuridão do final de mais um dia, dormira tanto que me sentia enjoada. Em efeito transverso meu estomago roncava de fome e minha garganta queimava por química. Era um desejo incontrolável, pior que sentir sede e não sacia-la. Pior que calor em um deserto escaldante sem ter uma sombra pra se proteger. Peguei minha mochila revirando as roupas e objetos que levara comigo. No fundo encontrei o mínimo pacote de pó branco que me restava. Abri-o e na própria mão deixei cair um pouco. Em uma fungada só já o havia consumido, limpei os restos com a boca e deixei-me cair no sofá novamente. Fiz isso mais uma vez não saciando totalmente o desejo por droga. Guardei o que restara na mochila e passei meu olhar pela foto que guardara mais cedo. Observei-a por um momento e decidida a não me incomodar com meus pesadelos logo a fechei. Respirei fundo. Estava tremendo, fazia calor e meu corpo estava todo suado. Mal tinha forças para levantar e tomar um banho. Mas mesmo fora de mim levantei. Fui até a mínima cozinha e abri a geladeira quase vazia. Retirei uma das tantas latinhas de cerveja e estralei o abridor. De um solvo só tomei metade do liquido gelado. A sensação de alivio desceu por minha garganta e apoderou-se do corpo inteiro. Senti-me melhor depois da primeira latinha. Voltei a sala e logo fui ao banheiro tomar um banho gelado. Senti-me amortecida e extasiada. Passei a ficar melhor, mas precisava sair, não era minha praia ficar trancada. Logo estava na rua caminhando sem rumo com a cabeça pulsando a mil por hora. Não sabia o que estava a minha volta e só via ladrilhos a minha frente. Passei por vários becos escuros parando em um que chamou minha atenção. Um único nome veio em minha mente: Juan. Havia chegado ao beco em que tudo acontecera, não tive coragem de me aproximar e meu instinto dizia isso, observei os cantos escuros e sai correndo dali. Acabei chegando ao ultimo lugar em que queria estar.

            — Ora se não é a Anahí – zombou Ucker a porta da casa de show – Vai querer entrar? Tem que pagar – disse soltando uma risada.

            — Vai se fuder idiota – empurrei-o e entrei na “Addictive’s”.

A musica alta invadiu meus ouvidos e as luzes multicoloridas ofuscavam meus olhos. O lugar estava lotado como toda noite, em um canto os multimilionários sentavam nas poltronas confortáveis e babavam em cima das oferecidas. Pagavam por aquilo, e era isso que o maldito “Mentor” queria que eu fizesse. Me enfiei no meio da pista e fui em direção ao bar. Sentei logo em um banco de estatura alta e apoiei os braços no extenso balcão. Sentia que poderia desabar a qualquer momento.

            — Annie que faz aqui? – sobressaltou-se uma voz por cima da batida estridente.

            — Eu te conheço?

A pessoa de cabelos ruivos a minha frente fechou a cara e segurou meu rosto.

            — Não acredito que você se drogou de novo! – disse ela com um olhar apavorado.

Retirei suas mãos de cima de mim com a cara feia, a ruiva pareceu não se importar com o meu mau humor.

            — Me vê logo a bebida mais forte que você tem ai! E manda uma bomba junto! – falei a ela quase gritando.

            — Não vou te dar nada! – reclamou e saiu.

Pessoas a chamavam e quem quer que ela seja não poderia gastar seu tempo comigo. Tenho a impressão de que a conheço, mas não consigo me lembrar quem era e só de forçar em pensar minha cabeça doía.

            — Angel – chamei vendo a loira passar em minha frente, ela parou a me olhar – Me de o que ela não quer.

            — Anahí eu não posso...

            — Pode sim, ninguém precisa saber, eu sei que você tem!

            — Mas não é pra você!

            — Só um Angel!

Sua expressão se contorceu. Ela logo preparou uma dose de qualquer bebida e pos em minha mão a pequena pastilha de ecstasy.

            — Dulce não pode saber disso!

Assenti vendo-a sair confusa. Logo joguei a bomba em minha boca e dei um grande gole da bebida forte. Estremeci recebendo a dose e tonteei por alguns segundos. O efeito completou todo meu sangue fazendo-o pulsar mais rápido. Senti-me energética instantaneamente e meus sentidos se aguçaram. Levantei-me e entrei na pista abarrotada de gente. Comecei a dançar sem parar movendo-me na batida da musica, esbarrava nas pessoas ao meu redor vendo formas contorcidas de rostos. Sentia-me livre a ponto de voar, ria com facilidade de qualquer coisa e cada vez mais delírios surgiam em minha mente. A sensação de estar sendo observada por alguém continuava a me afligir, mas não dei muita bola. Queria dançar, me mexer e gastar a energia que corria por meu corpo.

            — Hey! – chamou uma voz perto do meu ouvido.

Virei-me para encarar o dono da voz doce e suave. Não o reconheci, mas seus olhos verdes brilhantes chamaram minha atenção sobre as luzes que rodavam a boate.

            — Que faz aqui? – perguntou-me ele como se me conhecesse.

Olhei-o por alguns segundos e dei-lhe as costas prosseguindo a dançar. Quando percebi o cara já estava a minha frente novamente.

            — Vai fingir que não me conhece? – disse ele.

Comecei a rir. Não parei de dançar e sua estatura alta ficou imóvel a minha frente com o cenho franzido.

            — Eu não te conheço bonitão! – disse em meio a uma gargalhada.

            — Você gosta de brincadeiras! – disse ele confuso.

            — Eu adoro uma pode ter certeza!

Sua face contorceu-se em uma careta me fazendo rir ainda mais. Sentia que o conhecia, a magnitude de seus olhos eram-me familiares, mas como a ruiva do balcão não consegui puxar em minha mente da onde.

            — Você não deveria estar aqui – falou ele – volte comigo Anahí!

            — O que você quer de mim? – falei parando de dançar e olhando-o.

Meu humor sumiu apavorando-me. As mãos sedosas do homem a minha frente seguraram meus braços. Um calor subiu-me a pele e novos indícios de quem ele era.

            — Você é o amigo dele não é?

            — Não sei de quem você está falando!

Suas palavras não me fizeram sentido. Estarmos ali não fez sentido nenhum. O encontro marcado fora para três dias, passaram-se apenas dois. Não entendo. Então não era ele.

            — Vamos Anahí! – falou recordando-me da sua presença – Venha comigo!

Então era isso! Muito mais fácil do que pensara, esse homem me atraia e não sei dizer o porquê.

            — Então você me quer? – perguntei avançando nele – É melhor acabarmos com isso logo então! – falei agarrando-me em seu pescoço.

Com um movimento rápido, selei meus lábios aos dele.

Entenderam o que se passa com a Anahí? Compreenderam que é o "bonitão"?

Grandes momentos nos proximos capitulos meninas =)