Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 54 – Compreendimentos

À medida que fui afastando-me acerquei o quase final do dia surgindo no horizonte. Postei-me sobre a beirada, perto da piscina e observei aquela pintura tão bela do sol prestes a se pôr. Imediatamente desejei não ter deixado Poncho. Os pensamentos clareavam-se longe dele, mas nem por isso se tornavam menos confusos. Eu sabia, tinha certeza de que meu quase conto de fadas acabaria, que Poncho se afastaria da minha vida em algum momento e ela não teria mais sentido. Acreditava em sua proteção sobre mim, apesar de achar esse gesto suspeito por vezes, mas fechava os olhos pra tudo, porque adorava-o tê-lo pra mim e...

            — Sei que queria ficar sozinha, mas... – me virei para encará-lo.

Suas palavras morreram diante do meu olhar, seus braços agitaram-se sem sentindo, sua expressão chegava a ser confusa. Ele caminhou até mim, parou por duas vezes incerto se deveria se aproximar.

            — Não pense que... – parou – Não me facilitaria ficar e muito menos a você Annie...

Olhei meus próprios pés pensando do porque daquela explicação.

            — Tente entender que...

            — Eu entendo Poncho... – cortei-o – Na verdade eu sempre entendi e não devo cobrar nada de você... – mirei-o – Tudo que aconteceu, tudo que você fez por mim... – minha voz falhou.

Em um momento apenas trocamos olhares cheios de palavras escondidas. Não tinha sentido apegar-se aquele assunto. Tratei de acercá-lo, acabar com a distância que nos separava porque já sentia saudades só de pensá-lo longe, mas quando me aproximei, quando senti-o perto tive medo. E se ele estivesse viajando por não querer estar comigo? Recuei-me dele. Dei-lhe as costas e voltei a olhar o horizonte.

            — Annie? – chamou-me.

Ignorei a voz terna, a doçura que meu apelido adquiria em seus lábios. Fechei os olhos e roguei fortemente pra que aquele incomodo em meu peito passasse. De repente queria chorar, queria expulsar do meu peito tudo que eu sentia. No fundo ainda estava com medo. Muito medo.

            — Posso ser sua companhia? – inclinei um pouco a cabeça para ele – Não precisamos falar nada!

Mirei o sol se pondo. A imagem dali de cima era mil vezes mais bela do que de qualquer outro lugar. Poncho se aproximou de mim, envolveu seus braços em minha cintura colando seu torso forte em minhas costas. Envolvi-me nele, deslizei meus braços pelos seus querendo aquele contato, querendo senti-lo acima de tudo e aproveitando cada segundo porque... Quem sabe quanto tempo o teria? As lagrimas caíram silenciosas e eu tinha certeza que ele se dera conta disso.

Ponchos que nem esses não existem, infelizmente K2323 =/