Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 90 – Uma Nova Oportunidade

Meus olhos fixavam-se em seu rosto. Eu sabia que algo acontecia com ela, uma energia evaporava do seu corpo, sua mão ligada a minha transpassou calor e por três vezes senti-a pressionar-se.

            — Annie! – sussurrei próximo ao seu rosto.

O corpo dela parecia querer reagir. Os aparelhos de sinais vitais mostraram a aceleração dos seus batimentos, eu tinha a esperança de poder encará-la agora.

            — Annie, ouça minha voz... Volte pra mim...

Meus olhos começaram a detectar seus movimentos com mais atenção. Suas pálpebras moviam-se como se estivesse sonhando, lutando pra sair daquele abismo sombrio. Levei a mão livre até seu rosto e acarinhei sua face.

            — Annie...

Uma pulsação mais forte de seu corpo fez-a mexer-se. Eu já tinha certeza que ela estava voltando pra mim, era questão de segundos, e não precisei de muitos mais. Lentamente seus olhos abriram-se, piscaram acostumando-se com a luz e por fim encarou-me.

            — Alf..onso...

A voz grogue e lenta. Sorri-a.

            — Meu bem... – sussurrei segurando seu rosto entre minhas mãos.

A emoção rodeou meu corpo, meus olhos marejaram sem me dar conta. Ela fechou os olhos novamente, cansada.

            — Annie... Olhe pra mim! – pedi-a.

Seus olhos um pouco sem foco tentaram retornar. Não sentia reação de seu corpo, mas seus olhos compreendiam-me.

            — Alfonso... – sussurrou com um pouco mais de força.

            — Sim, estou aqui... – disse-a.

Ela molhou os lábios secos deixando sua cabeça cair entre minhas mãos.

            — Me p-erdoa... – tentou falar.

 O restante das palavras morreram em sua garganta.

            — Não fale, descanse... – tranqüilizei-a – Vou chamar o doutor...

            — N-não, fiq-ue aq-qui...

            — Shhh, estou aqui e não penso em sair... – levei meus lábios a sua testa.

Ela pareceu mais relaxada, fechou os olhos e respirou profundamente deixando seu rosto decair sobre meu carinho. Apertei a campainha do lado da cama, em nenhum momento tirei os olhos dela. Uma sensação tão relaxante, tão enigmática apoderava-se de mim. Era como se eu próprio voltasse à vida. Junto a ela, com ela. Queria dizer-lhe tantas coisas, explicar-lhe outras, mas contentei-me ao vê-la apenas. Não quis forçá-la a cansar-se, sentir que ela estava ali novamente já era suficiente.

            — Alfonso o que está fazendo aqui há essa hora? – Caius entrou no quarto – Mas o que... Anahí!

Quando ele se aproximou da cama percebeu que ela estava desperta. Imediatamente mediu sua freqüência cardíaca, analisou sua pulsação.

            — Ela está bem? – perguntei.

Examinou-a por mais um momento.

            — Como está se sentindo Anahí? – perguntou ele.

            — Confusa, tonta... – respondeu ela fracamente.

            — Isso é normal... – respondeu tranqüilo – Você precisa descansar, vou dar-lhe vitaminas e essa sensação vai passar!

            — Ela ficara bem Caius? – perguntei mais insistente.

Ele mirou-me com um sorriso.

            — Sim Alfonso, ficara! – tocou meu ombro e saiu em seguida.

Voltei a mirar Anahí com um sorriso nos lábios. Dali não sai e nem tinha intenção de fazê-lo.