Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

— Juan mandou lembranças... – suspirou virando-se em seguida dando-me as costas.

Rapidamente segurei seu braço e ao mesmo tempo Alfonso segurou meu punho impondo sua presença. O olhar de Christopher bateu-se exatamente naquela ligação de três elos e o sorriso presunçoso apareceu em seus lábios. Dei-me conta de onde estava e com quem soltando-o em seguida. Oh deus! Que infortúnio! Ele queria definitivamente acabar com minha vida, acabar com a esperança da única decisão que havia tomado certa. Falar em Juan fazia-me recuar, senti-me frágil diante deles, era uma arma que eles usariam pro resto da vida. Alfonso permaceu ao meu lado encarando um Christopher satisfeito. Ele não sabia realmente porque Juan interferia tanto em minha vida, ele não sabia que eu havia-o matado! Mas Christopher sim e ele sabia que aquelas palavras me lembrariam do porque eu dever algo ao Mentor.

            — É bom saber que você não esquece de onde veio Anahí... – fez uma pausa passando os olhos por todo meu corpo – Sabe... Ainda quero-a em minha cama... Você conhece o caminho!

Foi uma provocação, não a mim, mas para Alfonso. E deu certo. A mão dele que ainda permanecia em meu punho soltou-se e bruscamente ele avançou em Christopher. A mão fechada acertou-o em cheio na altura do rosto fazendo Uckermann cambalear pra cima de um carro. Alfonso foi atrás, adiantou-se a ele prensando-o contra a capota e mantendo-o ali pelos ombros.
            — Alfonso pare! – avancei segurando-lhe o braço – Não vale à pena!

Ele me ignorou mantendo os olhos fixos em Uckermann. Ali estava o ponto que não queria ter chegado.

            — Você se meteu com a pessoa errada... – bateu o corpo dele sobre o capô – E se ele quiser dizer algo que venha pessoalmente! – soltou Christopher afastando-se com raiva – Estarei esperando!

Recuei alguns passos assustada com o olhar de Poncho... Antes brilhante agora chamejava raiva. Oh como temia que ele fizesse uma besteira, não queria que ele arriscasse nada por mim. De repente um amontoado de gente curiosa formou-se a volta. Não ligava pra ninguém a não ser Alfonso e sua expressão zangada. Até que ele virou seu rosto a mim, me lançado um olhar totalmente tranqüilizador misturado com cautela. Foi nessa pausa que vi o vulto de Christopher avançar por suas costas, tocou o ombro de Alfonso fazendo-o virar e acertou-o em cheio na face.

            — Sinta-se retribuído idiota! – cuspiu as palavras saindo frenético em seguida.

Vi de relance o brilho do punhal que ele usava entre os dedos. Corri até Alfonso sabendo que fora mais que um soco, fora um golpe covarde e sem escrúpulos.

            — Oh meu Deus! Você está bem? – levei às mãos ao corte sobre a sobrancelha.

            — Vou ficar! – observou Christopher afastar-se – Ele vai me pagar!

            — Esqueça-o... – esbravejei preocupada – ...Você está sangrando! – mirei-o atentamente a procura de outros hematomas.

Levei as mãos aos seus ombros, tórax e braços quase desesperada a procura de algo. Senti-me temerosa por isso, não me perdoaria se Christopher tivera feito algo a ele. Senti meus olhos marejarem com a perspectiva e quando Poncho voltou seu olhar ao meu nada melhorou.

            — Estou bem! – sussurrou calmo segurando-me as mãos pra que parasse.

Contudo o sangue começara a escorrer, os olhos dele estavam inexpressivos e contidos, talvez houvesse sintomas de dor. Odiava-o naquele momento por dar atenção a Uckermann e não a ele. Não queria que evitasse falar-me onde estava doendo, queria cuidar-lo. Ele estava sangrando droga! Detestava sangue e depois do dia que vi minha mãe sobre a cama a sensação piorou. Christopher que se foda, seus termos que se explodam, não me importava mais com o que eles poderiam fazer-me, só me importava com o homem a minha frente.

            — Olhe pra mim! – pedi com raiva quando ele desviou o olhar novamente – Deixe-o ir!

Sua cabeça virou-se pra minha fazendo sangue gotejar em minha mão. A expressão dele continuou fechada.

            — Não leve a serio o que ele disse... – rosnou.

Maneei a cabeça negativamente cortando-o.

            — Oh não vamos falar disso agora! – percebi varias pessoas olhando-nos acima de tudo – Por favor, vamos embora!

Ele assentiu quase imperceptivelmente. Puxou-me pelo braço, mas não senti a firmeza e a proteção que ele sempre trazia.