Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 63 – Antecipadamente Proposital

Olhei-me no espelho sentindo a respiração escapar fortemente dos meus pulmões. Saíra tão rápido da sala para o banheiro que me tornara um borrão a quem quer que olhasse. Tratei de lavar o rosto sentindo a água fria deslizar pela face. Minha pressão baixou, senti os poros do meu corpo abrindo e uma camada de suor envolver-me. Fortemente meu estomago revirara. Fora um choque saber que Evy era irmã de Christopher, certamente ela sabia da minha posição e queria... Oh céus. Corri ao lavabo e enterrei o rosto no sanitário. Uma vez mais vomitei naquele dia. Fechei a porta e escorei-me na porta sentindo meu corpo frágil. O que faria agora? Evy podia tornar-se uma ameaça ali, poderia ter-me nas mãos se quisesse ou faria mal a Poncho se espalhasse que ele se mantêm com uma drogada. Diabos porque aquilo estava acontecendo? Onde estava Poncho?  O que... O que faria? Levantei-me fraca sentindo as pernas tremerem e sai do pequeno sanitário. Tratei de lavar o rosto numa atitude inútil de recuperar as forças. Via-me como um fantasma no espelho, pálida como cal e os olhos vermelhos. Suspirei repetidas e fortes vezes tentando recuperar a calma. Por fim consegui ajeitar os pensamentos, acalmar-me e concluir que não daria trégua a ela. Não podia. Poncho se decepcionaria e não poderia permiti-lo. Odiaria a mim mesma se caísse naquela armadilha que ela tentava pregar-me. Christopher, Leon ou Mentor, quem quer que seja, deveria esquecê-los e... Merda! Eu matara um homem e estava nas mãos de outro por isso. Como esquecer isso? Eu...

            — Annie? – virei o rosto assustada – Oh o que aconteceu com você?

Senti a preocupação na voz de Maite. Apoiei-me firmemente na pia com a cabeça baixa sem encará-la.

            — Estou bem Mai, foi só um enjôo por causa... – parei a frase.

            — Quer ir pra casa? Posso levá-la? – perguntou compreendida.

            — Não Mai, por favor não é necessário! – apressei-me a expor – Só preciso de alguns minutos!

            — Tem certeza? – olhou-me através do espelho – Está pálida!

            — Não se preocupe, é serio estou melhor!

Assentindo ela se foi. Deixei quase claro demais que queria ficar sozinha por alguns momentos. Naquele instante encontrava-me perdida sem saber que rumo tomar. Eu estava devendo a Leon e essa seria uma divida que não sei se suportaria pagar. Olhei-me mais uma vez no espelho antes de sair. Segui a sala e olhei minha mesa com os desenhos inacabados e manchados pelo café. Do outro lado o ramo de flores que Alfonso me dera. Por aquilo deveria pensar antes de tomar uma decisão. Sentei-me e tentei concentrar-me nos esboços. Conclui um, mas depois de uma hora não tinha mais cabeça para aquilo. Durante o resto da manhã percebi Evy a todo instante, era como se propositalmente ela fazia juz a sua presença deixando claro minha recém descoberta e minha real situação. Perdia-me minutos encarando-a, achando a semelhança coerente com Christopher. Imaginava ela entrando naquela sala e pondo o bilhete sobre a mesa entre os desenhos. Oh como fui estúpida. Evy era mais que uma inimiga.

            — Annie? Anahí!

Levantei os olhos deparando-me com Victor.

            — Me desculpe estou distraída! – desculpei-me voltando os olhos a ele.

            — Imagino onde está sua cabeça... – sorriu sentando-se a minha frente – Recebeu meu bilhete? – perguntou.

            — Qual bilhete? – indaguei-o.

            — Hora Annie, está com a cabeça nas nuvens? Aliás... – corrigiu-se – Pare de pensar em Alfonso sim? Volte para este planeta que precisa da sua mentalidade desenhista querida!

            — Victor pare! – endireitei-me na cadeira – Realmente não sei do que fala!

Olhando-me mais serio, fez uma careta estranha.

            — Deixei um bilhete hoje cedo sobre sua mesa não o viu? – moveu as mãos em interrogação.

            — Provavelmente quando viu as rosas de Alfonso esqueceu o resto Victor! – Maite até então quieta em seus projetos intrometeu-se.

Os dois trocaram olhares num ato de cumplicidade. O sorriso maroto estampava a face deles deixando-me corada. Ignorei-os.

— Não o vi só acho que... Oh céus! – cortei-me debilitando a situação e retirei o bilhete creme de meu bolso – É este?

Victor olhou de canto a própria letra assentindo. No mesmo instante uma carga de alivio irrompeu meu corpo. Relaxei na cadeira deixando os ombros caírem em contentamento. Automaticamente minha mão passou ao cabelo colocando as mechas soltas pra trás num ato de própria compaixão. Estava ficando paranóica, surtando sem motivo. Certo, Evy era irmã de Uckermann, mas podia não saber de nada se ele não o contasse. Pelo que Maite falara eram afastados ao menos pareciam ser.

            — Anahí por deus! Preste atenção no que eu falo? – Victor riu-se com Maite.

Perguntara-me o que eles falavam enquanto meu devaneio se entendia.

            — Certo! Desculpe! – olhei os dois – Estou tão confusa!

            — Esqueça a confusão meu bem! – agitou as mãos sobre o colo – Quero saber se terminou os vestidos, estou tão ansioso! – bateu as palmas convulso.

            — Oh Victor desculpe, desculpe... – balbuciei – Acabei derramando café e... Oh não os terminei, mas prometo que até o final da tarde terá todos!

Ele suspirou desapontado enquanto percebia Maite contendo o riso atrás da tela do seu laptop.

— Me lembre de matar Alfonso por isso... – empinou o nariz serio levantando-se – Oras bolas até longe arranja-me problemas! – saiu da sala pestanejando.

Maite riu mais alto deixando-me estupefata.

            — Ele estava doido pra ver seus trabalhos... – explicou-me – Hoje a tarde irá a um ateliê profissional, queria mostrar seus desenhos. – deu de ombros – Vai ter que adiar, mas não se preocupe com isso!

Tomei aquilo como à explicação para o bilhete “O prazo terminou, você sabe o que fazer”. Victor só queria os desenhos o quanto antes. Oh céus como conseguira inventar toda uma historia por trás daquilo? Senti-me tonta só de pensar o quanto minha mente fantasiara. Sentia-me idiota. Talvez o afastamento de Poncho deixasse-me mais confusa como se as linhas do trem se desorientassem. Ao pensá-lo sentia saudades. As horas sem vê-lo comprovaram-me o que esperar daquelas semanas sem ele. Voltei a mirar meus desenhos e decidi de uma vez terminá-los. Aquela era a maneira mais simples de distrair-me de tudo, inclusive Alfonso.

Opa eu achoq ue esqueci de postar aqui. E não me culpem, cadê os comentarios?

Rene não suma u.u

K quero sua nova web ouviu? AHAHHAHA