Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 20 – Uma Promessa P.2

Sempre, sempre protegida se estivesse ali, como se nada existisse. Era tão vulnerável a isso que me perdia do resto.

            — Estúpido serei eu se não der valor a você. Já te disse que é maravilhosa! – falou com um sorriso no canto dos lábios – É impossível você fazer algo que eu não goste!

Mais uma vez ele contornava meus erros e via outro lado da historia. Ele conhecia uma Anahí que só existia pra ele, diferente da viciada que me tornava quando estava distante. O por que dessa divisão nem mesmo eu compreendia apenas sabia que ele era a única pessoa que conseguia extrair de mim algo que ninguém mas conseguiu.

            — Porque...porque você fala isso com tanta certeza?

            — Se soubesse o efeito que causa em mim desde o momento que te vi você não acreditaria! E acho que nem conseguiria explicar.

Talvez eu entendesse e talvez o que acontecia com ele era exatamente o que se passava comigo.

            — Você sempre consegue tornar as coisas mais fáceis!

            — Talvez seja uma das minhas qualidades – brincou sorrindo.

O que me cativou a sorrir com ele, tirando do que parecia impossível algo plausível. Era fascinante o jeito que ele fazia as coisas acontecerem, como era fácil ser a Anahí risonha ao seu lado e como era fácil criar uma atmosfera nova onde só existíamos eu e ele. Não conseguiria abrir mão daquilo por mais que eu deveria. Desviei o olhar para o mar, totalmente calmo e intenso como Alfonso.

            — Você me faz lembrar alguém às vezes! – continuei mirando o mar.

Esperei-o manifestar-se inquieta em pensar no que me veio a mente no momento.

            — Posso saber quem?

            — Minha mãe! – respondi rápida segurando a saudade dentro do peito.

Lembrei-me de seu corpo ensangüentado sobre a cama, de não poder me despedir dê-la e nem ao menos saber onde seu corpo estava. Maldita vida que traçava linhas tortas por meu caminho.

            — Não vejo semelhanças! – disse ele como se conhecesse dona Marichelo de longa data – Quer dizer... – corrigiu-se –... O que sua mãe e eu poderíamos ter em comum?

Pensei se diria ou se matinha oculto a impressão protetora que via nele. Não com Alfonso, com ele a verdade parecia escapar da boca, menos é claro, meus segredos mais profundos.

            — Os dois se preocupam por mim, pelo menos minha mãe se preocupava!

            — Eu me preocupo por você. Muito Anahí não sabe o quanto e é bom que saiba disso – segurou meu rosto olhando-me convicto – Não quero te ver sofrer, e sei que onde quer que sua mãe esteja ela pensa igual.

Falar de minha mãe fazia a nostalgia apertar no peito. Como a queria do meu lado, dando-me carinho e dizendo que tudo ficaria bem. Queria pedir perdão por não escuta-la e só fazer burradas, queria dizer que morreria no lugar dela. Queria dizer que fiz justiça matando o homem que desgraçou nossas vidas. Não sentia orgulho disso, jamais, mas poderia ter acontecido antes e quem sabe minha mãe pudesse estar viva. Senti Alfonso envolvendo minha cintura em seus braços confortando-me em um abraço. Descansei a cabeça em seu peito encolhendo-me em si como uma criatura indefesa.

            — Eu sinto tanta a falta dela Alfonso. Dói tanto não poder abraçá-la. – desabafei apertando-me nele, como meu ponto de fuga e consolo.

Queria chorar novamente e dessa vez não consegui resistir. As lagrimas começaram a cair em cascata molhando o peito nu de Alfonso. Percebendo meu estado afagou meus cabelos abraçando-me com mais força, me protegendo dessa dor que cortava meu peito. Preferiu o silencio deixando-me desabar em seus braços aumentando cada vez as lágrimas que corriam por meu roto.

            — Prometo que tudo isso vai passar! Prometo! – sussurrou em meu ouvido acariciando meus cabelos.

Sua voz era carregada de ternura passando-me uma sinceridade fora do comum. Envolvi-o num abraço apertando-o. Queria dizer a ele o quanto me conquistava a cada segundo, e cada vez mais e mais. Que o sorriso no seu rosto me dava certeza que preciso dele pra sorrir também. Que a verdade e a intensidade em seus olhos me passam segurança e o toque da sua mão me diz que irá me segurar onde quer que eu caia. Alfonso tornara-se minha pilastra, a pessoa que eu podia confiar de olhos fechados. Tudo isso em tão pouco tempo. Não entendia e era estranho, mas não podia controlar. À medida que meus soluços foram passando a calma dos braços dele foram intensificando.

            — Espero que agora me conte o que passa por sua cabeça! – falou calmo sem soltar-me.

            — Não posso, por favor, não peça mais. – falei grogue escondendo mais o rosto.

            — Eu vou descobrir Anahí. Mais cedo ou mais tarde vou saber o que tanto me esconde.

            — Quando isso acontecer, não me verá nunca mais – soltei-me dele encarando-o.

            — Você não pode afirmar isso!

            — Não quero falar sobre isso. Por favor!

Alfonso olhou-me com a expressão seria. Encarei-o firme convicta de minhas palavras. Aquilo era a verdade.

            — Está com fome? – mudou de assunto dando aquela discussão por encerrado – Vamos lá pra baixo preparar algo.

Levantando-se e estendendo a mão descemos em silencio. Queria saber no que ele pensava, se me achava boba e sem sentimentos. Queria pedir porque era tão irredutível comigo, se era assim com as outras pessoas. Perguntei-me se tinha amigos ou o que fazia quando estava sem mim e definitivamente a pergunta que sempre me passava pela cabeça: porque ele era assim comigo?

P.S: O Post de After All será feito, ecepcionalmente hoje, no Orkut.