Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]
Respirei fundo depois de mais uma tormenta de lembranças. “Não se apaixone por Anahí” – as palavras dele retumbaram em minha mente por várias noites que passei em claro. No final, eu não conseguira evitar. Apaixonara-me por ela. Entendia Christian por dizer que não deveria, Anahí era viciada, frágil, precisava de alguém para estar ao seu lado a todo instante protegendo-a, alguém com o poder de amá-la não importando a circunstância. Dei-me conta de ser aquele homem quando a vi drogando-se, quando descobri sua condição e meu peito desmanchara-se. Odiava vê-la daquela maneira, caindo em um abismo sem volta. Prometi a mim mesmo que a protegeria, que rogaria até vê-la curada daquele maldito vicio. Vi o tempo passar sobre meus olhos e aquela promessa ir se cumprindo aos poucos, desmoronando-se nos momentos baixos. Percebi também como Anahí pouco a pouco foi conquistando meu coração, acabando com aquele vazio que aterrava-me a alma. A cada gesto ela tomava uma parte de mim, amava-a acima de tudo, acima do meu próprio bem estar. Apaixonara-me por ela no momento que meus olhos bateram com os seus pela primeira vez, quando seus lábios tocaram os meus em um beijo ardente, quando nos entrelaçamos na cama e fizemos amor. Apaixonara-me mais cada vez que me olhava ou que me tocava acanhada. Ela me completava! Ela conseguia ver-me através das barreiras que eu próprio criara. Respirei fundo soltando todo o ar pregado em meus pulmões. Olhei o relógio dispondo ainda de tempo. Caminhei pelo lugar buscando algum conforto que não tinha, deparei-me ao longo com o mesmo banco que sentara com Anahí naquela noite. Era a lembrança mais viva que possuía.
FLASHBACK
Sai do café depois de uma longa conversa com Christian. Sentira nele meu aliado. Não sei se podia dizer-me arrependido da minha escolha, apenas a fiz e não queria pensar nela. Segui estrada a fim de alcançar meu apartamento. Um enorme congestionamento tomava conta das ruas, a policia fazia blitz parando todos os carros. Não poderia ser parado. Se vissem o estado da minha camisa embaixo do terno, manchada de sangue, as perguntas indiscretas seriam feitas. Dei meia volta sem pensar e decidi tomar um atalho pelo subúrbio. Foi então que me lembrei de ter uma muda extra de roupa. Andei alguns quilômetros e parei numa rua, troquei-a. Joguei a suja atrás e vesti-me com a limpa deixando o terno de lado. Em pouco estaria em casa, fecharia os olhos e acordaria mais sã para pensar. Dei partida no carro lentamente. Fui ganhando velocidade e meus pensamentos corriam para horas atrás, as lagrimas daquela mulher faziam minhas mãos tremerem, suas palavras contorciam meu coração agoniado.
— Minha filha... Oh cuide dela, cuide de Anahí... – gemeu ela em meus braços.
No momento olhei-a atônito, sem saber o que respondê-la a não ser um sinal positivo de cabeça. Aquele nome acompanhou-me pela viagem inteira. Anahí. Soava tão doce, tão enigmático ao mesmo tempo. Em meados pensei em como encontrá-la, em suas características que nem sequer mencionara com Christian. Quantos anos tinha, qual era sua altura ou a cor de seus cabelos. Nada, nada sabia apenas tinha o senso de protegê-la. Mirei distraidamente a rua deixando um suspiro acido sair de meu peito. Em um movimento vi de relance um vulto correndo em direção a rua, meus pés em conjunto alcançaram o freio rapidamente ao perceber que justamente se dirigia em direção ao carro. Freei, mas a batida fora inevitável. Não me dei conta do que acontecera por um milésimo de segundo, no outro eu abri a porta e corri em direção ao corpo frágil e pequeno a pouca distancia. Abaixei-me até ele, de imediato percebi que a moça respirava, os cabelos loiros caiam sobre seu rosto tampando-lhe a expressão. Não ousei tocá-la, deveria ficar imóvel.
— Hey! Fique parada! – disse-lhe sentindo a preocupação em minha voz.
Ela pareceu não ouvir, não sabia se estava consciente ou não, foi então que estendi a mão e retirei-lhe os cabelos do rosto. Fora como um choque, como um ato de iluminação transcendente de um mundo para outro. Meu corpo tremeu, meu coração palpitou mais forte. Mirei cada delicado traço de sua face, as bochechas claras, os lábios rosados e os olhos delineados. Uma mancha escura fazia contorno ali, lentamente ela foi chispando os olhos, não conseguira vê-los, mas algo ficou claro em minha mente. Eu tinha a impressão de conhecer aqueles olhos e surpreendi-me ao ligá-los a dona Marichelo. Penso que no momento aquela historia estava muito ligada aos meus pensamentos, talvez fosse um devaneio apenas.
— Não se mova – falei ao ver seu movimento para levantar-se – Já vou chamar alguém...
— Não... – sussurrou ela.
Senti o enfraquecimento em sua voz, o receio. Ao inclinar-se para arquear o corpo ela retrocedeu seu braço. Havia dor em sua expressão, estendi meus braços a ela no mesmo instante que seu corpo desfaleceu. De imediato senti seu aroma adocicado, pude avaliar melhor seu rosto através da luz de um poste que atingíamos. Ela era simplesmente a mulher mais linda que havia visto em meus dias.
— Por favor, você tem que ir para um hospital – disse-lhe tentando manter-me sã da hipnose que seus traços causavam-me.
— Não posso! – ela respondeu – Eu estou bem!
Para completar ela abriu seus imensos e profundos olhos: Azuis. Não me dei conta, mas mirei-a petrificado mesmo ela não olhando-me. Tinha seu miúdo corpo entre os braços sentindo um conforto repentino. O que estava acontecendo? Nesse devaneio ela soltou-se de mim, levantou-se como se nada tivesse acontecido e se afastou.
— Hey espera você não pode sair assim! – levantei-me em seguida.
Segui-a em um passo largo e agarrei-lhe o braço delicadamente virando-a para mim.
— Olha eu sei que me atropelou e está preocupado, mas eu estou bem entendeu? Não preciso de hospital e nem de ninguém!
— Você não parece bem – disse calmamente analisando-a.
Finalmente ela pareceu encarar-me completamente. Analisou-me da mesma forma que fiz com ela. Aquela sensação agradou-me. Seus olhos batendo com os meus chocou-me tamanha intensidade. Uma magnitude apoderou-se no meu corpo, provocando um tremor involuntário. No mesmo momento ela repeliu-me.
— Por favor, você parece estar mal, precisa de um medico.
— Não preciso – disse baixo – por favor, eu tenho que ir.
Deu-me as costas já distante de mim, por um momento fiquei estático atribuindo seu movimento a um adeus.
— Espera! – gritei vendo-a cada vez mais distante. Ela parou e voltou a encarar-me de longe – Pelo menos me diz seu nome! Me chamo Alfonso Herrera. – disse-lhe – Há algum telefone que posso ter noticias suas?
Ela negou com a cabeça e antes que eu insistisse, ela desapareceu na escuridão levando consigo aquela energia avassaladora.
FIM FLASHBACK
Gente desculpa a demora, mas é que agora entrei em ferias ai complica neh =)
Posto quando puder o/
Autor(a): JL
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Lembro-me de, naquele momento, ficar estático tentando visualizar o contorno de seu corpo entre a escuridão. Estava confuso, querendo ou não algo dizia-me que ela poderia ser a Anahí que eu procurava, mesmo não sabendo sequer o nome da estranha. Não era segredo pra mim que o que chamara-me a atenção fora seus olhos. S ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4049
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kahportilhaherrera Postado em 30/06/2017 - 23:15:50
Alguém sabe que capítulo a Anahi tem aquela crise no banheiro?? É minha cena preferida e queria ler de novo e não acho , alguem me ajuda??
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mari_5768 Postado em 29/02/2016 - 22:35:23
Simplesmente amei a fic. Meu deus mistura tantas situações que te fazem querer ler mais e mais
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franmarmentini♥♥ Postado em 21/06/2015 - 13:14:10
Olaaaa vou começar a ler.
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_thainaoliveiraaya Postado em 06/05/2014 - 15:57:01
Cheguei tarde ? Muito tarde ! Mas não me empediiu de amar essa história , foi incrível do começo ao fim !
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belle_doll Postado em 20/06/2013 - 11:19:12
Pqp... É a melhor web do Brasil!!! Aceito uma mini 2T Amiga! Imaginei os dois com o filho num campo florido e tal kkkk
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reneviana Postado em 07/08/2012 - 18:15:47
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Que linda *-*. Amei, amei e amei!
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:43
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:41
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...