Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]
FLASHBACK
Em algum momento daquela noite, na casa silenciosa, um estranho entrara pelos fundos e subia até o quarto. O corpo, como o haviam descrito estaria ali, mas algo de estranho acontecia, a mulher não estava morta.
— Merda! Aquele idiota! – rosnou.
— Por...favo..r...
Marichelo tentava lutar contra a dor que lhe mantinha em um estado inquieto. O homem de cabelos espessos, alto e moreno enrolou-a entre os lençóis sem tomar-lhe cuidado. O corpo ainda sangrava, as mãos da mulher estavam sobre os cortes que o infeliz de seu marido lhe aplicara. Ela sabia que perderia a vida, mas ela não sabia se aquele homem lhe ajudaria ou não. Tentou suplicar-lhe, mas sua voz estava débil demais e ele mal lhe olhava. Estava com o celular em mãos, arrastara-a até o carro e dirigiu para algum ponto distante.
— É o Uckermann... – disse com a voz áspera – Juan não conseguiu terminar o trabalho!
Algo ouviu no telefone, disse um breve sim e desligou. Enquanto isso o sangue da mulher empapava os lençóis, um frio apossava-se de seu corpo e ela desmaiou novamente. A vida por um fio... O carro parou bruscamente. O céu estava negro, sem alguma estrela. Abriu a porta do carro e retirou o corpo. Jogou-o em algum ponto da estrada e achou que a vida da mulher já havia acabado. Não conseguia escutar sua respiração, seu corpo não se mexia e ele não queria sujar as mãos com aquele sangue. Deixou o corpo ali e partiu.
FIM DO FLASHBACK
— Oh céus mamãe! – tapei a boca horrorizada.
Não podia imaginar que aquilo tudo acontecera. Christopher tinha a sua cautela naquela culpa, fez o ato mais brutal que poderia ter feito antes. Deixou-a para morrer. O ódio que sentia por ele já não tinha escalas, passei a ter pena da sua crueldade, dos seus atos de covardia.
— Eu estava muito fraca... – continuou ela – Mas eu não estava ali para morrer, eu sentia aquilo e eu lutei com todas as minhas forças... – disse com convicção – Me arrastei o máximo que pude até a estrada e pouco tempo depois... – suspirou – Encontrei meu anjo da guarda...
FLASHBACK
— Tem alguém ai? – escutei a voz ecoar na noite.
Tentei falar novamente, mas minha voz ficou presa na garganta. A dor em meu abdômen aumentou, eu pressionei-o com todas as forças que me restavam. Tentei procurar algo a minha volta que pudesse chamar a atenção daquele homem. Encontrei uma pedra, joguei-a em algum ponto e a luz da lanterna que ele usava lançou-se de um lado ao outro, mas eu sabia que aquilo não seria o suficiente.
— Soc...rro! – tentei.
Minha voz saiu fraca e cortada.
— Onde está! – falou mais alto – Quem está ai?
Juntei todas as minhas forças, eu já não tinha nada a perder.
— Soco...rro... – gritei mais alto.
Dessa vez o som sairá num tom suficientemente bom para ele ouvir, a luz da lanterna caiu sobre mim, escutei os passos apressados e em seguida ele estava abaixado ao meu lado.
— O que aconteceu... Oh meu deus! – lembro-me dele falar.
Não consegui distinguir seu rosto e nem ao mesmos tentei, tinha poucas forças e precisava dizê-lo.
— Me aj-ude…
— Vou levá-la ao hospital... – disse ele.
Segurei sua mão com força. Ele não poderia fazer aquilo, se Juan ou Leon descobrissem aquilo era o mesmo que morrer.
— Não p-pode... – supliquei-lhe – P-erigo...
Eu não consegui articular muito, a qualquer momento eu desmaiaria e temia por aquilo. Queria manter-me de olhos abertos pra não voltar há cidade. Foi então que ele pegou-me no colo, levou-me até o carro e sentou-me no carona.
— Fique sentada, o sangue não pode coagular... – disse – Vou levá-la a cidade mais próxima...
De algum lugar ele tirou uma toalha e fez-me pressionar contra. Eu senti que consegui respirar melhor. Meu corpo estava amortecido, mas a dor ainda corroia-me.
— Respire fundo! Vou levá-la a um medico...
— Oh ajude-me...
— Acalme-se ficara bem.
Daí eu penso que o carro disparou. Cada quilometro que viajávamos sentia-me mais fraca. Foi então que a perspectiva de eu morrer tornou-se real e eu me preocupava com você, com o que aconteceria se Leon fizesse algo.
— Oh cuide dela, cuide de Anahí... – gemi.
— Quem é Anahí? – ele perguntou.
O carro parou.
— CAIUS! – gritou.
Recordo-me do nome como se ele ecoasse a poucos minutos em meus ouvidos. Aquele homem salvou minha vida junto com meu anjo da guarda. Pegaram-me no colo novamente e eu já não soube mais pra onde estava indo.
— Anahí...
— Céus o que aconteceu? – outra voz que pertencia a Caius surgiu.
— Encontrei-a sangrando, precisa ajudá-la.
— Leve-a pra dentro.
Depois disso eu senti que me colocaram na cama, meus sentidos estavam fracos, eu sabia que não era um hospital, mas mesmo assim sentia-me temerosa. Agarrei a mão daquele homem com força.
— Prometa que cuidara dela... Anahí... Cuide de minha filha... Anahí... Christian Chávez ...procure-o...
— Senhora... – sussurrou ele.
— Anahí...
— Se acalme, eu cuidarei dela...
— Prometa!
— Sim eu prometo...
FIM DO FLASHBACK
— Ele prometeu a mim que cuidaria de você. E eu por algum motivo acreditei nele! – completou.
Naquele precioso momento eu fiquei sem nenhuma reação. Eu afastei as cobertas sentindo um incomodo no estomago. Deus não podia ser! Liguei os pontos evidentes, céus era obvio quem era aquele homem.
— Está me dizendo que... – eu não consegui falar.
Eu me esforcei para levantar e caminhei mancando pelo quarto. Uma tontura passou por minha cabeça, mas eu ignorei. Derrubei-me no sofá ao canto enterrando as mãos na cabeça.
— Filha...
— Céus... Foi Alfonso! – cortei-a.
Por mais obvio que parecia, aquela informação pegou-me de jeito. Senti como se uma corrente gélida passasse por meu corpo e acordasse cada memória obvia. Tudo começou a se encaixar, todas as peças foram colocadas em seu devido lugar e eu finalmente soube de toda a verdade.
— Não tire conclusões... Nada foi proposital.
Eu realmente não soube que conclusão tirar. Eu sabia que tinha um ponto no meio daquele caminho que em meu intimo me incomodaria mais tarde, mas o que eu poderia fazer? Ignorá-lo? Não era assim fácil. Alfonso encontrara-me mesmo propositalmente?
— O que houve depois? – perguntei-a.
Eu não queria entrar naquela discussão, não por agora. Era algo que teria que rebater comigo mesma.
— Por dias fiquei desacordada, eu estava muito mal e demorou muito tempo para que eu me recuperasse... – levantou-se pegando a bengala – Em verdade nem Caius sabe como sobrevivi aqui. Me vê? Nem mesmo consigo andar direito ainda...
Enterrei a cabeça nas mãos tentando crer naquilo tudo, mas... Oh como poderia? O destino pregara uma peça, formara um ciclo que se fechava naquele ponto. O ponto em que eu precisava acreditar e confiar em Alfonso, em que minha mãe estava viva e que agora meu futuro era incerto novamente.
— Isso é tão... Confuso! – mirei-a – Não sei o que pensar...
— Não o pense querida. As coisas vão se ajeitar agora!
— Não mamãe, não vão! – levantei-me seguindo até a sacada.
De repente aquele quarto me sufocava.
— Alfonso está longe, você está aqui e... Por deus isso é loucura! – voltei a olhá-la – Alfonso me encontrou porque você disse a fazê-lo!
Ela fez uma pausa negando minha afirmação. Soltando aquelas palavras em voz alta ficou mais claro ainda a mim.
— Eu realmente pedi que a protegesse, mas não que a amasse!
— O que sabe sobre nós? – perguntei intrigada sentindo uma raiva alcançar meu sangue.
— Nada além do que vejo em seus olhos!
Desviei seu olhar sentindo ainda mais raiva por aquilo estar claro em meus olhos. O ar que entrava pela varanda foi meu refugio para não prestar atenção em dona Marichelo.
— Não importa o que tenha acontecido a mim e ao que Alfonso interfira em minha vida. Tudo que viveram foi real Anahí...
— Preciso pensá-lo! – disse quase em um sussurro – Não quero correr o risco de me magoar novamente.
Ouvi claramente o suspiro profundo que ela deu. Ela ia dizer algo, mas calou-se. Eu não quis voltar a olhá-la, apenas me mantive fixa à frente olhando a bela paisagem. Era aterrador demais pensar que tudo que vivi fora uma mentira.
— Vou deixá-la sozinha. Pense bem antes de qualquer decisão querida... – disse.
E foram as ultimas palavras que a ouvi dizer. Depois disso o silencio foi meu melhor amigo. Era fantasioso olhar aquele cenário e sentir-me totalmente o oposto dele. As flores coloridas, a grama verde e rala, as arvores esvoaçando com o vento aromático. Meu pé começou a cansar-se. Voltei a cama sentindo-me esgotada de novo. Se eu dormisse talvez sonhasse, mas pelo menos não pensaria e se eu o fizesse quando acordar, estaria mais disposta a achar uma solução.
Tá ai, todos os segredos e Mari revelados. =]
hdasudhausdhuashd
Autor(a): JL
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4049
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kahportilhaherrera Postado em 30/06/2017 - 23:15:50
Alguém sabe que capítulo a Anahi tem aquela crise no banheiro?? É minha cena preferida e queria ler de novo e não acho , alguem me ajuda??
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mari_5768 Postado em 29/02/2016 - 22:35:23
Simplesmente amei a fic. Meu deus mistura tantas situações que te fazem querer ler mais e mais
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franmarmentini♥♥ Postado em 21/06/2015 - 13:14:10
Olaaaa vou começar a ler.
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_thainaoliveiraaya Postado em 06/05/2014 - 15:57:01
Cheguei tarde ? Muito tarde ! Mas não me empediiu de amar essa história , foi incrível do começo ao fim !
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belle_doll Postado em 20/06/2013 - 11:19:12
Pqp... É a melhor web do Brasil!!! Aceito uma mini 2T Amiga! Imaginei os dois com o filho num campo florido e tal kkkk
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reneviana Postado em 07/08/2012 - 18:15:47
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Que linda *-*. Amei, amei e amei!
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:43
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:41
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...