Fanfics Brasil - Addictive Life - Capitulo 75 – Incoerência Permanente Addictive Life - AyA [Finalizada]

Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]


Capítulo: Addictive Life - Capitulo 75 – Incoerência Permanente

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Addictive Life


Capitulo 75 – Incoerência Permanente


 


O resto do dia permaneceu em chuva. Não sabia mais o que pensar, muito menos o que fazer. Sentia dores por todo o corpo, a ferida ardia constantemente e náuseas balançavam-me o corpo. Ana Paula ficava a cantarolar em um canto, era alegre apesar dos acontecimentos, conversamos demasiado e descobri onde vivia, o que gostava de fazer... Estranhamente depois disso me vi mais ligada a ela. Voltei à cabeça ao canto que ela estava a descansar depois de matar a fome de dias. Contemplei seu corpo pequeno. O que faria?


            — Boa pergunta Anahí! – disse baixo a mim mesma.


Decidi sossegar por alguns momentos. Fechei os olhos e deixei que o cansaço me tomasse. O chão era frio, duro, mas meu corpo necessitava daquilo, me recuperaria o quanto antes e poderia finalmente resolver o que fazer.


 


____________________________


 


Três dias depois acordei como todas as manhãs antepassadas. Sentindo uma necessidade exorbitante de química. Num primeiro ato peguei a garrafa de vodka que restava e bebia para afastar aquele nó na garganta, mas naquela manhã o liquido tinha acabado. A comida também estava em seus últimos, daria mais para aquele dia, apenas. Céus! Tinha o dinheiro ainda, não era muito mais daria para mais alguns dias. Levantei sentindo-me melhor, o corte entrara em um estado de cicatrização, o linho da faca ficaria marcado em minha pele. Era a menor das conseqüências, as marcas podiam ficar, passava, se acostumava com elas, mas dentro, o sentimento era irrevogável. Parecia quase impossível livrar-se da tormenta. Mais uma vez cheguei ao ponto doloroso: Alfonso. A cada minuto pensava nele, no que estaria fazendo. Não sei exatamente quanto tempo ficara sem vê-lo e talvez daria tudo para um minuto mais mirar seus olhos claros e sentir que nada no mundo existia se não a segurança que ele me trazia. Ilusão. Quando se perdia dava-se valor, sabia desde o começo que em algum momento teria que viver a crueldade da minha vida, mas não pensei que seria tão doloroso, talvez tivesse me dado conta finalmente o quanto tinha me apaixonado por ele, mas aquilo era mais um sonho que não voltaria a viver. Decidi não pensá-lo porque isso faria meu coração despedaçar, suportar uma dor quase miserável. Peguei minha mochila e tirei a tinta de cabelo. Segui ao banheiro pequeno que tinha nas instalações, tirei o que havia no estojo e preparei a tinta. Mudar. A começar pela aparência, voltaria a ter os cabelos castanhos claros, como os naturais. Olhei-me no espelho embaçado e gasto tentando achar vestígios de uma Anahí feliz. Meu rosto estava mais magro, as olheiras tinham voltado. Os lábios secos indicavam minha fragilidade e uma suplica expandia nos olhos azuis. Eu não era mais a mesma, e quando terminei de tingir o cabelo me dei conta que era tanto por dentro quanto por fora. Na pia improvisada, que por sorte corria água, lavei os cabelos longos revelando a nova coloração. Empapados, as mechas caiam por meus ombros, sentia quase como ver uma estranha, mas gostava daquela cor. Lembrava-me da vida antes dela se tornar fútil. Sequei os cabelos e voltei à parte maior da sala. Ana Paula se encolhia dormindo enquanto os raios de sol começavam a entrar pela janela depois de uma tormenta. Mirei aquela garotinha tão doce e ao mesmo tempo temerosa. Aproximei-me dela sentando-me cautelosamente ao seu lado observando-a dormir. Com a mão contornei levemente seu rosto pálido e como uma luz que se acendia recordei-me do teste de gravidez. Como seria ser mãe? Ter uma filha, poder cuidá-la, dar-lhe amor e receber o carinho mais terno sem nada em troca? Ana Paula enlaçava-me, sentia-me atraída a protegê-la por menos que a conhecesse. Levei meus lábios a sua testa e despertei-a com um beijo. Seus olinhos abriram-se devagar e quando me viu um sorriso curto transformou sua boca.


            — Bom dia pequena! – disse-a sorrindo – O que acha de levantar e aproveitar o sol lá fora?


Se apoiando nos cotovelos ela me olhou com curiosidade, seus olhos abriam e fechavam-se tentando focar-me.


            — Seus cabelos Tititi! – disse ela um tanto grogue.


Sorri-lhe levando as mãos aos próprios cabelos.


            — Gostou? – indaguei-a.


Ela sorriu elevando as mãozinhas para tocar-me as mechas.


            — Tá lindo Tititi! – sorriu – Vamos mesmo passear?


            — Se você quiser sim! – disse-a – Podemos comprar um bolo enorme na confeitaria o que acha?


Levantando-se animada ela assentiu. Depois de ajudá-la a limpar-se saímos do prédio. Tomei cuidado para que ninguém nos visse ao sair. Caminhamos pela rua de mãos dadas, sentia-me como sua irmã mais velha. Escutei-a entusiasmar-se, contar o quanto queria um bolo de chocolate, saltitando animada por sair à luz do sol. Entramos em uma confeitaria, sentei longe das janelas e percebi assim que nos acomodamos o olhar barateiro do atendente.


            — O que vão querer? – perguntou ele ao aproximar-se.


            — Um bolo de chocolate bem grande com bastante calda e um copo gigante de achocolatado! – adiantou-se Ana Paula.


Olhei o homem robusto e calvo.


            — Pra mim só um café! – disse-lhe – Pago a vista! – acrescentei tirando uma nota grande para adiantar-lhe o pagamento.


Depois daquilo o homem não se incomodou mais com nós. A pequena esbaldou-se com seu bolo de chocolate e eu me contentei apenas com o café. Sentia-me enjoada novamente o que me intuía ao ponto do teste de gravidez. Precisava fazê-lo. Quando saímos da cafeteria caminhamos de volta ao prédio. Nada acontecera, não vira ninguém, mas tinha a sensação de ser observada. Tentei olhar de um lado ao outro, mas não via ninguém. Pessoas caminhavam despreocupadas, já não sabia se isso era paranóia da minha cabeça.


            — Quero que entre certo? – disse a Ana Paula quando alcançamos o beco de entrada – Vou logo em seguida!


Dando de ombros ela assentiu. Agradecia por não fazer perguntas e obrigar-me a mentir. Uma vez que vi-a desaparecer no L de prédios, voltei a rua principal e observei cuidadosamente o caminho que fizemos. Andei passos à frente tentando visualizar algo suspeito. Parei na primeira esquina e definitivamente refleti que fosse paranóia, mas quando virei-me decidida a voltar esbarrei com alguém. Quando vi o homem que me pegava entre as mãos meu corpo sofreu uma carga de medo e ansiedade.


            — Não olha por onde anda garota? – disse ele afastando-me.


Olhei os cabelos loiros no corpo robusto. Era o amigo de Christopher sem duvidas.


            — Me distrai! – disse-lhe.


De algum modo sabia como tratar gente da sua laia. Se pedisse desculpas estaria entregando inocência, ele era do tipo gigolô que impunha sua presença. Foi afastando-se de mim, mas à medida que ele fazia isso me dava conta do que ele estava levando.


            — Hey... – alcancei-o – Espere!


Ele virou-se mirando-me de cima a baixo.


            — Você quase me enganou! – apoiou as mãos na cintura num ato convincente.


            — Como sabe o que quero?


De seus lábios saíram baforadas risonhas. Ele aproximou-se de mim pegando meu queixo entre seus dedos longos.


            — Hm, seus olhos expressam dependência garota! – falou soltando-me – Quanto quer...? – riu-se – Ou melhor... – olhou-me novamente – Quanto pode pagar?


Suspirei diante a invadida cortante de sua voz grossa. Pensei no sim e no não. Por um momento achei que pudesse desistir da idéia de comprá-lo droga, mas a pulsação do meu corpo ao pensar ingerir química fora contra todo o resto. Do meu bolso retirei o pequeno maço de dinheiro e antes que pudesse separar algum já não estava em minhas mãos. Vi-o contar as notas, soltar uma risada abafada e tirar dois sachês do bolso interior da jaqueta de couro. Entregou-me certo de que faria bom uso daquilo. Vi-o afastar-se sem me dar conta do que acabara de fazer. Só tinha consciência de que tinha a droga em mãos, estava rendida. Sai da rua principal, entrei no beco e me aproximei do prédio. Quando entrei guardei um saquinho no bolso e o outro em um gesto automático abri. Ansiava consumir, sentir a química correr por minhas veias. O fiz. Rápido e anestesiante droguei-me. Meu nariz bufou, meu corpo tremeu em auto-prazer.


            — Tititi está ai?


A voz assustou-me. Escondi o pó entre as mangas e olhei Ana Paula parada ao pé da escada do segundo andar.


            — Sou eu sim! – disse-lhe aproximando-me.


Limpei o nariz com uma fungada. Levei-a pra cima sem saber como reagir diante do quase flagra. Soltei-lhe a mão deixando a quentura macia andar distraída pelo espaço. Vendo-a distraída com qualquer coisa segui a minha mochila. Tirei os dois testes de gravidez decidida a fazê-los.


 


K O cap de After ta normal pra mim `-`



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Autor(a): JL

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4049



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  • kahportilhaherrera Postado em 30/06/2017 - 23:15:50

    Alguém sabe que capítulo a Anahi tem aquela crise no banheiro?? É minha cena preferida e queria ler de novo e não acho , alguem me ajuda??

  • mari_5768 Postado em 29/02/2016 - 22:35:23

    Simplesmente amei a fic. Meu deus mistura tantas situações que te fazem querer ler mais e mais

  • franmarmentini♥♥ Postado em 21/06/2015 - 13:14:10

    Olaaaa vou começar a ler.

  • _thainaoliveiraaya Postado em 06/05/2014 - 15:57:01

    Cheguei tarde ? Muito tarde ! Mas não me empediiu de amar essa história , foi incrível do começo ao fim !

  • belle_doll Postado em 20/06/2013 - 11:19:12

    Pqp... É a melhor web do Brasil!!! Aceito uma mini 2T Amiga! Imaginei os dois com o filho num campo florido e tal kkkk

  • reneviana Postado em 07/08/2012 - 18:15:47

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Que linda *-*. Amei, amei e amei!

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:43

    ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:41

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