Fanfics Brasil - Addictive Life - Capitulo 104 Addictive Life - AyA [Finalizada]

Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]


Capítulo: Addictive Life - Capitulo 104

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Addictive Life


Capitulo 104


 


10 Dias Depois


 


Estava caminhando pela propriedade, meu pé já estava saudável deixando apenas uma cicatriz quase imperceptível. O sol brilhava no alto como todos os dias, parecia que tempo ruim não se fazia ali. O ar fresco sempre golpeava meus cabelos levemente, a grama sempre era macia, as flores sempre floridas. Em poucos dias consegui me apaixonar por aquela atmosfera tranqüila, parecia um refugio para os problemas, para se ter paz. Naqueles dias além disso, consegui pensar em minha vida, em meus erros. Observei as montanhas ao longo que rodeavam o lugar, o cheiro caseiro do almoço já rondava ali fazendo minha barriga roncar.


            Tititi a vovó chamou pra comer... – gritou Ana próximo dali.


Mirei-a com um sorriso acenando com a cabeça. Naquela altura eu ainda não tinha me acostumado a ter minha mãe de volta, tão pouco era fácil ter irmã ou uma sobrinha assim de repente. Consegui fortificar os laços familiares ao menos. Percebi o quanto me dava bem com Neni e o quanto tínhamos coisas em comum. Ana Paula fazia-me sorrir, podia mimá-la o quanto quisesse que não cansava. Já no que se diz dona Marichelo Puente Portilla... Não poderia sentir-me mais feliz. Ela estava ali e isso já explicava tudo.


            Anda Pollita, tenho que voltar ao trabalho! – Christian chamou-me.


Outra coisa que andava me intrigando. Ele sempre estava trancado no escritório improvisado que montara frente a um notebook. Eu sabia que ele ajudava Poncho e eu não perguntei por que sabia que ganharia palavras vazias, além do mais ainda estava afastada dele, depois de discutirmos no carro. Não tive tempo, ou ele, para pormos tudo em pratos limpos. Muito menos tinha coragem de fazê-lo. Respirei fundo e coloquei os chinelos no pé, voltei a casa e entrei pela grande varanda. A mesa estava cheia: Mamãe, Dulce, Neni, Ana Paula, Christian e os caseiros.


            Venha logo Annie, antes que esfrie... – dona Mari deu um sorriso.


Aproximei-me para sentar ao seu lado. Como sempre, uma sensação de melancolia invadiu-me ao olhar a ponta da mesa vazia. Era ali o lugar de Alfonso. Desviei o olhar para que ninguém desconfiasse da saudade que invadia meu peito. Ultimamente vinha pensando muito nele, no que fazia, onde estava... Ali naquela casa eu procurava coisas pra fazer, distrair-me. Andar a cavalo, pegava um pouco de sol a beira da piscina ou apenas caminhava pelos vastos campos. Dulce me acompanhava, levávamos Ana conosco e assim eu conseguia não pensar. O dia passava mais rápido e mais feliz. Era solitário entrar no quarto toda noite e ter que dormir sozinha. Em conseqüência pensava mais, passava a mão sobre o ventre imaginando se ainda estivesse grávida. Era difícil e doloroso, por sorte, sempre antes de deitar conversava com mamãe. Eram coisas novas, dos dias que ela havia passado ali e do tempo que passara longe dela. Poderia molestar-me, mas eram lembranças que já não me incomodavam mais. Nem mesmo as drogas. As drogas que já não sentia necessidade, que cada vez que apareciam em minha mente se dissipavam tão logo quanto apareceram. Eu não tinha mais aquele objetivo, eu queria uma vida nova e eu conseguiria aquilo. Passar pela cadeia, pelo centro de reabilitação me ensinou coisas, fez-me perceber o que era certo e o que era errado. Por fim, apenas duas coisas me deixavam preocupada: Quando Alfonso voltaria e... E o que acontecera com Leon e Christopher. Eu sabia que aquela historia não acabaria tão cedo...


            Annie, está nas nuvens? – ouvi a voz de Dulce trazer-me de volta.


Sorri-lhe.


            Estou cansada, caminhei demais hoje! – tentei explicar meu devaneio.


            Amanhã é sábado Tititi! – Ana Paula falou marota.


            Não vejo que diferença faz querida! – Neni serviu-a um copo de suco.


            E o dia que não tem aula!


Os presentes a mesa riram com seu comentário ingênuo. Sorri apenas sem vontade a mais que isso. Comi em silencio e apenas respondia com acenos de cabeça. Depois de ajudar com a louça segui até a varanda. Os dias eram longos, o que proporcionava um céu estrelado a noite. Sentei-me em uma cadeira e observei aquela pintura natural, a lua era tão grande e magnífica, tão brilhante. Alfonso estaria vendo-a também? Recordando-se de mim? Queria poder mirar seus olhos, aquilo me bastaria. Uma brisa mais fria tocou minha pele fazendo-a arrepiar-se. Com ela veio um calor interior e um sorriso em meu rosto. Eu podia apostar que ele estava lá contemplando a mesma lua, era como estar perto mesmo distante... Um estalo no piso de madeira me fez sobressaltar-se. Um pouco mais distante sem ter me visto estava Christian, perdido em seus pensamentos, olhando ao longo sem nenhum ponto fixo.


            Chris... – chamei.


No mesmo instante ele voltou seu olhar a mim.


            Não vi que estava ai!


Eu senti em sua voz o cansaço que seu rosto aparentava. Cabelos desgrenhados, olhos pequenos. Ele girou o corpo pronto para voltar, mas eu tinha a oportunidade de pedir-lhe desculpas.


Não saia... Precisamos conversar.


Ele parou a porta apoiando um braço nela. Suspirou e virou-se para sentar-se na cadeira ao meu lado.


            Te devo desculpas! – comecei.


Seus olhos estavam fixos nos meus.


            Fui estúpida por te julgar, eu sei que nada do que fizeram foi pra me prejudicar, mas eu sou tão idiota que não consigo enxergar isso!


            Sendo assim eu é que tenho a maior culpa. Não percebi o quanto você estava sofrendo... Sei que é difícil Annie, mas tem que ser assim!


            Entendo isso agora... – baixei os olhos às próprias mãos – Te magoei por nada...


Christian esticou-se para alcançá-la. Quente e grande passou-me segurança.


Não se preocupe... Aprendemos com nossos erros!


Desta vez olhei-o. Seu rosto parecia mais relaxado do que antes.


            Sabe... Noto o quanto você melhora a cada dia... Isso foi tudo que Alfonso quis pra você, conforto, paz, segurança... – falou seguro sem desviar meus olhos – Não tenha duvidas do amor que ele sente por você!


            Não tenho Christian! – sorri-lhe fracamente.


Ele assentiu passando a mão por meu rosto. Esticou-se e me abraçou apertado.


            Obrigada por tudo! – sussurrei-lhe.


Ele riu.


            Tudo pela minha irmã mais nova! – afastou-se – Se não se importa vou descansar, meus olhos não agüentam mais abertos! – sorriu.


            Boa noite Pollito!


Ele sorriu e entrou em casa. Fiquei ali por mais alguns momentos sentindo aquela brisa até que o sono começou a consumir-me. Subindo as escadas deparei-me com Ana Paula descendo-as.


            Que faz aqui querida? – segurei suas mãos.


            Tô com sede tititi!


Sorri.


            Vamos tomar um copo de leite e depois direto pra cama sim?


Ela assentiu sonolenta. Voltei até a cozinha dando-lhe um avantajado copo de leite.


            O que acha de dormir comigo hoje? – perguntei-lhe quando voltávamos a subir os lances de escada.


            E eu posso? – perguntou entusiasmada.


Assenti com um sorriso. Ana me olhou alegre e correu até o quarto jogando-se na cama. Vesti um pijama e apaguei as luzes deitando-me ao seu lado.


            Tio Poncho vai dormir aqui?


            É provável que sim! – disse-lhe.


            Sinto saudades dele Tititi.


            Eu sei querida... – penteei seus cabelos para afastá-los dos olhos – Eu também sinto...


            E o que fazemos?


            Eu acho que podemos dormir agora...


            Não tititi... – negou aborrecida – Como matamos a saudade?


Suspirei avaliando sua pergunta. Demorei um pouco até respondê-la.


            Pense nele com carinho querida e lembre-se de todas as coisas boas que passaram...


            E se não adiantar?


            Saudades é um sentimento constante, temos que conviver com isso...


            Não acaba? – perguntou interessada.


            Não, mas ela pode ficar escondida em uma parte de você!


            Posso escondê-la debaixo do pé?


Sua ingenuidade fez-me rir.


            Durma querida, um dia você vai conseguir entender!


Ela deu de ombros aconchegando-se perto de mim.


            Boa noite Tititi!


            Boa noite querida.


O silencio foi o próximo estagio. Meus olhos já se cansavam quando Ana Paula dormiu em um único suspiro. Pela primeira noite em dias o quarto não me pareceu tão solitário.



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Autor(a): JL

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4049



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  • kahportilhaherrera Postado em 30/06/2017 - 23:15:50

    Alguém sabe que capítulo a Anahi tem aquela crise no banheiro?? É minha cena preferida e queria ler de novo e não acho , alguem me ajuda??

  • mari_5768 Postado em 29/02/2016 - 22:35:23

    Simplesmente amei a fic. Meu deus mistura tantas situações que te fazem querer ler mais e mais

  • franmarmentini♥♥ Postado em 21/06/2015 - 13:14:10

    Olaaaa vou começar a ler.

  • _thainaoliveiraaya Postado em 06/05/2014 - 15:57:01

    Cheguei tarde ? Muito tarde ! Mas não me empediiu de amar essa história , foi incrível do começo ao fim !

  • belle_doll Postado em 20/06/2013 - 11:19:12

    Pqp... É a melhor web do Brasil!!! Aceito uma mini 2T Amiga! Imaginei os dois com o filho num campo florido e tal kkkk

  • reneviana Postado em 07/08/2012 - 18:15:47

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Que linda *-*. Amei, amei e amei!

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:43

    ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:41

    ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...


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