Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 110

Ao sentir-me acordada um cheiro floral foi inalado em minha respiração leve. Abri os olhos devagar e logo vi três rosas jogadas sobre o lençol e um cartão apoiado entre elas. Sorri trazendo as flores pra perto inspirando melhor o seu perfume. Alfonso sabia como me surpreender até em pequenos atos. Estiquei-me preguiçosamente tentando espantar aquela moleza matinal, foi quando olhei o relógio de cabeceira e me dei conta que se passavam das nove horas da manhã. Coloquei o cartão sobre a cômoda e deixei as flores ao seu lado para tomar um banho. Vesti-me confortavelmente com as botas que sempre usava para cavalgar e uma regata branca fresca. Desci as escadas rumo à cozinha. Um cheiro aromático de panquecas aferrou meu estomago, minha mãe estava frente às panelas enquanto Dulce e Ana Paula sentavam a mesa deliciando seus dotes.

            — Espero que aja uma dessas pra mim!

            — Se a gulosa da Tia Dulce não comer tudo vai ter sim Tititi!

            — Hey garota! – sorriu.

Minha mãe riu.

            — Sente-se Annie, já preparo uma pra você! – depositou um beijo em minha bochecha – Como se sente?

            — Muito bem! – sorri.

Dulce lançou-me um olhar maroto, mas não fiz nada em relação aquilo, sentia-me tão alegre por dentro que nem o olhar pervertido de minha amiga fez caso. Um minuto depois minha mãe colocou uma enorme panqueca de queijo a minha frente e só pude pensar em saboreá-la. Ana Paula já estava toda lambuzada comendo uma de chocolate. Neni entrou após com um enorme chapéu de jardineiro na cabeça e as mãos sujas de barro. Me perguntei por onde andava Poncho, já que, não tive sinal dele desde que acordara, tão pouco quis perguntar para não parecer desesperada por saber...

            — É aqui o cheiro maravilhoso de panquecas?

Virei o rosto para encontrar o de Maite alegre. Imediatamente ao vê-la, Ana Paula saiu gritando até seus braços.

            — Nossa como você está pesada! – comentou ela – E como você está suja de chocolate!

            — São panquecas da vovó! – disse alegre.

            — São as melhores panquecas da vovó ela quis dizer! – Dulce enfatizou.

            — Só provando pra saber! – comentou indo até dona Marichelo e cheirando suas panelas.

Quando ela voltou mirou-me sorrindo e nos abraçamos, não precisávamos dizer o quanto aquele abraço foi agradável. Mai era como uma irmã.

            — Onde está Christian? – perguntei.

            — Dormindo! – respondeu categoricamente – Está cansado da viajem, era de se esperar!

Aquilo significava que ele não estava com Alfonso, uma das minhas hipóteses. Talvez ele estivesse cavalgando. Levantei-me satisfeita e pedi licença a todos. Andei até os estábulos e vi Sarah, a égua branca que montava, selada.

            — Olá Anahí! – disse Elias que cuidava dali – Preparei Sarah a pedido do Senhor Alfonso!

            — Sabe onde ele está? – perguntei automaticamente.

Ele assentiu.

            — Após as montanhas... – apontou ao longo.

De imediato meu coração palpitou. Elias estendeu as rédeas para mim num convite pleno para que montasse até lá. Por mim, diria, que Alfonso estava por trás de alguma coisa.

            — Obrigada Elias, pode avisar minha mãe? – ele assentiu sorrindo.

Montei Sarah com delicadeza, era fácil lidar com ela, não foi à toa que aprimorei muito minha cavalgada naqueles dias. Dei um pequeno aperto em seu flanco e ela seguiu a galope rumo às montanhas. O vento golpeou meus cabelos à medida que acelerávamos o passo. Nunca fora aquela parte da fazenda, simplesmente porque não achei necessário. Não eram altas tão pouco, era mais como uma elevação arredondada circundado por altas arvores. Não demorei muito pra que alcançasse o alto, logo avistei outro cavalo, marrom brilhoso, parado junto à relva, um zunido entrava pelos meus ouvidos e o vento tornava-se mais fresco. De imediato meus olhos bateram com a pequena cachoeira que caia calma em uma baía media.