Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]
Addictive Life
Capitulo 83 – Addictive’s
Pelo ultimo minuto caminhei até a unidade intensiva. Entrei, parei diante o vidro e olhei Anahí pelo quarto dia. O sol ainda não sairá por entre as nuvens escuras, meus olhos não se pregaram desde a ultima vez que fechei-os. Toquei o vidro num ato inútil de tentar alcançar o corpo imóvel na cama. Céus como queria tocá-la, sentir a textura da pele macia e alva. Aspirar seu aroma fazia-me tanta falta, doía-me tanto não poder acariciá-la. Suspirei encostando a cabeça no vidro.
— Não importa o que tenha que fazer... – sussurrei – Vou provar que você é inocente...
Queria poder acercar-me dela. Contava os dias para que tirassem aqueles tubos do seu corpo, que deixassem-na respirar por vontade própria, que seu braço, que o corte em seu pulso sarasse logo. Que a dor que eu sentia, que a dor que ela sentiria, acabassem. Contava os dias, as horas, minutos pra que fugíssemos pra um lugar remoto e desfrutássemos do amor. Queria provar que todos estavam errados em relação a ela. Queria casar-me, ter filhos, muitos filhos. De alguma maneira tiraria-a daquele abismo. Respirei fundo mais uma vez e quando vi o tempo acabara. A enfermeira dera-me o aviso e eu só poderia acatar. Mirei Anahí uma ultima vez, por ela faria qualquer coisa e foi com esse pensamento que encontrei Christian do saguão do hospital.
— Está tudo pronto? – perguntei-o.
Ele assentiu. Ambos usavam vestes pretas, a arte da camuflagem poderia salvar-nos a pele. Seguimos até o carro, mentalmente revisava o plano: Entraríamos pelos fundos com a chave que Christian ainda conservava. Subiríamos as escadas até o escritório principal e procuraríamos as provas. Simples, estratégico e rápido. Dirigi em silencio respeitando o próprio de Christian. Percebia que ele sentia-se nervoso em fazer aquilo.
— Você podia relaxar! – comentei quando parei o carro uma quadra antes.
— Tento cara, mas só de pensar em voltar naquele lugar...
— Não se preocupe, vai ser rápido!
Saímos do carro, coloquei um boné preto que escondia meu rosto pelas eventuais câmeras que habitavam o lugar. Christian fez o mesmo, ele conhecia a boate como ninguém, ajudara a implantar a segurança e aquilo era uma vantagem a nós. Quando alcançamos a porta, a chave virou-se com facilidade. Em meu interior agradeci por aquilo. Entramos com cautela, Christian foi à frente e mantive-me na retaguarda. Como havíamos previsto o local estava vazio.
— Em que direção fica as escadas? – perguntei-lhe em um sussurro.
— Esquerda, depois dos reservados... – seguiu a direção.
Quando vi o local lembrei-me da cena passada e reveladora em minha cabeça. Foi instantâneo ao olhar aquele lugar.
— Está com medo? – perguntou quando soltou seus lábios do meu – Eu não mordo, pode me tocar.
— O que há com você? – perguntei sentindo o enigma do momento – Você pare...
— Shhh... – calou-me com um dedo sobre meus lábios aproximando seu rosto do meu – apenas me sinta como eu sinto você.
Podia instigar seu corpo junto ao meu, podia sentir o calor que despregava de sua pele. Desviei meu olhar para as escadas a fim de concentrar meus pensamentos no que tinha que fazer.
— Parece mesmo que não há ninguém... – Christian comentou mais relaxado.
— Como especulávamos! – confirmei.
Deixei que ele guiasse o caminho, a pouco entravamos em um escritório amplo, um pouco rústico e sombrio.
— Então aqui é a caverna do Batman! – abri os braços olhando a volta.
Christian olhou-me temeroso. Dentro de mim uma faísca de raiva alastrava-se em cada poro do meu corpo.
— O que exatamente procuramos? – Chávez desviou.
— Papéis, fotos, quem sabe a arma do crime... – disse enquanto me aproximava da mesa ao centro.
Comecei a revirar os papeis que ali estavam, tomando o cuidado de deixar tudo no mesmo lugar como havíamos combinado. As luvas que usávamos davam proteção a possíveis digitais. Pensamos em tudo, exatamente em tudo.
— Tem um cofre em algum lugar... – Christian revirou alguns quadros – Eu sei que há, já ouvi mencionarem...
— Tente os livros... – apontei com a cabeça a grande estante.
Fui abrindo as gavetas, deparando-me com papeis contábeis, avisos premeditados, coisas sem importância. Para toda investigação havia uma gaveta trancada, sentei-me a cadeira desgostoso.
— Onde você guardaria a chave de uma gaveta? – perguntei.
— Se tivesse senso de humor em um esconderijo na própria gaveta... – deu uma pequena risada.
Como ele havia sugerido, passei as mãos pela superfície plana da madeira. Por sorte, ou por audácia de Christian, a chave estava lá.
— Bingo! – disse-lhe.
Abri a gaveta, ali as coisas eram mais reveladoras. Um envelope amarelo e dobrado via-se em cima, tirei-o e deparei-me com fotos. Minhas, minhas e de Marichelo abraçados.
— Leon deve ter feito Anahí acreditar que estava traindo-a. – rosnei passando as fotos.
— Você acha que ele viu Anahí nesse tempo? – perguntou ele.
— Tenho certeza! Algo ele fez e se Anahí viu essas fotos deve ter pensado o pior! – mostrei-lhe as fotos.
Christian fez uma careta.
— Encontrou o cofre? – devolvi as fotos ao envelope.
— Ainda não!
Deixei-o trabalhar enquanto revirava outros papéis. Como eu esperava haviam relatórios completos de minha vida, de Maite e de Marichelo. Ana Paula aparecia em algumas fotos sorrindo ao lado da mãe, encontrei mais fotos do meu encontro com ela quando perdeu a criança.
— Encontrei! – escutei a voz animada perto da lareira.
Sobre o mármore havia um pequeno esconderijo que dava acesso a um cofre médio. Aproximei-me.
— Consegue abrir? – disse de cenho franzido.
— Penso que sim se me der um minuto...
Observei-o concentrar-se em girar o registro com destreza, ele sabia o que estava fazendo. Alguns minutos depois o cofre abrira revelando mais papeis, dinheiro e... Uma arma.
— Calibre 36, cano longo, seis tiros... – disse Christian examinando a arma.
— O calibre é o mesmo do laudo! – rosnei.
— Exatamente... – Christian afirmou – Se foi mesmo Anahí ou Leon, a arma é esta!
Assenti em silencio, retirei os papeis que ainda havia ali dentro. Mais documentos, mais fotos. Leon estava vigiando todos os passos de Anahí. Uma das imagens mostrava-a comprando droga recentemente, os cabelos já estavam tingidos.
— Precisamos de mais provas se queremos incriminá-lo! – comentou Christian recolocando a arma no lugar.
Recoloquei os papeis no lugar tendo a certeza de ter analisado todos.
— Alguma fita de segurança talvez? – indaguei-o.
— Seria uma possibilidade!
Fechamos o cofre.
— Há alguma sala de segurança? – perguntei.
— Lá embaixo, perto da saída!
Assenti encaminhando-me pela porta. Dessa vez desci com mais pressa e nem sequer quis esperar por Christian, sentia-me afobado, irritado e ansioso. Alcancei a porta, não havia ninguém na pequena sala rodeada por telas de LED. Todos os ângulos da boate, inclusive quartos, apareciam ali.
— O arquivo é digital? – perguntei-o aproximando-me do computador.
— Receio que sim, e se for precisaremos de uma senha de acesso.
— Droga! – bati sobre a mesa sentindo-me derrotado.
Talvez aquela fosse a única maneira de provar a inocência de Anahí. Christian tentou seu antigo login, mas não adiantara. As senhas mudavam periodicamente.
— Só um funcionário poderia dizer-nos a senha. – explicou ele – O acesso a porta, a segurança ou qualquer código será o mesmo...
— Merda Christian! Merda! – rosnei olhando as telas.
Sentia-me eufórico por não passar aquela barreira. Fora quando vi um movimento na LED superior, perto do bar. Não estávamos tão sozinhos assim.
— Quem é aquela? – apontei.
Christian levantou-se para olhar mais perto. Deu um gemido audível quando reconheceu a loira de cabelos longos.
— Angelique. Trabalhou com Dulce e trabalha aqui pelo mesmo motivo que ela.
— Podemos confiá-la? – perguntei apoiando as mãos na cintura.
Ele assentiu, dei-lhe sinal positivo. Saiu para buscá-la. Mirei-o pelas telas até abordar a garota em um susto. Minutos depois ela entrava na pequena sala.
— Oh, mas é o...
— Não sei do que iria chamar-me, mas não temos tempo...
— Angelique, mas pode me chamar de Angel! – estendeu a mão.
Recebi-a num aperto. Usava fones de ouvido, o que explicaria sua falta de audácia para com nós. Parecia cansada, mas tinha um rosto angelical e sereno por trás das olheiras.
— Pode ajudar-nos?
Ela assentiu dirigindo-se rapidamente para frente do computador.
— A senha muda hoje cedo, se tivessem esperado mais não teria conseguido ajudá-los! – deu alguns cliques sobre o teclado.
Um bip de entrada fez-se soar. Christian rapidamente tomou o lugar dela em busca dos arquivos. Angelique aproximou-se de mim.
— Não sei se te adianta de algo, mas... – disse acanhada – O Mentor anda muito nervoso, tem gritado com Christopher quase diariamente, não consegue mais se controlar...
— Isso é um bom sinal! – disse-a pensativo.
Obviamente ele estaria naquele estado, os planos que ele traçara iam cada vez mais pra baixo.
— Obrigada pela ajuda Angel... – disse-a colocando a mão sobre seu ombro magro.
Ela sorriu sem jeito.
— Espero que adiante de algo, sei que fazem por Anahí! – assenti diante sua resposta.
Não era aconselhável falar-lhe de Anahí no momento, haveria tempo. Aproximei-me da mesa em busca de um papel e uma caneta. Rabisquei alguns números e entreguei a Angelique.
— Procure por Maite... – disse-lhe – Ela lhe dara um oportunidade fora daqui!
Ela olhou o papel desconsolada. Assentiu em seguida murmurando um obrigada. Virei-me para Christian.
— Tudo pronto? – perguntei-lhe.
Com insistentes batidas no teclado ele assentiu. Tirou o disco rígido móvel e colocou-o na bolsa.
— Todos os arquivos do ultimo ano! – sorriu satisfeito – Agora sugiro que vamos!
Despedimos-nos de Angelique. Saímos pelos fundos e alcançamos o carro no momento em que o pôr-do-sol se punha no horizonte. Liguei o carro sentindo uma energia repentina nas veias.
— Conseguimos cara... – Christian relaxou no banco do carona – Saímos vivos! – riu-se fechando os olhos.
Deixei que o silêncio fosse minha resposta de assentimento. O próximo passo seria analisar os vídeos, tomaria tempo, mas o faria de bom grado. Querendo ou não aquilo era uma esperança, pra mim, pra Anahí, de que tudo iria ficar bem no final.
Gente, eu demoro pra postar unicamente porque ninguem pede #dik
René, K e quem está comentando, graaacias =)
Autor(a): JL
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4049
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kahportilhaherrera Postado em 30/06/2017 - 23:15:50
Alguém sabe que capítulo a Anahi tem aquela crise no banheiro?? É minha cena preferida e queria ler de novo e não acho , alguem me ajuda??
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mari_5768 Postado em 29/02/2016 - 22:35:23
Simplesmente amei a fic. Meu deus mistura tantas situações que te fazem querer ler mais e mais
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franmarmentini♥♥ Postado em 21/06/2015 - 13:14:10
Olaaaa vou começar a ler.
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_thainaoliveiraaya Postado em 06/05/2014 - 15:57:01
Cheguei tarde ? Muito tarde ! Mas não me empediiu de amar essa história , foi incrível do começo ao fim !
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belle_doll Postado em 20/06/2013 - 11:19:12
Pqp... É a melhor web do Brasil!!! Aceito uma mini 2T Amiga! Imaginei os dois com o filho num campo florido e tal kkkk
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reneviana Postado em 07/08/2012 - 18:15:47
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Que linda *-*. Amei, amei e amei!
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:43
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:41
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...