Fanfics Brasil - Addictive Life - Capitulo 18 – Em Uma Imensidão Addictive Life - AyA [Finalizada]

Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]


Capítulo: Addictive Life - Capitulo 18 – Em Uma Imensidão

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Addictive Life


Capitulo 18 – Em Uma Imensidão


 


Sonhos, os mesmos de sempre. Conforto, o melhor que já tive. O cheiro, nunca senti nada tão convidativo. Quando acordei na manhã seguinte os lençóis enrolavam-se em meu corpo e a luz fraca batia em meu rosto. Meus pensamentos giraram logo cedo e a voz de Alfonso soou ao fundo, mas era distante.


            Cancele tudo – disse rígido.


Abri os olhos e direcionei-os a longa sacada de vidros transparentes. Alfonso posicionava-se de costas a mim com o celular colado no ouvido.


            Não discuta, isso é uma ordem – disse imperioso – remarque tudo para o mais longe possível, aguardarei sua resposta.


Quando ele desligou o celular, observei-o colocar as mãos na cabeça e olhar o horizonte muito pensativo. Conheci ali outro Alfonso, o que lidava com uma empresa multimilionária, o autoritário e respeitado. Outra façanha da parte dele, cada dia descobria algo novo do seu ser peculiar e enigmático.


            Está preocupado – falei com a voz rouca olhando seu perfil de costas – por minha culpa não é?


Ao escutar minha voz assustou-se um pouco virando rápido em minha direção. Lançou-me um sorriso terno e caminhou até mim.


            Percebi que você é cabeça dura – sorriu sentando-se na ponta da cama – mal acordou e já pensa besteiras. Não disse para não se preocupar com nada?


Seu sorriso olhando-me pela manhã parecia mais intenso que nunca. Como me preocupar com a alegria em pessoa a minha frente?


            Está certo – disse abaixando a cabeça – comecemos de novo!


            Bom Dia – sorriu flexionando em minha direção depositando um beijo em minha testa.


Sua capacidade de fazer-me sorrir era devastadora. Suas atitudes e gestos eram aplicados sempre na hora e momento certo.


            Bom Dia Alfonso – falei olhando-o.


            Não me chame de Alfonso, me sinto um velho! Poncho é mais convencional – brincou fazendo-me sorrir.


            Ok Poncho – enfatizei o apelido – O que te faz cancelar seus compromissos em plena quinta-feira?


Percebi que entrei novamente naquele assunto, foi sem intenção, mas minha mente precisava de uma resposta. Relevando isso, Alfonso arqueou uma sobrancelha com uma expressão estranha.


            Teimosa! – falou-me – Tenho algo mais importante para hoje, um compromisso com você.


            Compromisso? Comigo? – espantei-me olhando-o.


            Exato! – levantou-se – Vamos trocar seus curativos e tomar um bom café. Precisaremos de energia – sorriu.


            O que você está tramando? – perguntei sem entender.


            É uma surpresa e não quero ouvir nenhuma reclamação! Já está decidido que você vai aceitar – falou convicto.


A entonação em sua voz era cativante. Sorria em meio às palavras mostrando os dentes perfeitos e deixando-me cada vez mais convencida que mesmo se eu não quisesse aceitar seu convite iria arrastada. Afinal de contas o que iria fazer se saísse dali novamente? Não poderia voltar para boate sem uma boa desculpa do contrário estaria mais ferrada do que já estava.


            Eu não mencionei nenhuma palavra negativa – entrei em sua brincadeira.


            — Só receio que terá que usar as roupas de Maite – sorriu olhando-me com sua camisa – Não seria agradável você sair na rua assim!


Por mais sensato e cavalheiro que soaram suas palavras, senti meu rosto corar.


            Não queria sua camisa mesmo – brinquei para livrar-me do carma – Ela não é nem um pouco confortável.


            É muito bom saber disso, pelo menos não precisarei dividi-la com você!


Sorrimos um ao outro ao mesmo tempo conservando o olhar por longos segundos. Em seguida, sem Alfonso por perto, troquei de roupa e ajeitei a juba que estava meu cabelo. As mãos machucadas dificultavam cada ato que tentava fazer, de escovar os dentes ou arrumar a cama. Quando ele voltou ao quarto para trocar o curativo manchado por  bolas de sangue, seus cabelos estavam penteados para trás dando a impressão de banho tomado. Sem falar muito substituímos as ataduras e ele levou-me tomar café. Sem muita fome evitei as cerimônias e terminei rápido. Quando dei-me por conta do tempo, entravamos no elevador rumo ao estacionamento.


            Você não tem vizinhos? – perguntei curiosa vendo os poucos carros estacionados.


            Não, nenhum na verdade – surpreendeu-me – Projetei esse prédio para ter alguns no começo, mas preferi manter a cobertura apenas.


            E os outros apartamentos – perguntei curiosa – quer dizer, tem outros não é?


            Tem sim, aliás Maite ocupa o debaixo do meu, mas ela está mais viajando do que em casa – riu-se – E os outros preferi mantê-los vazios e ficaram assim até....bom, quem sabe.


Decidi não questionar isso, afinal não era da minha conta. Seguimos até o carro e Poncho deu a partida pegando estrada sabe-se lá pra onde. Não discutiria aquilo apesar de estar invocada com o mistério. Pensei em várias possibilidades e a maioria era ruim. A boate, o hospital, a policia e até a casa de Juan. Quando o medo começava a se apossar de mim o carro parou frente a um cais. Poncho desceu do carro abrindo a porta pra mim. Sai ainda mais desconfiada.


            Porque viemos aqui? – perguntei olhando as fileiras de lanchas.


            Gosta de barcos? – sorriu guiando-me até eles.


            Você não está...


            Sim estou – cortou-me – vamos passear em alto mar.


Certo, Alfonso só poderia estar maluco. Tanto problema que eu tinha pra resolver ele decide me levar em um passeio de barco. Ele tinha problemas só podia ser isso.


            — Bom dia Sr. Herrera – cumprimentou-nos um homem – Sua lancha está pronta como pediu.


            Obrigado Henrique, esta é Anahí! – apresentou-nos – fez tudo que eu pedi?


            — Tudo sim, como o senhor pediu.


Com um aceno de cabeça Alfonso puxou-me para uma lancha pouco mais a frente. Não preciso descrever como meus olhos arregalaram-se tamanha a surpresa em ver o monumento boiando, era simplesmente incrível. Alfonso pulou pra dentro e virou-se pra mim esperando que entrasse.


            Você não vem? – despertou-me.


            Você tem um barco? – perguntei.


            É uma lancha na verdade – sorriu.


Pra mim dava na mesma, estando sobre a água era um barco. O que me impressionava era ele ter um só dele. Anahí, ele é podre de rico!


            Quem é o motorista?


            O capitão? Sou eu mesmo!


Talvez isso dificultasse as coisas. Nunca havia andado numa coisa dessas antes, aliás nunca tivera condições pra isso.


            Não vou entrar nisso – cruzei os braços olhando-o indignada – E se afundar?


Alfonso caiu na risada olhando-me pasmo com meu medo. Era idiota eu sei, mas tinha receio só em pular pra dentro no pequeno espaço de divisão que aparecia o mar, imagine lá dentro, não sabia nadar definitivamente.


            Não afundara confie em mim – arqueou uma sobrancelha de leve.


Ele já descobriu o jeito de me convencer, bastava soltar as palavras certas e lançar-me aquele olhar onde podia sentir todas as outras coisas se dissiparem. Não entendia esse efeito que ele causava sobre mim, mas ele existia.


            Venha sem medo – estendeu os braços a mim pra que eu pulasse pra dentro da enorme lancha.


Pensei um pouco antes de dar um passo a frente e cair em seus braços. Alfonso girou-me sem esforço me colocando pra dentro, o movimento causou uma aproximação desnecessária entre nós. Olhei-o sem graça afastando meu corpo para trás.


            Espero que você saiba pilotar isso mesmo – quebrei o clima que havia ficado.


            Sou o melhor capitão que existe – brincou.


Deixei-o ir até os comandos para ligar a lancha, enquanto isso adentrei os cômodos e analisei cada canto. Parecia uma casa flutuante sobre o mar. Havia uma sala, vi um quarto e uma cozinha, tinha até um banheiro com hidromassagem ali. Espantei-me com tanto luxo em um simples barco. Quando sai ao ar livre percebi que já tínhamos caminhado mar adentro deixando o cais para trás. O vento começou a golpear meus cabelos trazendo a maresia em meu rosto. A sensação foi tão boa que me esqueci onde estava ou que tinha problemas fora dali. Resolvi aproveitar o enriquecimento que a natureza estava me dando. Caminhei alguns metros e vi Alfonso em uma pequena sala com vários comandos a sua frente segurando um enorme volante.


            Já viu tudo? – perguntou sentindo minha presença.


            Quase me perdi de tão grande que é!


            Está se sentindo bem? – perguntou sem tirar os olhos do enorme painel.


            Se pensou que estaria vomitando por algum canto enjoada vai precisar mais que isso.


            A maioria das pessoas faz isso – riu.


Aproximei-me dele curiosa com o monte de botões que tinham ali. Comecei a perguntar o cada um fazia e Alfonso me respondeu com paciência a função de cada um. Está ai mais uma descoberta da sua personalidade. Percebi o quanto ele estava entretido em me explicar cada canto daquela sala, compreendi que ele gostava disso e que aquilo poderia ser um hobby para ele.


            Depois dessa aula você já pode comandar se quiser.


            Muito obrigada, mas prefiro só olhar.


            Deixa de ser medrosa, é mais fácil que bicicleta – afastou-se um pouco do volante indicando que eu o pegasse.


            — O medo não tem a ver com isso, e eu odiava andar de bicicleta sempre caia – falei fazendo Alfonso rir.


            Venha Anahí é fácil e além do mais só iremos afundar se você bater em um iceberg – brincou.


            Claro, assim congelamos na água como Titanic se antes não me afogar!


            Você está com medo!


            Não é medo


            Porque não tenta então?


Porque estava com medo, mas não iria confessar isso a ele, não mesmo.


            Você é insistente – disse sem mais o que argumentar.


Alfonso indicou o volante mais uma vez, bati o pé olhando a extensão do mar com receio. Não tinha nada ali afinal, que custava tentar? Aproximei-me dele parando ao seu lado olhando fixa a roda de alumínio.


            Coloque as mãos aqui – indicou levando minhas mãos em que antes estavam as suas – não precisa fazer força alguma.


Tentando me ensinar os movimentos certos, Alfonso acabou encaixando-se atrás de mim com suas mãos sobre as minhas dando-me auxilio. Sentia sua respiração bater-me o rosto e seu queixo deslizar em meus cabelos, seu corpo praticamente colado ao meu. Ignorando este fato tentei concentrar-me em olhar pra frente relaxando os ombros.


            Até que é fácil – disse virando um pouco o mastro.


            Viu? Podemos aumentar a velocidade!


Falando isso ele esticou a mão para um controle puxando-o para frente, senti a força dos motores aumentando nossa velocidade e a pressão do objeto em minhas mãos crescer um pouco.


            Estamos quase chegando ao nosso destino – disse em seguida voltando a colocar suas mãos sobre as minhas de leve.


            Mal saímos!


            Você está pisando sobre muita potencia! – olhou-me por trás no momento que virei-me para olhá-lo também.


Perto demais eu diria, perigoso demais e aquilo não era bom. Mirei seu rosto tão próximo do meu sentindo o aroma de sua boca. Seus olhos miraram fixos os meus enquanto seu corpo colava-se ao meu com carinho. A pressão de seu peito em minhas costas confortou-se de um jeito tão traiçoeiro que me dava vontade de virar e afundar a cabeça em seu pescoço pra nunca mais sair dali. Era surreal as sensações que ele me dava com um pequeno gesto, com um simples olhar.


            Espero que tenha água pra onde vamos – desviei-me de seu olhar antes que fizesse uma besteira.


Alfonso olhou-me por mais alguns segundos e voltou olhar a frente.


            Tem muita sim, não se preocupa – percebi-o sorrindo.


Seu corpo continuou grudado ao meu e não tive forças pra sair daquele aconchego, Alfonso não fez menção de soltar minhas mãos tão pouco. Depois de mais um tempo andando sobre as águas do mar ele finalmente parou o barco.



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Autor(a): JL

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4049



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  • kahportilhaherrera Postado em 30/06/2017 - 23:15:50

    Alguém sabe que capítulo a Anahi tem aquela crise no banheiro?? É minha cena preferida e queria ler de novo e não acho , alguem me ajuda??

  • mari_5768 Postado em 29/02/2016 - 22:35:23

    Simplesmente amei a fic. Meu deus mistura tantas situações que te fazem querer ler mais e mais

  • franmarmentini♥♥ Postado em 21/06/2015 - 13:14:10

    Olaaaa vou começar a ler.

  • _thainaoliveiraaya Postado em 06/05/2014 - 15:57:01

    Cheguei tarde ? Muito tarde ! Mas não me empediiu de amar essa história , foi incrível do começo ao fim !

  • belle_doll Postado em 20/06/2013 - 11:19:12

    Pqp... É a melhor web do Brasil!!! Aceito uma mini 2T Amiga! Imaginei os dois com o filho num campo florido e tal kkkk

  • reneviana Postado em 07/08/2012 - 18:15:47

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Que linda *-*. Amei, amei e amei!

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:43

    ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:41

    ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...


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