Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 58 – Males Que Vem Para o Bem

Erro? Talvez sim, mas não sabia dizer exatamente o porquê. Arrumei-me com cuidado, sofisticada ou executiva, mas aquilo não adiantou para afastar os olhares quando entrei na Corporativa Herrera. Poncho estava ao meu lado, mas distante. Entendia-o claro.

            — Senhor Herrera Clarice deixou recado, e Victor está louco atrás...

            — Mande todos os recados por email... – Poncho cortou-a com um sorriso – Nada que eu possa resolver mais tarde.

A moça assentiu ligeiramente agitada. Poncho distanciando-se dela fez-me acompanhá-lo aos elevadores. Quis manter-me calada ignorando o saguão de olhos imóveis em nossa direção. Fora pior que a festa.

            — Não ligue para eles, toda empresa tem sua linha de fofoca... – falou divertido – Só lamento que você seja a da vez.

Olhei-o através do espelho que encobertava todo o espaço. Um sorriso fatídico e divertido jogava em seus lábios.

            — Isso me anima... – dei de ombros indiferente – Adoro ser o centro das atenções... – falei irônica fazendo-o rir.

Relaxei diante da gargalhada ecoando no espaço e consegui sorrir-lhe.

            — Sente-se mais confiante? – perguntou.

Olhei o painel de 47 andares indicando nossa subida até o ultimo. Confiança sempre fora uma palavra que não fizera parte do meu vocabulário e tinha por mim que ela surgia aos poucos. Dei de ombros deixando que aquele gesto se tornasse automático.

            — Eu acho que sim... – fiz uma pausa encarando-me no espelho.

Querendo ou não depois da mostra do que seria minha vida dali a diante um pensamento tomou rédeas e conseguiu fortalecer-se. Conseguia ver no fundo dos meus olhos um traço daquela confiança de que tudo poderia ser melhor.

            — Obrigada Poncho... – mirei-o – Obrigada por isso.

Ele se aproximou por minhas costas envolvendo meu corpo para mirar-nos no reflexo.

            — Você sempre vai contar comigo... Sempre!

Queria fechar os olhos e viver aquele momento, mas tinha consciência de onde estávamos e para que. Limitei-me a sorri-lhe e apertar-lhe a mão agradecendo-o mais. Os elevadores se abriram e Poncho não fez menção de soltar-se de mim, apenas postou-se ao meu lado pra entrarmos na enorme sala. Parecia que ocupava o andar inteiro, uma cadeira alta e confortável ficava ao centro da mesa de madeira fina, o linho dos moveis era quase a mesma do apartamento dele.

            — Está é minha sala... – disse confirmando o que já havia suposto – Maite normalmente fica comigo, mas ela está mais andando do que aqui...

Ele deu a volta na mesa, sentou-se a sua cadeira enquanto eu passei por sua sala. Observei os objetos, a maquete representativa dos pontos que a Herrera alcançava surpreendendo-me o quão grande era. A estante de livros chamou minha atenção, uma coleção invejável a qualquer amante da leitura. Prendi-me a um lado onde porta retratos estavam expostos. Sorri ao decifrar Poncho, Maite e Victor na maioria deles.

            — Victor deve ser um grande amigo...

            — E sou querida! – virei-me – Mas não estou me gabando disso.

Com a risada alegra deparei-me com ele sentado à frente de Poncho como se fosse um fantasma ao aparecer. Percebi que os dois pareciam observar-me. Aproximei-me, Victor levantou-se e nos cumprimentamos como velhos amigos.

            — É tão bom ver você bela Anahí... – sorriu fazendo-me girar – Está tão linda!

            — Pare com isso! – segurei suas mãos fazendo-o parar.

            — Ele nunca mente... – Poncho enfatizou.

Corei diante de seu olhar.

            — Não minto, não erro e não perco tempo... – puxou-me em direção ao elevador.

            — Espera onde vamos... – olhei Poncho sobre o ombro.

Ele sorriu.

            — Está em boas mãos... – entramos no elevador – Almoçamos juntos? – acrescentou.

            — Eu adoraria... – respondeu Victor.

            — Não se meta projétil de homem... – riu olhando-me.

Assenti ao pedido mudo e quando vi estava descendo novamente.

            — Conhece-o há muito tempo? – perguntei.

            — Oh sim... – suspirou – Desde que era um adolescente precoce e chato! – riu-se – Quando era jovem trabalhei para seu pai, vi-o crescer tanto na empresa quanto na sua personalidade...

            — Então pode me dizer como ele era? – perguntei rápido demais.

Victor me olhou condescendente. O que afinal eu estava fazendo se mal o conhecia?

— Isso te intriga não é?

            — Um pouco... – confessei.

            — Não só você acredite... – chiou baixo mexendo na lapela da gravata bordo – Poncho sempre foi muito fechado. Era difícil vê-lo sorrir ou falar com alguém que não fosse Maite... – fez uma careta – Oh nem comigo ele falava! – riu em seguida.

O que pra ele era engraçado tornava-se perturbador pra mim. Sabia desses detalhes porque Poncho me contara e de certo modo conhecia seus motivos. Senti que escutar de outra pessoa tornava aquilo mais concreto... Céus! Pergunto-me outra vez: O que estou fazendo?

            — Desculpe Victor, não deveria perguntar isso, mal nos conhecemos e...

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Maaju *--*

OMG você apareceu. Não sei se vai ler isso, mas e juro pra ti que sempre penso em ti e imagino o quanto ta dificil pra você `-`

Oh que saudades, caraca literalmente você sumiu, mas não se preocupa. Eu te entendo. E que pena que DA não é uma certeza =(.