Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 62 – Um Cartão, Um Bilhete

Vazio. Profundo e irrevogável. Acho que esse sentimento melhor descreveria o dia seguinte. Acordar sem Poncho era o mesmo que perder um braço, não poder ver com clareza ou, mais profundamente, não sentir as batidas do coração. Dormira aquela noite por único efeito dos remédios, mas sentia uma inquietação errônea a todo instante. Sonhos mal resolvidos, espasmos pelos músculos, sonolência constante, corpo cansado. Levantava todos os dias com custo, esforcei-me para ouvir o despertador naquela manhã e ironizei acordar sem ele ao meu lado. Era extremamente... Solitário. O quarto não fazia sentido, tomar banho, me arrumar até tomar café. Quando encontrei Dulce no ultimo quarto do corredor mirei-a descontenta, sentindo um buraco começar a instalar-se em meu peito.

            — Pronta? – perguntou ela como todas as manhãs.

Contentei-me em assentir. Sentei como todos os dias sobre a cama, relaxei-me, ou tentei pelo menos, e esperei o mesmo processo. Dulce aproximou-se com sua agulha. Fechei os olhos ignorando a falta de calor em minha mão em que a de Poncho deveria estar.

            — Ele foi está manhã? – perguntou.

Neguei com a cabeça enquanto sua pergunta tentava distrair-me a introdução da agulha em minha veia.

            — Ontem... Manhã! – falei entrecortada.

Senti o gélido material misturar-se ao meu sangue e o liquido substancial começar a correr. Sempre era aquela sensação. Parecia um botão frágil de rosa prestes a se soltar. O incomodo que saia daquele ponto espalhava-se por braços e pernas, por pior dos sintomas a pontada abdominal revirava meu estomago. Lembro-me nos primeiros dias, aquela mesma sensação, o mesmo incomodo e os vômitos constantes. Talvez o que mais me irritasse fosse o subconsciente que aclamava desesperadamente por droga. Respirei fundo seguindo as instruções que Dulce me dera e obrigava-me a praticar. Sem Alfonso era diferente, ele estaria ali me beijando a mão e contando algo para distrair-me. Eu sorriria pra ele mirando-o nos olhos e no instante seguinte o processo terminaria. Algumas lágrimas cairiam por meu rosto, não pela dor pelo emocional, ele daria um beijo em minha face e secá-las-ia. Mais não era assim. A dor, o incomodo permaneciam por mais uma hora. Sentia fome ao contrario do que Dulce previra e em um tratamento normal cairia em sono, a substância fora mudado por não me manter internada. Quando ela retirou a agulha cometi o erro de olhá-la e senti-me enjoada no mesmo instante. O efeito da substancia em meu organismo começara a surtir efeito. A dormência, a ávida tontura e principalmente o mal estar. Levantei da cama apressada e corri ao banheiro que fazia vizinhança ao quarto. Em alguns segundos todo o café da manha estava posto pra fora.

            — Oh Annie! – Dulce correu atrás de mim segurando-me os cabelos – Acho que vou ter que consultar o Dr...

            — Não Dulce! Estou bem... – segui a pia pra lavar o rosto.

            — Agora está, mas já disse que tantos enjôos não são normais... – fez uma pausa – Na terceira dose você deveria ter se acostumado!

Mirei-a através do espelho vendo seu cenho franzido e preocupado. Nunca iria me acostumar com aquilo.

            — Dulce não se preocupe, acho que comi demais e foi isso! – virei-me para justificar – Estou tendo o dobro de fome!

Ela pareceu não acreditar-me, ou apenas meditava uma explicação.

            — Bem de qualquer modo... – deu de ombros – Vou coletar seu sangue novamente então poderemos fazer um exame completo.

Assenti porque uma discussão acabaria em minha derrota. Ela ligaria para Alfonso incomodando-o no primeiro dia coisa que de longe, não queria.

            — Faça como achar melhor! Preciso ir Dulce!

Depois de tirar o sangue, escovar os dentes e arrumar o cabelo, vesti-me rapidamente e sai do apartamento. Não era suportável estar ali sem Alfonso.

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Rene sua sumida que deu contigo? Eu e a gossip estavamos falando ontem ontem de você `-` AHHAHAHA