Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Poncho levantou-se afastando-se um pouco da cama lançando-me um olhar de indignação. Aquela conversa teria que esperar. Maite entrou pela porta com um sorriso largo e logo atrás dela vinha uma pequena criança com um sorriso igualmente radiante no rosto.

            — Tititi! – correu ao meu encontro.

Poncho pegou-a no colo e elevou-a até a cama alcançado-lhe aos meus braços. Abracei-a com força sentindo seus bracinhos rodear-me. Naquele instante esqueci-me das coisas que Alfonso tinha que falar-me, minha sobrinha estava ali, o cheiro de criança, o riso mateiro, as saudades.

            — Querida como você está? – desgrudei-me de Ana para que pudesse mirá-la.

Ela estava diferente. Agora seus cabelos pareciam cuidados, seu rosto limpo e um brilho pareciam irradiar de seus olhos azuis.

            — Sentindo saudades! – sorriu sentando-se na beirada da cama com ajuda de Maite.

Mirei-a sorrindo. Olhar pra Mai era como sentir-me em casa, sua presença trazia algo familiar à volta.

            — Ela insistiu tanto que a trouxe! – explicou ela.

            — Oh, mas fez muito bem! – estalei um beijo na bochecha da pequena.

Ficamos a conversar, a matar a saudade. Poncho não saiu do quarto, permaneceu sentado observando e brincando com Ana Paula enquanto Maite me botava a par de algumas coisas. Passamos ali o que pra mim foi à tarde inteira. Estava cansada quando o sol se pôs no horizonte. Poncho obrigou todos irem embora, Caius apareceu ainda examinando-me novamente e depois, estávamos sozinhos outra vez. Tentei puxar forças pra continuar a conversa que interrompemos, mas minhas forças estavam esgotadas.

            — Assim que tivermos um tempo conto-lhe tudo, prometo! – sorriu beijando-me a testa depois que o instiguei a falar – Não esqueça que amanhã você fará os exames e depois que estiver bem vamos pra casa!

Baixei os olhos mirando minhas mãos entrelaçadas, um sorriso bobo brincou em meus lábios.

            — O que eu disse? – sorriu erguendo meu rosto para olhá-lo.

            — Disse “vamos pra casa”...

            — Ah desculpe... – sentou-se na beirada da cama e aproximou o rosto do meu com um sorriso – Vamos pra nossa casa!

Mais uma vez sorri observando-lhe o ar maroto. Segurei-lhe o rosto e como por instinto beijei-lhe os lábios rapidamente. Poncho não deixou que me afastasse, deslizou o braço pela lateral do meu corpo e manteve-se apoiado na cama, sua boca abriu-se pra minha. Nos beijamos como se a tempos não o fizéssemos, o que era um fato. Afundei os dedos em sua barba espessa e o mantive movimentando-se sobre meus lábios, nossas línguas se acarinharam lentamente provocando uma ânsia acolhedora. Era tão bom sentir a textura de seus lábios contra os meus, o calor, seu sabor, tudo era adequado.

            — Vá descasar agora! – disse-o quando nossos lábios soltaram-se.

            — Seu pedido é ordem! – estalou um beijo.

Despedi-me dele tendo a certeza que no outro dia ele estaria ao meu lado, mesmo antes, de eu abrir os olhos.

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