Fanfics Brasil - Addictive Life - Capitulo 73 – Ato Conseqüente Addictive Life - AyA [Finalizada]

Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]


Capítulo: Addictive Life - Capitulo 73 – Ato Conseqüente

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Addictive Life


Capitulo 73 – Ato Conseqüente


 


Quando abri os olhos à luz do dia ainda entrava pelas janelas. Chovia, mas tinha a impressão que não passara muito tempo. Movi a cabeça de um lado a outro buscando a menina cheia de energia e olhos azuis. A um canto distante na sua “casa” de papelão ela se encolhia em posição fetal num sono denso. Tremia um pouco e mesmo a distancia percebia aquilo. A mim própria o vento gélido batia contra a pele fazendo-me arrepiar. Fiz um esforço para levantar, aparentemente os goles anteriores de bebida fizeram um bom efeito em meu corpo, deixando-o amortecido perante a dor. Levantei a blusa ensangüentada. O curativo manchava-se com sangue, mas parecia não escorrer mais que aquilo. Ótimo! Segui até minha mochila ao chão, procurei roupas limpas e troquei-me rapidamente. Peguei um dos casacos e levei-o até a garotinha. Agachei-me ao seu lado e coloquei o agasalho a sua volta.


            Tititi! – sussurrou ela despertando.


Sorri fracamente ao apelido. Os olhos grandes encararam-me com astucia.


            Está com fome? – perguntei-lhe.


Ela assentiu agarrando-se ao casaco. Fiquei preocupada. Mais uma vez a mesma pergunta: O que acontecera com ela? Porque via em seus olhos os traços do medo que, coincidentemente eu já vira em mim própria? De repente me vi responsável por ela. Não sabia exatamente o porquê, mas pelo menos nos dias que passaria ali cuidaria-a.


            Vou buscar algo para comermos, me promete que fica aqui até eu voltar?


            Prometo Tititi! – assentiu novamente – Vai me trazer chocolates? – sentou-se.


Sorri-lhe involuntariamente sem nem mesmo dar-me conta.


            Trago sim, mas tem que ficar aqui quietinha!


Ela concordou com um pequeno sorriso sem dentes. Levantei-me, coloquei o casaco com toca e peguei a faca que apossara de Christopher. Não tinha comida, não tinha dinheiro. Sabia o que me restava fazer. Pensei com pesar, nas conseqüências e no que estava pensando em fazer, mas não tinha outro jeito.


 


_____________________


 


Quando atravessei a rua me vi cercada somente pelo vento e a chuva. A faca em meu bolso estava fortemente empunhada, não faria mal a ninguém, mas precisava de uma ameaça. Afastei-me o máximo que pude da cidade. Andei ruas e mais ruas sentindo a dor no abdômen e me lembrando o porquê de ter que fazer aquilo. Precisava de dinheiro, sabia que era errado roubar, que podia pagar por aquilo, mas, mas... Simplesmente não tinha outra escolha, a quem recorrer. Visualizei meu alvo, o mercadinho dos arredores estava quase vazio, exceto por uma senhora que terminava suas compras no balcão. Quando ela saiu arrumei meu cabelo em um coque improvisado sobre a cabeça e joguei o capuz por cima tampando o máximo do rosto. Aproximei-me cautelosamente observando se não vinha ninguém mais por ali e entrei. Um frio percorreu minha espinha, a sensação de estar no lugar errado apossou-se de mim, mas não recuei. A atendente, loira de cabelos longos, mal se deu conta da minha presença. Era fútil, mascava chicletes e lixava as unhas. Um ponto pra mim. Peguei logo uma cesta de compras e fui percorrendo as prateleiras. Coloquei coisas substanciais que matassem a fome. Pães, queijo, besteiras que uma criança gostava, escolhi alguns chocolates, ajeitei água potável. Quando virei-me, vi a um lado cosméticos. Aproximei-me e busquei por gases, água oxigenada, algo que pudesse ajudar-me ao machucado. Busquei fósforos, uma lanterna e outras coisas úteis. Quando a cesta ficou quase cheia me aproximei do balcão. Os passos foram lentos, usei o sangue frio para olhar os olhos verdes da moça e por um momento de insanidade decidi fazer tudo de uma vez.


            Coloque tudo dentro dessa mochila! – falei-lhe seria estendendo-lhe uma bolsa que agarrei no caminho.


Ao mesmo momento retirei a faca do bolso e apontei-lhe quase na garganta.


            Não quero que fale ou tente algo!


Ela assentiu pavorosa. Rapidamente vi-a colocar as compras dentro da bolsa. Olhava constantemente a faca firmemente posicionada. Por um abalo olhei pra fora através da janela de vidro que separava a rua. Por minha sorte a chuva pareceu espantar as pessoas, não havia ninguém à vista.


            Por favor não faça nada!


            Se for rápida eu penso no seu caso! – olhei-a.


A frieza era o segredo daquele jogo sujo. Sabia disso porque tinha dois exemplos claros a quem inspirar-me. O dono da faca era o maior deles.


            Tire todo o dinheiro do caixa e coloque no bolso da frente! – conduzi-a.


Ela relutou. A faca em minhas mãos girou por sua pele fazendo-a mover-se. Olhando-a e deixando uma guarda pela porta percebi sobre o balcão a tinta de cabelo em aparente promoção. Aquilo intuía uma mudança. Peguei um frasco e joguei junto com as outras coisas.


            Rápido! – ameacei a moça.


Com um pulo assustado ela limpou qualquer dinheiro e fechou-o na bolsa. Peguei-a, coloquei o peso nas costas e me dei conta que dois policiais se aproximavam no outro lado da rua. Merda! Faltava-me uma coisa antes. Olhei para a loira que como eu dera-se conta dos guardas.


            Tem teste de gravidez? – perguntei.


Ela hesitou.


            Responda! – falei num tom mais alto.


            P-perto da porta! Na-Na estante gradeada!


Ela apontou para a saída. Andei apressada até, peguei dois, olhei para o carro oficial e virei até a rua. Precisava correr e me dera conta que não seria capaz disso naquele momento. Foi quando um grito veio as minhas costas.


            Ladra! Ela me roubou!


Olhei pra trás, a loira empapava seus cabelos debaixo d’água apontando pra mim, os guardas saíram do carro, eu corri. O corte doeu obrigando-me a segurar a respiração. Por sorte dobrei uma rua, os carros faziam fila daquele lado, esgueirei-me sobre eles e olhei pra trás. Os policiais estavam ali com as cabeças altivas tentando achar-me. Abaixei-me atrás dos carros, não conseguiria correr por muito tempo. A chuva parecia cair com mais força ajudando-me a despistar os dois homens. Fui afastando-me gradativamente, quando vi a fila de carros tinha acabado, dobrei uma esquina e me vi em uma rua conhecida. Contornei-a o mais rápido que pude, segui o caminho de volta ao prédio abandonado. Era sorte, eu sei. Meia hora depois entrava pela porta lateral que se escondia no beco. Quando entrei dei um suspiro aliviado, com o ar veio as lagrimas, a culpa. Céus o que eu estava fazendo? Escorei-me na porta deslizando-me por ela. Eu era tão estúpida a ponto de igualar-me as pessoas que eu mais odiava, mas eu era mais estúpida por acreditar que poderia continuar. Naquele instante me dei conta realmente do que estava se passando: Não tinha mais Alfonso, sentia a falta dele e odiava-o por enganar-me. Escondi o rosto nas mãos e chorei, naquele momento era a única coisa que poderia fazer.



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Autor(a): JL

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4049



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  • kahportilhaherrera Postado em 30/06/2017 - 23:15:50

    Alguém sabe que capítulo a Anahi tem aquela crise no banheiro?? É minha cena preferida e queria ler de novo e não acho , alguem me ajuda??

  • mari_5768 Postado em 29/02/2016 - 22:35:23

    Simplesmente amei a fic. Meu deus mistura tantas situações que te fazem querer ler mais e mais

  • franmarmentini♥♥ Postado em 21/06/2015 - 13:14:10

    Olaaaa vou começar a ler.

  • _thainaoliveiraaya Postado em 06/05/2014 - 15:57:01

    Cheguei tarde ? Muito tarde ! Mas não me empediiu de amar essa história , foi incrível do começo ao fim !

  • belle_doll Postado em 20/06/2013 - 11:19:12

    Pqp... É a melhor web do Brasil!!! Aceito uma mini 2T Amiga! Imaginei os dois com o filho num campo florido e tal kkkk

  • reneviana Postado em 07/08/2012 - 18:15:47

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Que linda *-*. Amei, amei e amei!

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:43

    ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:41

    ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...


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