Fanfics Brasil - Addictive Life - Capitulo 84 – Um Nível a Cima Addictive Life - AyA [Finalizada]

Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]


Capítulo: Addictive Life - Capitulo 84 – Um Nível a Cima

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Addictive Life


Capitulo 84 – Um Nível a Cima


 


Levei Christian até seu apartamento, voltei ao meu próprio em silencio e tomei uma ducha sem que Dulce ou Ana Paula percebessem minha visita. Não consegui pregar os olhos e pra mim aquilo já era normal. Re-arrumei minha mochila e parti novamente ao hospital. Algo dentro de mim naquele momento havia mudado, sentia-me eufórico e esperançoso depois de ter invadido a Addictive’s. Durante o caminho ao hospital consegui reorganizar meus pensamentos. Algumas coisas ainda deveriam se encaixar, precisava descobrir alguns detalhes e revelar outros, mas tinha a tranqüilidade em saber que Leon não sabia meu maior segredo, que todos os esforços estavam resolvendo a segurança desse enigma que criara. Estacionei o carro e segui ao interior do hospital, tudo ali parecia-me familiar agora, estranhamente aquele ambiente tinha virado um acomodo.


            — Senhor Herrera? – virei-me para a voz – Senhor Herrera o doutor Caius estava procurando-lhe! – disse a recepcionista.


Instantaneamente algo dentro de mim agitou-se.


            — Algo aconteceu a Anahí? – perguntei alarmado aproximando-me dela.


            — Creio que são noticias boas! – respondeu-me ela abrindo-me um sorriso.


            — Onde ele esta? – perguntei inquieto – Por favor...


            — Se acalme senhor! – disse-me serenamente – Siga até o terceiro andar no quarto ao final do corredor...!


Não esperei-a terminar a frase. Andei rapidamente até o elevador. Os dois andares pareceram um prédio inteiro diante do meu nervosismo. Meus passos seguiam largos e firmes, quando alcancei o final do corredor vi a porta entreaberta. Minhas mãos procuraram o fecho, meus olhos direcionaram-se ao leito e ali estava ela. Meu coração deu um salto.


            — Anahí! – aproximei-me.


            — Poncho não! – Caius parou-me antes de alcançar a cama – Não é o que está pensando!


Olhei dele para Anahí. A expressão preocupada em seu rosto dizia-me que o esperado não acontecera. Anahí conservava a mesma expressão solene no rosto, a diferença é que não usava mais aparelhos respiratórios nem tubos por todo corpo.


            — Não houve nenhuma melhora, só transferimos o quarto... – explicou-me ele vendo minha confusão – Ao final da tarde vamos removê-la do coma, mas isso não é garantia que ela saia dele!


Esquivei-me dos braços de Caius sentindo meus músculos tencionarem. Lentamente alcancei a cama, meu coração palpitou mais forte a medida em que me aproximava dela.


            — Vou deixá-lo sozinho, volto daqui a pouco para conversarmos.


O baque da porta fechando-se isolou-me a Anahí como se habitássemos outro mundo. E era um mundo onde só existia eu e ela. Sentei-me lentamente na beirada da cama alta. Apenas observei-a demoradamente sentindo-me perplexo com a beleza do rosto delineado. Os traços demonstravam cansaço, a pele estava pálida, os lábios uma vez rosados adquiriam uma cor clara.


            — O que fizeram com você meu bem... – sussurrei levando uma mão até seu rosto.


Contornei a pele quente sentindo uma estranha sensação por meu corpo. Tracejei minha mão até a sua, cruzada sobre o colo, a atadura do pulso enfaixando-lhe o corte. Sentia-a tão frágil, tão distante de mim ao mesmo tempo em que próxima. Beijei-lhe a palma lentamente e mantive aquele calor em meu rosto. Meu instinto protetor ressurgiu com força, oh céus como doía-me senti-la daquela maneira, era terrivelmente culpado por tudo.


            — Me perdoa, eu errei em deixá-la... – sussurrei – Queria tanto contar-lhe a verdade, queria tanto criar um lugar seguro pra você... – parei abruptamente sentindo o jorro de lagrimas em meus olhos.


Suspirei mirando-a entorpecido, toquei-lhe o rosto mais uma vez reavivando a textura de sua pele entre meus dedos. Os cabelos castanhos faziam uma áurea em sua volta, poderia estar dormindo.


 


Não sei por quanto tempo perdi-me a olhá-la. Minutos pareciam correr em segundos. Caius explicou-me rapidamente seu quadro clinico horas mais tarde, tudo que eu já sabia, tudo que ele já me falara. Seu corpo não precisava mais de tanto auxilio, era um avanço querendo ou não, mas novas e boas noticias pareciam não surgir, era uma monotonia.


            — Jenny corte a sedação... – Caius instruiu a enfermeira.


A um canto do quarto analisava a ambos executarem seu trabalho. Caius media-lhe a freqüência cardíaca, Jenny diminuía a dose de medicamentos.


            — Quando ela acordara? – perguntei-lhe tentando manter a calma.


            — A pressão dos remédios passara em um ou dois dias, depois disso... – virou-se a mim – Fica a encargo do organismo dela. Horas, dias, quem sabe meses, nunca é certo Alfonso! Nesses casos depende da força do paciente!


Não sei se aquela noticia animava-me ou deixava-me mais desapontado. Suspirei sentindo uma pressão descomunal sobre meu peito. Era uma sensação impulsiva que não deixava-me tranqüilizar.


            — Fluxo diminuído para ponto 2[1] doutor! – Jenny informou-lhe.


            — Ótimo Jenny, pode ir... – sorriu-lhe.


Assim que ela retirou-se Caius voltou-se a mim.


            — Sei que agora você pode ficar em tempo integral aqui, mas não o aconselho a fazer isso...  intuiu-me – Seu braço ainda esta cicatrizando e não vejo nada em você para cuidá-lo...


            — Não preciso de conselhos Caius...


            — Quem fala é o doutor Marcellus Alfonso, o medico não o amigo! – olhou-me mais serio – Não quero vê-lo aqui por mais de seis horas diárias! Vá pra casa, descanse e volte para vê-la...


Abri a boca para argumentar, mas antes que assim o fizesse ele interrompeu-me.


            — Isso é uma ordem... Do doutor. – acrescentou ríspido virando-se a saída, parou a porta – Se não obedecer corto qualquer tipo de visitas!


Fiquei a pensar em suas palavras, em sua ameaça de não deixar-me ficar com Anahí. Voltei-me a ela e pus-me ao seu lado. Necessitava com todas as forças mirar-lhe novamente, nos profundos olhos azuis. Me dera conta que chegara à hora de tomar as decisões. Ana Paula, Marichelo, Stanville, Leon, Christopher... O relógio caminhava rapidamente e só me baseava a acabar com tudo quando tivesse plana certeza que Anahí estivesse bem.







[1] O coma induzido é uma manobra que médicos utilizam para poder implementar o tratamento necessário para manter um paciente grave vivo. Pode ser chamado de sedação medida através da escala de Glasgow de coma (escala de Ramsey de sedação). Quanto maior a sedação, maior o valor atribuído, variando de 1 a 6.





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Autor(a): JL

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4049



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  • kahportilhaherrera Postado em 30/06/2017 - 23:15:50

    Alguém sabe que capítulo a Anahi tem aquela crise no banheiro?? É minha cena preferida e queria ler de novo e não acho , alguem me ajuda??

  • mari_5768 Postado em 29/02/2016 - 22:35:23

    Simplesmente amei a fic. Meu deus mistura tantas situações que te fazem querer ler mais e mais

  • franmarmentini♥♥ Postado em 21/06/2015 - 13:14:10

    Olaaaa vou começar a ler.

  • _thainaoliveiraaya Postado em 06/05/2014 - 15:57:01

    Cheguei tarde ? Muito tarde ! Mas não me empediiu de amar essa história , foi incrível do começo ao fim !

  • belle_doll Postado em 20/06/2013 - 11:19:12

    Pqp... É a melhor web do Brasil!!! Aceito uma mini 2T Amiga! Imaginei os dois com o filho num campo florido e tal kkkk

  • reneviana Postado em 07/08/2012 - 18:15:47

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Que linda *-*. Amei, amei e amei!

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:43

    ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:41

    ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...


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