Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 78 – Dolorosa Culpa

            — Espere Poncho! – Dulce alcançou-me segurando-me pelo braço – Não pode ir sem antes te explicar... – rechacei-a.

            — Explicar o que droga! – virei-me gritando – O que Dulce? Que ela carrega um filho meu? Que ambos correm perigo e que a culpa disso é minha?

Meu autocontrole já não existia. Explodi. Sentia os poros do meu corpo abrirem-se, minha cabeça prestes a estalar.

            — Calma! – Christian postou-se a minha frente segurando-me os braços – A culpa não é sua!

Afastei-o da mesma maneira. Não queria que ninguém me tocasse ou que exibisse auto piedade.

            — O tratamento abrangeu conseqüências Poncho, por isso ela passava tão mal... – Dulce explicou antes que eu estourasse novamente.

Sentei-me incapaz de assimilar aquilo.

            — Os enjôos eram coerentes a gravidez, mas... – fungou – Como eu poderia saber? – respirou fundo – O organismo dela reagiu mal! Ela se drogou Poncho! – confessou – Ela pôs o bebe em perigo, mas...

Levantei-me desesperado. Aquilo não podia ser verdade. Eu senti, no fundo do coração eu senti que meu mundo acabava de desmoronar um pouco mais.

            — Ela não sabia! – completou Dulce distante de minha cabeça – Ela nunca faria mal a si própria se soubesse Alfonso!

Eu já não tinha mais certeza, eu já não conseguia raciocinar direito. Andei de um lado ao outro querendo esputar a magoa em meu peito. O que iria fazer? Onde ela estava? Não podia sequer pensar na idéia de perdê-la, ou de... Céus, meu filho!

            — Poncho... – Christian chamou-me acordando-me da minha dor.

            — Precisamos encontrá-la... – peguei as chaves do carro e voltei-me a ele – Siga-me, faça o que for necessário! – ordenei-o.

            — Pra onde estamos indo? – perguntou Dulce em um convite da sua presença.

Respirei fundo num aceno consenso de cabeça.

            — Christopher é a nossa única pista! – abri o elevador – E é até ele que vamos.

Sozinho em meu carro raciocinei melhor. Tinha em mim meu próprio consolo, ou, meu próprio remorso, mas nenhum alivio. Acelerei o tanto que pude, chegando a perder Christian e Dulce do meu retrovisor. Por deus! Com todas as forças esperava encontrar Anahí. Por minha vida queria que ela estivesse bem e meu filho... Chegaria a ser pai? Aquela idéia atormentava minha mente. Seria tão agradável compartilhar aquilo, seria tão prazeroso ter uma criança em meus braços sabendo que fora gerado com amor, mas... Diabos! Havia a probabilidade, havia o risco de tudo ser apenas uma ilusão. Não queria pensar nisso, sofrer por antecipação, mas precisava cogitar o fato. Parei o carro frente à casa do subúrbio. Havia outro ali estacionado. Era de Christopher, tinha que ser dele! Sai apressado com os punhos cerrados, alcancei a porta... Fechada. Droga! Minha raiva era tanta que nem esperei Christian vindo em meu auxilio, dei um murro com o ombro e a porta escancarou-se estrondosamente. Irrompi pela sala e o silencio apropriou meus ouvidos. Com tranqüilidade dei alguns passos, com os sentidos aguçados escutei um pranto. Não era tão distante, era abafado. Ele estava ali, seria Anahí?

            — Tititi me tira daqui! – ouvi o grito infantil e choroso – Eu to com medo!

Com cautela segui o som, Christian irrompera da porta no mesmo momento. Dei-lhe sinal de resguardo e segui até a minúscula porta sobre a escada. Vinha dali. Destranquei a trava e quando o fiz a surpresa irradiou diante de meus olhos.

            — Céus! – rosnei baixinho.