Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 94 – Contraposto

Cheguei em casa com Ana Paula nos braços. Coloquei-a para dormir, despedi-me de Mai e fui ao meu quarto de encontro à uma ducha quente. Nunca antes a corrente de água relaxou-me tanto. Os acontecimentos dos últimos dois dias foram demasiado turbulentos, deixaram minha cabeça a mil, mas apenas em relembrar Anahí... Parecia que nada existia se não seu sorriso. Sorri a mim mesmo desligando o chuveiro e indo até a bancada. Olhei-me no espelho vendo o mesmo rosto de antes, mas com um brilho diferente. Fiz a barba espessa, raspei um punhado dos cabelos que já formavam cachos tão grandes estavam. Renovei-me por fora, assim como havia feito por dentro.

Na manhã seguinte fui direto ao hospital para acompanhar Anahí em sua bateria de exames. Pela manhã fez radiografias, testes sanguíneos e outros que não cabiam a mim entender. Almoçamos juntos no quarto de hospital. Carreguei-a até o sofá pra que ficasse sentada. Rimos, conversamos. Tentei puxar o assunto do dia anterior, mas ela pareceu esquecer-se e não vi motivos pra quebrar seu bom humor. Além do mais outra coisa intrigava-me. Naquele tempo que ela finalmente acordara do coma, em nenhum momento, ela pediu ou sentiu falta de droga. Instiguei Caius quanto a isso na ultima conversa que tivemos, ele apenas dissera que poderia ser efeito dos remédios, dado em grandes doses e efeitos altos que alimentavam-lhe o sangue como um substituto. Afinal de contas medicamentos também eram drogas e só poderíamos tirar uma conclusão quando ela não dependesse mais deles.

            — Já pensei nisso! – disse Anahí quando comentei a ela – É estranho, cheguei a pensar na sensação, mas... Não consigo encontrar! É como se eu não precisasse ou não me lembrasse disso!

Fiquei a pensar nisso por minutos seguidos olhando a expressão confusa nos olhos dela. Era estranho e cheguei a cogitar com Caius o que poderia ter acontecido.

            — Estou cansada! – disse ela depois de algumas horas sentada ao meu lado no sofá.

Beijei-lhe a fronte com um sorriso e peguei-a no colo fazendo-a rir, depositei-a na cama com facilidade ajudando-a a ajeitar-se.

            — Sabe estou entediada de ficar aqui, já me sinto melhor! – disse tentando me convencer daquilo.

            — Já conversamos sobre isso! – reprimi-a – Caius disse a mim que alguns dias mais e poderia dar-lhe alta.

Sua cara emburrada fez-me sorrir. Estendeu sua mão para que alcançasse a minha. Beijei-a enquanto arrumava-me ao seu lado. Antes que prosseguisse soou-se batidas na porta e em seguida um homem robusto entrou no quarto.

            — Detetive Vaughn! – mostrou o distintivo – Venho em busca de Anahí Portilla!

Conseqüentemente seu olhar foi até ela e eu já supus do que se tratava. Era o que tinha esperado, mas não pensei que fosse tão logo.

            — O que quer comigo? – disse ela confusa.

Sua voz estava firme, mas senti o nervosismo saltando de seu olhar.

            — Podemos conversar lá fora? – pedi a fim de evitar o decorrer.

            — Receio que não! – sorriu-me ironicamente – A não ser que você seja o advogado da moça! Trafico de drogas, roubo, desacato e o pior de tudo: Assassinato... – mirou Anahí – Posso descrever mais algum crime da senhorita?

Anahí mirou-o alarmada. Nos olhos do detetive vi um ramo sem paciência e irônico. Voltei-me para Anahí, quando ela já me olhava. Queria dizer-lhe que não se preocupasse, que tomaria as rédeas, mas antes que o fizesse o tal detetive impôs-se arrogantemente.

            — Tenho uma ordem de apreensão contra a moça e...

            — Pretende levá-la? – rugi indignado.

            — O que? – soou transtornada.

            — Ela acabou de sair de um coma!

Ele riu.

            — Vejo-a em perfeito estado senhor Herrera! As provas que tenho contra ela são mais que suficientes pra que qualquer juiz desse a ordem de prendê-la!

Maneei a cabeça sentindo-me impaciente.

            — Então quer dizer que vem trabalhando nisto há dias? – indaguei-o – Já que sabe meu nome sem ao menos dizê-lo deve ter mesmo uma ordem suponho!

Seu rosto não se alterou, ele não estava blefando, um mínimo sorriso formou-se em seus lábios.

            — Ao seu encargo... – pausou tirando o papel do bolso – Eu tenho a ordem... – sacolejou a mão – E pretendo levá-la!

Carol: Não especificamente. Ele não confirmou o que ia dizer =]