Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 51

A água quente do chuveiro correu por meu corpo como um revigorante energético. Tirei o frágil curativo que Anahí colocara sobre a pancada e deixei que a corrente constante caísse sobre o corte fazendo o locar arder. Retrai-me por instinto sentindo as têmporas latejarem fortemente. Meu corpo estava tenso, minha cabeça doía realmente. Christopher me pagaria por aquilo, ele mais Leon receberiam tudo que fizeram a Anahí em dobro. Criara uma raiva mortal por eles, como era possível fazê-la tanto mal? Não via lógica pra aquilo e confesso que algumas peças não se encaixavam com o que Anahí dizia. Precisava daquelas respostas e trataria de obtê-las durante aquela semana, nem que precisasse me locomover a Stanville. Desliguei o chuveiro e logo pus um robe sobre o corpo. Confesso que quando olhei para a cama me deu uma vontade imensa de me jogar sobre ela e esquecer de tudo. Obviamente queria Anahí ao meu lado e declaro que vê-la cuidando de mim me dava uma satisfação interior muito agradável por mais que não quisesse sua preocupação. Eu deveria cuidá-la porque sabia que em sua cabeça rondavam muitas duvidas, muitos medos e também segredos. Embora não poderia esquecer a convicção, o modo como enfrentou Uckermann. Podia sentir a coragem misturada com o medo, mas acima de tudo a certeza de que ela estava buscando reerguer-se do vicio. Vesti qualquer calça de moletom e rumei à sala. Esticada sobre a prateleira de DVD’s, junto à televisão, encontrava-se Anahí escolhendo algum filme. Pequena, os cabelos loiros caindo sobre a cintura delgada. Aproximei-me dela pondo-me as suas costas e avancei a mão até o filme que ela tentava alcançar.

            — Obrigada! – murmurou ao sentir minha presença.

Virou-se pra mim em seguida dando-se com meu peito nu. Seu olhar subiu ao meu e analisou o corte descoberto. Sorri-lhe passando-a confiança. Retirei o filme que ela escolhera da capa e inseri-o no aparelho, em seguida agarrei-lhe a mão e levai-a até o sofá.

            — Pare de se preocupar... – disse quando sentei e trouxe-a pra mim.

            — Eu não disse nada... – defendeu-se.

Sorri.

            — Mas pensou!

            — Acha que eu só penso em você? – desdenhou com um sorriso maroto.

Olhei aqueles olhos alegres e brilhantes. Meu sorriso pareceu dobrar de tamanho vendo-a descontraída daquela maneira depois de tudo que passamos naquele dia. Sabia que no fundo ela queria estar confiante, não pensar no novo começo de amanha e se dependesse de mim eu faria com que esse sorriso se estendesse para o resto de sua vida. Exatamente por isso deixei-a a margem da duvida do erro. Não esperava que ela resistisse no começo... Seria difícil, mas eu tinha que confiar nela, precisava que aprendesse a resistir sozinha, mas queria dar-lhe a certeza que estaria ao seu lado quando não conseguisse, que a daria força e enxugaria suas lagrimas quantas vezes fosse necessária. Mirei-a esquecendo da dor e revigorando meu ser ao seu olhar. Agarrei firmemente o corpo de Anahí contra o meu e cai sobre o sofá trazendo-a sobre meu corpo.

            — Na verdade eu acho sim... – ri em seguida – Você só consegue pensar em mim!

Ouvi-a pela segunda vez no dia gargalhar. Aquela risada aguda e tão doce aos meu ouvidos.

            — Você é um cara tipicamente convencido! – segurou meu rosto entre as mãos.

            — Na verdade só queria te dizer que eu não consigo tirá-la da cabeça. – apertei-a em mim sorrindo.

Annie beijou-me os lábios calidamente mantendo o sorriso nos lábios. Soltou-os devagar e manteve sua boca rente a minha, seus olhos imensamente azuis miraram-me como se nada mais no mundo existisse.

            — É possível que alguém chegue a sua vida e tome algo de você que nem mesmo sabia que poderia existir ou sentir? – fez uma pausa – A parte mais sensível e importante do seu corpo?

            — Oh meu bem... – sussurrei afundando minhas mãos em seus cabelos.

Tamanhas palavras cortaram-me o coração tão ternas e sinceras soaram.