Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

            — Não! – Anahí protestou – Não pode me julgar! – defendeu-se – Poncho...

No instante seguinte Caius apareceu à porta.

            — O que se passa aqui? – disse autoritário – A autoridades lá fora dizendo que querem levar minha paciente!

            — Tenho uma ordem! – Vaughn mostrou-lhe o papel.

Caius avaliou-o como não tive coragem de fazer. Eu sabia que em realidade ele poderia levá-la se quisesse.

            — Não. – negou devolvendo-lhe o papel – Não deixarei que a levem! Acabou de sair de um coma...

            — Você não...

            — Sim eu tenho esse direito! – esbravejou calmamente com ele – Sou o medico e faça ou prenda quem quiser mais daqui ela não sai!

Um momentâneo silencio seguiu-se. Pus-me ao lado de Anahí segurando-lhe a mão tremula. Caius encarou Vaughn com disciplina.

            — Por favor, se retire do hospital!

Claramente contraposto o detetive o fez. Porque ele sabia que em nenhum lugar do mundo conseguiria levar um paciente como no caso de Anahí.

            — Caius Obrigado! – agradeci-o quando a porta fechou-se.

            — Não poderei fazer de novo, você sabe!

            — O que vai acontecer?

Aproveitando a presença de Caius expliquei aos dois irrevogavelmente à verdade. Eu não tinha mais porque ocultar, desviar os planos. Quase sem interrupções contei tudo a Anahí referente ao seu caso, o que estávamos planejando junto a Christian.

            — Um mês? Não posso ficar aqui tanto tempo! – Anahí aclamou.

            — Tampouco consigo mantê-la aqui quando vejo que não será necessário! – Caius objetivou.

            — Será que eu posso conversar com Anahí a sós? – virei-me a ele.

Assentiu prontamente deixando-nos a sós.

            — Annie... Você não é culpada pelo assassinato, mas cometeu os outros crimes!

            — Eu sei Poncho! Mas tem que ter um jeito... – respirou fundo – Céus! Eu fujo, eu sumo desse mundo, mas não quero ir à cadeia ou... Ou a uma clinica!

Como eu e Christian imaginamos o temor dela estava deliberadamente exposto a mim diante de suas palavras.

            — Não deixarei que isso aconteça, mas preciso que confie em mim! – disse-lhe em um sussurro.

Ela assentiu, seus olhos estavam temerosos e cansados. Beijei-lhe os lábios e esperei que ela adormecesse.

            — Christian! Precisamos logo e um plano de fuga! Contrate um advogado o quanto antes!

            — O detetive intrometido apareceu por ai? – perguntou.

            — Sim! – ele suspirou.

            — Certo, já tenho o plano, basta você combinar em Stanville e tem algo que não lhe contei, mas... – fez uma pausa dando uma risadinha – Eu sou um advogado!

            — O que? – disse indignado deixando que meu riso próprio soasse – Você está brincando!

            — É serio cara! Um dos melhores! – gabou-se.

            — Isso é muito bom! Não confio no advogado da empresa!

            — Ou seja, tenho um emprego garantido quanto tudo isso acabar! – riu.

Maneei a cabeça com um sorriso.

            — Sim você tem, mas apenas se fazer esse trabalho direito!

— Bem, o ponto é que ainda não consegui nada! O quanto antes sairmos melhor!

— Conversarei com Caius! Acredito que dentro de uma semana seja possível!

Aquela seria uma semana previsível alias. Poderia esperar de tudo e sentia-me eufórico por isso. Na manhã seguinte fora a primeira surpresa. Quando alcancei o quarto de Anahí, um policial fazia segurança à porta. Tratavam-na como uma fugitiva, fechei a cara e entrei no quarto vendo-a desperta e com os olhos perdidos.

— Poncho! – abriu os braços para receber meu abraço – O que está havendo?

Sentei-me ao seu lado para olhar-lhe.

            — É obvio que o detetive quer levar-lhe, por isso colocou um policial lá fora!

Ela relaxou as costas sobre o travesseiro sem nenhuma palavra, pensava certamente na sua situação.

            — Escute! – aproximei-me mais diminuindo o tom de voz – Já temos um plano para que fuja, só necessitamos o alvará de Caius!

            — E como faremos com aquele brutamontes plantado a porta? – perguntou.

            — Isso é o de menos! – sorri passando confiança – Pense apenas na sua recuperação, logo isso vai acabar!

Eu próprio esperava que sim. Iria acabar logo.