Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 67 – O Ponto de Descoberta

Duas horas depois me sentia mal. Novamente. Há meia hora sentava-me na mesma posição olhando fixamente as rosas já murchas. Maite não estava, Victor não estava. Aquele lugar pareceu-me uma prisão solitária que me atrelava aos próprios pensamentos. Levantei-me e segui até o ramo. Peguei-o entre as mãos tentando recordar o cheiro doce que saltava dali. Mas não o conseguia, perdera o encanto assim como minhas esperanças com Alfonso. Onde ele estava? Não conseguia parar de me perguntar isso. Ele teria ligado se quisesse, me deixara e isso estava claro, a falta de noticias, o afastamento. Ele quisera viajar por mais que tivesse prometido a mim que estaria ao meu lado. Quebrara aquela promessa. Meu estomago revirou. Atravessei o corredor sem ser vista e segui ao banheiro mais próximo. Ignorei a morena retocando o batom no espelho e entrei num reservado pondo tudo pra fora. Aquilo estava errado, porque estava tão mal?

            — Quem vê você vomitando desse jeito pensa que é anoréxica... – Evy apareceu à porta – Ou que está grávida! – gargalhou com o próprio comentário.

Grávida. A palavra ecoou em minha mente.    

            — Não quero discutir com você! – reergui-me recuperando a postura.

Via-nos sozinha e apenas com a presença inescrupulosa dela sentia falta de respirações puras.

            — Christopher me disse que você era difícil... – falou estrategicamente para provocar-me. Mirei-a evidenciando o que temia por saber – Mas eu disse a ele que você era fraca!

Tentei assimilar o que estava acontecendo. Finalmente ela jogara na cara os fatos.

            — Christopher não sabe nada de mim! – rosnei saindo do cubículo para mirá-la através do espelho – E você tão pouco.

Ela sorriu sobre meu ombro. Sua altura era elevada a minha, senti-me desprotegida. Lavei o rosto ignorando-a, mas era quase impossível deter o contentamento sínico que Evy estampava no rosto. Mirei-a.

            — Sei o suficiente pra tê-la em minhas mãos... – sussurrou ao aproximar-se – Drogadinha!

Minha expressão não se alterou. Esperava por aquilo. Virei-me a ela deixando-nos cara a cara.

            — Drogadinha! – repetiu em tom zombeteiro.

Elevei a mão e golpeei-lhe o rosto. Ao afastar-se com um grito abafado Evy voltou a olhar-me incrédula.

            — Vai se arrepender por isso estúpida! – bufou.

Seu corpo delineado curvou-se em meia volta e saiu apressado. A quantidade de ar que sem perceber prendera saiu em uma baforada ruidosa. Céus o que estava acontecendo? O que eu fizera? Ou melhor, o que deveria fazer afinal? Olhei-me no espelho abatida. Estava na hora de tomar uma atitude.