Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Envolvi-a em meus braços confortando-a, matando aquela saudade que doía-me o ser inteiro. Céus como estava frágil, como sentia a necessidade de protegê-la. De continuar a ter seu corpo contra o meu.

            — Afaste idiota! – Christopher gritou.

Soou-se um tiro, encolhi-me ao mesmo tempo em que um arrepio passou por minhas costas, mas nada aconteceu. Apertei Anahí com mais força sentindo-a tremer em meus braços. Estava tensa, sôfrega.

            — Quer brincar dom Herrera? – Uckermann rondou-me até me encarar, a arma de cano longo apontada diretamente a minha testa. Por mais que aquele gesto fosse perigoso sentia-me confiante, não o tinha medo. A arma não dizia nada, não valia qualquer significado comparado a salvar Anahí, sabia que no momento a situação era critica – Vamos brincar de contar a verdade então...

            — Pare com esses jogos! – rosnei.

            — Não, não, sem perguntas! – falou sem ao menos ligar para minha interrupção – Eu dito as regras agora!

A arma em suas mãos pendia de um lado ao outro. O corpo de Anahí ia desfalecendo em meus braços, senti-a soar frio, a respiração tornar-se rápida e ofegante. Suas mãos apertaram-me a camisa com força, era um pedido mutuo pra que não a soltasse. Diabos! Onde estava Christian?

            — Anahí não é só o que você olha Alfonso... – Christopher desdenhou voltando-me minha atenção a ele.

            — N-não...! – Anahí gemeu empurrando-me.

Christopher riu.

            — Você sabe quem é Juan Alfonso? Sabe o que Anahí fez com ele?

Tentei manter Anahí em meus braços, mas o resto de forças que lhe restavam ela tentou afastar-se de mim.

            — P-pare Ucker... – sua voz falhou.

            — O que está acontecendo? – fiquei atônito paralisado sobre a cama.

Ucker apontou-me a arma ameaçador.

            — Levante-se! – soltou a tranca da arma.

Aquela era uma deixa. Mirei de Anahí recostada na cama a arma apontada. Levantei-me com as mãos em prudência.

            — Você tentou descobrir quem era Juan... Aposto que não o conseguiu!

            — Nã-o, por f-avor!

            — Ninguém saberia, afinal fiz meu trabalho bem!

            — Juan está morto! – acusei-o em um grito.

Esperava que em algum lugar Christian me escutasse e acabasse com aquela sensação de perda que crescia em meu peito.

            — Está sim, mas ao contrario do que pensa não fui eu quem o matou...

Em um reflexo Anahí tentou levantar-se. Fora inútil, apoiou-se na cama e caiu sobre ela tentando manter o corpo elevado. Fiquei a olhá-la, tentando assimilar porque reagira as palavras de Christopher. Foi então que me dei conta do que aquilo significava. O recém desespero dela e as palavras seguintes de Uckermann.

            — Foi Anahí, foi ela quem o matou!

            — Não! – rugiu com desespero.

As lagrimas começaram a correr por seu rosto. Céus! Aquilo era a verdade. O segredo que tanto julguei apagado fora revelado de uma forma cruel. Ela, ela matara um homem. Juan. Tudo que eu tentara descobrir estava diante de mim assustando-me com força.

            — Não...! Não o escute...!

            — Anahí! – sussurrei.