Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

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Capítulo: Addictive Life - Capitulo 22 – Pôr-do Sol P.3

Addictive Life

Capitulo 22 – Pôr-do Sol P.3

            — Vamos até a praia ver o pôr-do-sol, você vai adorar. – falou entusiasmado.

            — É igual em todo lugar! – disse rindo da cara boba que ele fez.

            — Não é aqui – arqueou uma sobrancelha com minha duvida – Aposto o que quiser!

            — Não faço apostas, prefiro acreditar na sua palavra!

            — Melhor assim – sorriu jogando os cabelos pra trás – É melhor irmos se não perdemos. – começou a caminhar de volta à praia.

Olhei-o sorrindo.

            — Me espera apressadinho – disse meio birrenta vendo-o se afastar.

Alfonso virou-se pra mim rindo e continuou o trajeto. Corri até ele pulando em suas costas para pará-lo. Como se soubesse que faria isso, seus braços preparados seguraram minhas pernas ajeitando-as em volta da sua cintura, agarrei-me em seu pescoço para não cair.

            — Menina sapeca! – riu levando-nos.

            — Menino bobão – retruquei em seu ouvido.

Rimos como crianças espevitadas prestes a descobrir um tesouro. Apoiei a cabeça em seu ombro vendo o mar se aproximar cada vez mais. Descobri outra faceta de Alfonso naquelas horas, ele conseguia liberar a “menina sapeca” em mim e via o “menino bobão” brilhar em seu rosto. Não tinha vergonha dele e medo de me expressar a sua volta. Parecia que nos conhecíamos anos a fundo e nossas personalidades eram perfeitas uma pra outra.

            — Vê como o sol reflete no mar? – perguntou-me sereno quando alcançamos a areia. Devagar me colocou no chão – Um não seria nada sem o outro. Uma combinação perfeita.

Pisei a areia fofa e virei frente a ele dando as costas pro mar. Continuei caminhando pra trás puxando-o pelas mãos.

            — São como seus olhos! – sorri de lado corando um pouco – Tão profundos quanto o mar e intensos como o sol.

Admiti o que sempre vira neles, o que me intriga e trás calma. O lugar onde vejo o carinho e o desejo, onde sei que a verdade não passa despercebida. Poncho sorriu de leve olhando-me desconfiado. Sorri de volta e soltei suas mãos empurrando-o pelo peito de leve. Olhou-me paralisado e eu comecei a dar-lhe as costas. Corri em direção ao mar sentindo-o vir atrás. Em poucos passos ele envolvera minha cintura pelas mãos e me erguia com os braços fortes. As risadas ecoavam pela praia solitária e percebia o sol começar a se esconder. Poncho percebera também. Com delicadeza puxou-me para seu peito colando minhas costas na parede de músculos nua. Envolveu-me em seus braços e sussurrou em meu ouvido o final do dia. Olhei o horizonte abismada com a paisagem natural tão diferente de todas.

            — Você tinha razão! – lancei meus braços sobre os dele.

Ele não me respondeu, seu silencio era o sorriso que tinha certeza estar em seu rosto. Estar ali significava a diferença entre o pôr-do-sol daqui e o que sempre acostumara ver. Tinha algo pelo que sorrir, os braços de Alfonso para me acalmarem, diferente de lá, onde minha vida era um beco sem saída.

             — Sempre pensei que faltava algo em minha vida quando olhava o sol desaparecer – sussurrou em meu ouvido – Hoje me sinto completo.

Suas palavras causaram um efeito devastador em mim. A voz doce cortando minha pele e a respiração leve em meu pescoço. Quero uma razão para os meus sentidos se alterarem de um jeito tão desconhecido com aquelas palavras ternas. Tão cheias de significado ocultando algo que eu não queria acreditar. Quero uma razão pra explicar porque cada vez que fechos meus olhos Alfonso aparece e espalha algo indomável e incontrolável por todo meu corpo. É ridículo, mas cada vez que o vejo longe parte de mim o quer por perto. Onde está o significado disso? Virei-me pra ele devagar pra encarar seus olhos. Os mais lindos que já vi. Havia uma voz dentro de mim dizendo pra ir em frente, dar um passo e ver onde tudo aquilo iria chegar. E eu queria dar esse passo estando certa ou errada. Em muito tempo perdi os sonhos, me afoguei nas palavras e deixei minhas fraquezas tomarem conta da minha vida, agora estou jogando com coisas que não entendo, mas descubro que esse caminho me faz bem, apenas com Alfonso ao meu lado.

            — Queria ter te conhecido mais cedo....ter evitado de... – fiz uma pausa – ...certas coisas...

            — Shh – calou-me com um dedo sobre meus lábios – não precisa dizer nada.

Meu coração, estranhamente, batia forte sobre o peito acelerando a cada minuto. Alfonso envolveu-me em seus braços afundando as mãos em meu cabelo. Não podia mais negar, desviar o assunto ou retalhar os fatos. Necessitava Alfonso, queria-o de todas as maneiras. Não posso negar...não posso. Só de imaginar me descontrolava por dentro. Queria seu colo e o beijo impulsivo. Envolvi seus rosto com as mãos e ansiei seus lábios nos meus. Olhei-o com a mesma intensidade que seus olhos me fitavam. Não posso negar!

      — Preciso de você Poncho!

A chama do seu olhar quebrou qualquer barreira que poderia existir entre nós, não precisava de resposta alguma, seus olhos me diziam: ele me queria também.

Hoje não tem After. Até Segunda =)

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