Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 76 – A Verdade Nua E Crua

Quando me vi sozinha no banheiro constatei estar rodeada por um medo excessivo. Peguei os dois testes em mãos vendo-os ter o poder de decidir minha vida dali pra frente. E se estivesse mesmo grávida? Aquilo resultaria em um caos, uma reviravolta em minha vida. Como poderia cuidar de um bebê, se a mim própria não conseguia? Era tortura demais pensar nisso. Eu não era nada, não podia cuidar de um ser que necessitava de carinho. Segurei um nó na garganta evitando sofrer por antecipação. Abri a primeira embalagem, abri a segunda e fiz o que indicava-se. Estava quase impaciente com aquela angustia. Precisaria esperar de 3 a 10 minutos, esse tempo foi o mais tortuoso de toda minha vida. Diretamente meus pensamentos direcionaram-se para Alfonso, o que ele sentiria se soubesse que eu estava grávida de um filho dele? Oh céus! Odiaria saber! Como em sã consciência escolheria uma drogada a ser a mãe de seus filhos? Droga! Em cinco segundos ele me vinha à mente e derrubava minhas estruturas, não conseguia, não poderia seguir assim, sem ele, mas ter um filho com seu sangue, com seus olhos profundos, os cabelos morenos... Oh céus! Meu peito explodiu e já não pude segurar as lágrimas. Caíram por meu rosto em cascata fazendo-me saborear o gosto amargo da derrota. Tudo fora culpa minha no final das contas. Entregar-me a ele fora um erro que não teria volta. Não me arrependia por nenhum segundo, mas se não o tivesse feito... Se... Oh deus! Olhei os testes, o tempo passara e nem me dera conta, quando dei por mim o resultado estava em minhas mãos, claro como água e sem gosto como ela. Oh meu deus!

            — ME SOLTA!

O grito fez-me virar a cabeça assustada. Abri a porta com pressa escutando a voz abafada de Ana Paula. Quando adiantei-me pela grande sala a vi aprisionada envolta de braços fortes e cruéis na penumbra. Delineei o corpo com os olhos, paralisei temerosa mais não estava surpresa em encontrá-lo ali.

            — Não pensou seriamente que iria escapar não é? – Christopher sorriu indulgente adiantando-se – Nunca mais compre droga com meus amigos garota! – riu-se.

            — Tititi me tira daqui! Diz pra ele me soltar! – choramingou a menina.

            — Cala boca garota! – bufou com ela.

Os olhos lacrimejaram.

            — Solte-a Christopher!

            — Dessa vez não Anahí... – colocou as mãos por dentro da jaqueta – Ou vem por bem, ou por mal!

Quando a arma revelou-se em suas mãos meu coração disparou acelerado. Um passo em falso e ele acabaria com minha vida, faria mal a Ana e isso eu não poderia permitir.

            — Me leve... – estendi as mãos em rendição – Mas não faça nada com ela!

Ele riu com desdém. Como sempre.

            — Que peninha eu tenho de você e sua ingenuidade! – debochou-se – Levarei as duas idiota! Quem diria que mataria dois pombinhos em um tiro só! – gargalhou.

            — Não pode fazer mal a uma criança! – exaltei-me.

Christopher fechou a cara e movimentou a arma.

            — Tititi!

            — Feche os olhos querida e não abra até que eu diga! – confortei-a sem tirar os olhos da arma.

Ela o fez, Christopher riu novamente.

            — Vamos Anahí! – indicou a porta – Nenhum truque ou eu atiro!

            — Você não...

            — AGORA! – gritou impaciente.

Sua voz foi acompanho pelo disparo. Ana Paula gritou tampando os ouvidos como pode enquanto eu própria fechava os olhos temendo pela própria vida.