Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 116

O tiro soou e a arma caiu logo em seguida. Meus olhos não se desgrudaram por nenhum momento dela, pouco me importava se tinha uma arma apontada pra mim, se Leon ia atirar ou se Christopher conseguiria por o armazém em chamas. Ela estava concentrada, seus dedos tencionados e quando apertou o gatilho senti as emoções passando por seu corpo. No instante seguinte outro tiro foi disparado, dele, em minha direção, mas o disparo de Anahí fora no lugar certo, em sua perna esquerda fazendo-o desequilibrar-se e errar, errar entre aspas, errar da minha pontaria, mas o desfecho não fora tão perfeito. O tiro acertara um galão de gasolina, a faísca ateara uma chama no rastro que Christopher já tinha espalhado e... Não teve outro resultado se não alastrar o fogo por todos os lados.

            — Alfonso!

O som da sua voz me trouxe de volta a realidade. Levei uma das mãos ao corte profundo em meu abdômen ao momento que Anahí caia em meu lado com o rosto amedrontado.

            — Precisamos sair daqui...

Queria ter o poder de dizer-lhe que tudo ficaria bem, tirar aquela expressão de medo que estava exposta em seus olhos tão iluminadamente azuis. Mas eu me sentia inútil e fraco. Por mais que eu apertasse a ferida ela me consumia de dor.

            — Por favor, você tem que me ajudar...

Sua voz estremeceu, suas mãos tremiam quando pressionou o ferimento manchando-se com meu sangue, lagrimas escorreram de seus olhos ao olhar meu rosto.

            — Q-uando sairmos tudo será diferente... – sussurrei com a voz cansada.

Ela assentiu tentando sorrir. Passou os braços pelos meus e me deu impulso para levantar. Viramos o rosto ao mesmo tempo ao escutar uma explosão. Automaticamente abracei-me a ela protegendo-a. Urrei ao sentir meu corpo protestar, mas me senti esperançoso ao ver Vaughn levantar-se desnorteado desatando seu colete à prova de balas e empunhando a arma em mãos. Restava Christopher. Michael mirou e em um tiro certeiro acertou-o no ombro fazendo-o cambalear enquanto tentava fugir. Ele gritou retorcendo-se perante a dor. Não passava de um covarde!

            — Peguem Christian e saiam daqui! – gritou.

Naquela altura as chamas se alastraram entre as caixas, o pouco de feno e pelos rastros que Christopher deixara. A fumaça preta se espalhava começando a atrapalhar a visão e a respiração.

            — Segure-se em mim... – Anahí deu apoio ajudando-me a caminhar.

Com esforço seguimos até Christian, ela tentou levantá-lo enquanto mantinha-me apoiado na barra de ferro.

            — Christian!

Batendo em seu rosto ela tentou recuperar a consciência dele que estava apagando-se novamente. De longe ele era mais pesado que ela, não conseguiríamos sair dali se dependêssemos daquela força.

            — Acorde, um pouco apenas! Vamos! – insistiu.

Senti a agonia em sua voz, estava a ponto de me desesperar quando Christian semicerrou os olhos.

            — Precisa levantar! – disse a ele.

Com um aceno fraco ele assentiu. Mais uma explosão deu-se, daquela vez um grito soou pelo armazém. Christian levantou-se com dificuldade, Anahí deu-me apoio, Christian apoiou-se em mim e viramos a cabeça ao mesmo tempo, para o mesmo lado.

            — Não tão rápido! – Leon pegara a arma e apontara em nossa direção.

Fora do nada, surgindo de sabe-se lá onde. Mais um tiro, mas não a nós. Vaughn desarmara-o atento ao que estava acontecendo, Leon cambaleou e sem força na perna caiu pra trás, caiu em direção às chamas que se alastravam. Um grito sufocante saiu de seus lábios quando o fogo começou a tomar conta de seu corpo. Primeiro as costas, depois se espalhando pela roupa dos braços ao tronco. Foi agonizante ver a cena. Ali acabava um homem que destruirá a vida de varias pessoas e a sua própria por uma vingança estúpida, por achar que o poder, o dinheiro era o que movia a vida.

            — Papai! – o urro ecoou infame, mas poderoso.

Olhei para Christopher tentando lutar contra os braços de Vaughn. Seu rosto era quase inexpressivo não fosse a magoa misturada a raiva.

            — Não há nada que possa fazer! – disse Vaughn rígido.

Foi quando me dei conta do que realmente estava acontecendo. Anahí soltou um lamurio ao meu lado, olhei-a apavorado deparando-me também com o rosto assustado de Christian.

            — Vamos sair daqui! – abracei-a.

Christian pareceu adquirir mais força depois daquela cena, não podia se não discordar, fora chocante. A partir do momento que demos as costas aquela cena, os gritos pareceram aumentar, aumentar, aumentar, até sumir, sumir para ouvir o grito desesperado de Uckermann.

            — Vão pagar! Vão pagar por isso! – direcionou o olhar a nós.

Anahí virou a cabeça para olhá-lo. Aquilo atingia muito mais a ela do que qualquer outro presente. Deveria ter me dado conta disso antes e ter evitado que presenciasse aquela cena. A confusão beirava seus olhos mareados, seus lábios contorciam-se em horror.

            — Vamos Annie! – puxei-a.

Mas ela não se moveu. A fumaça ficava mais densa, a visão menos favorável, o fogo logo atingiria aquela parte do armazém.

            — Anahí! – gritei com afinco.

Acordando de seu devaneio e percebendo o que estava fazendo ela se voltou a mim, agarrou minha cintura como se aquilo não tivesse acontecido e seguimos. Vaughn seguiu-nos logo atrás. Talvez naquela altura pudéssemos ficar aliviados. Alcançamos a abertura onde entramos, foi dificultoso para mim passar. O corte arrastou no chão tornando a dor. No momento que Christopher passava uma explosão nova deu-se fazendo-nos cair ao chão. Quando finalmente nos afastamos à equipe de Vaughn apareceu com apoio. Puxaram meu braço, afastaram-me de Anahí e a ultima coisa que eu vi foi o armazém em chamas, tomando conta de tudo.

Comentarios? sei qeu sumi maaaas.

Vamos para o ultimo capitulo em breve =(