Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]
Addictive Life
Capitulo 16 – Mais Uma Vez
Prontamente ele se aproximou de mim como se me esperasse como se tivesse me seguindo o tempo todo e me ver se torna-se algo normal. Mirou-me com seus olhos intensos e avaliou minha expressão segurando-me pelos braços para não desabar no chão.
— Anahí o que houve? – perguntou aflito avaliando minhas mãos ensangüentadas – O que acon...
— Por favor, me tira daqui! – cortei-o suplicando com a voz embargada.
Os segundos em que ele me olhou naquele momento será algo que guardarei o resto da vida em minha mente. Seria impossível esquecer a ternura exaltada em seus olhos e a expressão apavorada no rosto. Criou em mim uma sensação abrasadora e reconfortante forçando-me a agarrar-me a ele.
— Por favor Alfonso – sussurrei novamente abraçando-o com força.
Em um instante ele me levara adiante e me colocara dentro do seu carro. O mesmo com que me atropelara e andara vez passada. Bateu a porta e deu a volta ocupando o volante, rapidamente vi-o tirar uma toalha do porta-luvas e segurar minhas mãos com cuidado.
— Coloque isto – disse ajeitando a toalha em minhas mãos – vai servir para parar o sangramento até chegarmos no...
— No hospital não...– cortei-o alarmada.
— ...no meu apartamento – completou lançando-me um olhar compreensivo.
Uma vez protegido o sangue de se alastrar, deu a partida e seguiu. Encolhi-me no assento sentindo-me perdida e ao mesmo tempo segura fazendo do silencio um amigo distante. Olhei os borrões coloridos passarem pela janela desviando-me da tentação de olhar Alfonso. Tirando a fraqueza que senti e a dor no corpo, a velocidade excessiva me deixou um pouco enjoada. Obriguei-me a fechar os olhos tentando acalmar os sintomas que conhecia tão bem. Teria que me esforçar pra não decair na frente dele, decepcioná-lo fazendo com que me odiasse.
— Porque me importo? — suspirei baixinho.
— O que disse? – perguntou ele desviando a atenção entre o transito e a mim.
— Nada! – corrigi-me do erro rapidamente.
— Está doendo? – perguntou preocupado.
Novamente o tom preocupado.
— Arde um pouco – olhei a toalha ora branca ficar toda vermelha – Vai passar.
Já havia passado por coisas piores que ele nem imaginava, a dor em minha vida era constante.
— Se cuidarmos bem sim, ou pode infeccionar e você ficar com mãos de ogro.
Soltei um riso baixo com a piada, paramos em um semáforo e ele ficou a me olhar. Percebi isso e obrigou-me a olhá-lo também. A escuridão da noite não conseguia apagar o brilho intenso que vinha de seus olhos, a pouca iluminação mostrou-me um sorriso começando a se formar em seus lábios, mas não tinha certeza, pois minha cabeça começava a latejar. Virei o rosto intrigada com ele e voltei a olhar pra fora com os olhos cerrados. Uma brisa vinha da fresta da janela e batia em meu rosto deixando-me um pouco melhor. Quando paramos de novo pensei que fosse outro sinal, mas quando abri os olhos deparei-me com Alfonso olhando-me com a porta aberta.
— Chegamos – disse pratico abaixando-se para olhar à minha altura.
Nesse momento sentia o corpo desfalecer, mau voto minhas mãos e a dor parecia aumentar. Alfonso tocou meu rosto com a palma da mão macia fazendo um carinho terno em minha bochecha, consegui levantar os olhos pra ele pedindo em suplica que me tirasse dali.
— Não se preocupe – sussurrou aproximando o rosto de mim – eu vou cuidar de você!
Fechei os olhos sentindo-o depositar um beijo em minha testa. Deixei que ele me pegasse no colo incapaz de firmar os pés no chão. Encolhi-me sobre ele como um bebe recém nascido escondendo a cara no peito largo.
— Você não precisa me carregar sempre – disse – Sabe eu tenho pernas.
Poncho soltou uma risada abafada, arrisquei-me a levantar o rosto para olhá-lo.
— Você mal consegue falar...
— Estou falando!
— Com a língua enrolada – disse quando entramos no elevador.
Voltei a descansar a cabeça manhosa. A dor começava a se alastrar em cada pedaço de músculo do meu corpo, a posição em que estava não favorecia apesar de Poncho segurar-me como uma porcelana prestes a se quebrar. Subimos em silencio ao que me pareceu 500 andares, ao entrar na enorme cobertura Alfonso me levou ao mesmo quarto da ultima vez: o dele.
— Você precisaria de um banho – disse depositando-me sentada na cama larga – mas eu não posso fazer isso!
— Eu posso tomar um banho sozinha – falei birrenta olhando um sorriso brotar de seus lábios.
— Eu não tenho tanta certeza.
— Eu tenho.
— Queria acreditar nisso.
— É apenas um banho!
— Suas mãos estão machucadas...
— Eu posso me virar – insisti – Serio.
Ele olhou pra mim misterioso e estritamente desconfiado. Apesar de saber que seria uma tarefa difícil tomar banho sem as mãos, levantei e mantive-me firme sobre as pernas bambas.
— Colocarei suas roupas sobre a cama – disse consentindo minha decisão – Lave bem o ferimento, depois cuidamos melhor dele.
Assenti. Alfonso saiu deixando-me sozinha, voltei a sentar na cama exausta observando minhas mãos. Retirei o pano que as cobria e observei o corte fundo em ambas. Era possível ver as marcas dos cacos e o lugar exato onde perfuraram. Assoprei sobre o corte sentindo a ardência do ato. Eu não conseguiria. Mal podia meche-las quem dirá abrir o registro.
— Droga! – reclamei.
No mesmo instante a porta se abriu.
— Eu sabia que você não conseguiria – disse Alfonso entrando com um kit médico entre as mãos. – Eu vou preparar a banheira pra você!
— Não! – levantei depressa – Não precisa se incomodar, eu só estava matando tempo.
Ele colocou o kit sobre a cama e lançou-me um olhar divertido.
— Vamos combinar uma coisa? – olhei-o sem responder, ele continuou – Não quero que você evite receber minha ajuda...
— Eu nã....
— Não discuta isso. – falou serio – Eu quero te ajudar e sei que você me esconde algo...
Abaixei a cabeça incapaz de encará-lo. Alfonso parou sua linha de raciocínio e caminhou até o banheiro deixando meus pensamentos rolarem a solta. Droga, ele era tão intrigante pra mim. Tudo parecia melhorar ao lado dele e de alguma forma eu gostava daquilo, mas não poderia me prender. Mas o que sairia de mal eu aceitar sua ajuda? Será que se ele soubesse o tipo de pessoa que sou me aceitaria? Com toda elegância, dinheiro sabendo que pode conseguir tudo o que quer? Resposta fácil: não.
— Está pronta – disse observando-me da porta – mas vamos precisar lavar o machucado.
— Alfonso eu...
— Venha Anahí – cortou-me serio – Por favor é a ultima vez que vou pedir.
Não me mexi extremamente sem graça. Alfonso esperou alguns segundos e veio a mim logo em seguida, pegou o kit médico e estendeu a mão. Olhei-o perplexa e levantei sozinha, vendo que cambaleei para um lado, logo me segurou pela cintura e ajudou-me ir ao banheiro. Ao entrar vi a banheira quase cheia e espumando, Alfonso levou-me até o chuveiro e acionou o esguicho menor soltando a água no chão.
— Estenda a mão, pode arder.
Com relutância fiz o que ele pediu, devagar ele apontou a corrente de água em minhas mãos começando a lavar o machucado. No momento que a água me atingiu soltei um gemido de dor fazendo Alfonso afastá-la.
— Desculpe! – disse assoprando o ferimento.
— Não pensei que fosse doer tanto – disse balançando as mãos devagar fazendo uma careta – Faça de uma vez, é melhor – pedi.
Com um olhar culpado ele voltou a jogar a água. O ardume foi intenso e a dor pareceu dobrar. Mordi o lábio inferior segurando o choro preso na garganta. Não pude evitar que algumas lagrimas escorressem por meus olhos. Alfonso lavou o ferimento o mais rápido e mais bem feito que conseguiu e quando afastou a água dei graças a deus por isso.
— Depois que você tomar um banho podemos enfaixar.
— Você é médico? – perguntei curiosa.
Alfonso riu.
— Não nesta vida – disse – acho que temos algumas coisas a esclarecer... Sobre nós.
Muita coisa a esclarecer, tinha razão. Assenti tentando não contrariá-lo. Nos olhamos por um tempo estudando o que um poderia estar pensando, com um sorriso sem graça Alfonso deixou o banheiro. Despi-me devagar e com dificuldade, minhas mãos pareciam mais leves, mas a dor continuava. Entrei na banheira e afundei na água morna. Foi relaxante e prazeroso. Encostei minha cabeça na borda e ali fiquei.
(...)
O toque macio em meu rosto traçou uma linha do canto da sobrancelha até os lábios contornando-os pelo lado do queixo. Abri os olhos e deparei-me com a imensidão esverdeada levando um susto com a realidade da situação.
— Calma! – pediu Alfonso olhando-me ao lado da banheira.
— Há quanto tempo estou aqui? – perguntei sentindo o obvio.
— Quase quarenta minutos, fiquei preocupado...
— ...mas relutou em entrar – completei.
Desviei seu olhar e olhei meu próprio corpo coberto em partes pela espuma quase escassa. Seria possível ver meu seio direito se o mesmo não estivesse coberto pelos cabelos grudados na pela. Senti-me exposta, mas não com vergonha, a dignidade dele era tão imensa que não abria espaço pra isso.
— Porque seus olhos sempre têm um contorno escuro? – pediu virando meu rosto pelo queixo.
— Acho que ai entra a parte de precisamos esclarecer algo sobre nós – disse prática.
— Você está disposta a isso? – perguntou.
— Acho que não – sorri de canto ganhando a atenção de Alfonso.
— Seu sorriso é lindo – elogiou ainda com a mão em meu rosto.
Mais uma vez contornou meus lábios com os dedos observando cada detalhe que ali encontrara.
— Não sei como te agradecer pelo que está fazendo comigo. – mirei-o.
— Se sorrir sempre é um pagamento justo.
— Não é o suficiente...
— ... Pra mim é! – levantou e dirigiu-se até a porta – Vista-se, vou te esperar lá fora. – e saiu.
Ergui-me e enrolei-me na toalha. Sobre a cama a muda de roupas que imaginei serem da sua irmã. As peças pareciam infantis apesar de não serem, tinham estilo elegante e não confortável. Peguei-as e encaminhei até o lugar onde julgara ser o closet de Alfonso. O espaço bem decorado e largo tinha prateleiras dispostas entre sapados e aramados de camisas. Gavetas largas e espaçosas pelo que pude perceber. Deixei as peças femininas em um lado e parei em frente ao meu alvo vendo as diversas cores e estilos. Optei por uma camiseta dobrada a base listrada em preto e roxo. Vesti-a sabendo que alcançaria metade das minhas coxas e sai. Observei a janela escura da noite e o quarto bem iluminado, minha vontade era deitar na cama macia e dormir, mas tinha um assunto pendente e este acabara de entrar no quarto paralisando-se a minha frente. O olhar de Alfonso percorreu meu corpo de cima a baixo, ao encaixar-se com meus olhos um sorriso apareceu em sua face. Era a hora de conversar.
Leitoras? Apareçam ?
Autor(a): JL
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Addictive Life Capitulo 17 – Oculto e Imprevisível Talvez eu soubesse disso no momento em que pedi que ele me levasse pra longe da Addictive’s, só de pensar o que poderia ter acontecido se ele não estivesse lá me causa calafrios, diferentemente dos arrepios que o olhar de Alfonso estava me causando. & ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4049
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kahportilhaherrera Postado em 30/06/2017 - 23:15:50
Alguém sabe que capítulo a Anahi tem aquela crise no banheiro?? É minha cena preferida e queria ler de novo e não acho , alguem me ajuda??
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mari_5768 Postado em 29/02/2016 - 22:35:23
Simplesmente amei a fic. Meu deus mistura tantas situações que te fazem querer ler mais e mais
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franmarmentini♥♥ Postado em 21/06/2015 - 13:14:10
Olaaaa vou começar a ler.
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_thainaoliveiraaya Postado em 06/05/2014 - 15:57:01
Cheguei tarde ? Muito tarde ! Mas não me empediiu de amar essa história , foi incrível do começo ao fim !
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belle_doll Postado em 20/06/2013 - 11:19:12
Pqp... É a melhor web do Brasil!!! Aceito uma mini 2T Amiga! Imaginei os dois com o filho num campo florido e tal kkkk
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reneviana Postado em 07/08/2012 - 18:15:47
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Que linda *-*. Amei, amei e amei!
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:43
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:41
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...