Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 23 – Eu Quero, Eu Sou, Eu sinto! P.2

           — Prometa pra mim que por mais que eu te magoe vai lembrar desses momentos. Só esses, os bons...

            — Todos são bons com você! Lembrarei de todos, dos velhos e dos que virão!

            — E se não vir?

            — Farei com que eles existam! – deslizou o nariz sobre o meu.

Tudo, exatamente tudo se perdia quando ele falava daquele jeito. Se as coisas aconteciam era porque ele fazia acontecer, tudo que eu estava sentindo ele proporcionava. Como poderia pensar em algo se não em Alfonso? No que se tornara pra mim ou na explosão de sensações que meu corpo respondia junto ao seu? O sol desaparecera por completo e à noite estrelada cobria-nos agora. Até o espaço ao nosso redor parecia colaborar para o momento perfeito. Éramos eu e ele sozinhos na imensidão do desejo sem pensar em mais nada. Não conseguia tirar os olhos dele, tão pouco ele fazia. Como poderia estar assim, e não me comover? Me diga, como isso poderia ficar melhor?

            — Meu anjo – sussurrei baixinho beijando a ponta do seu nariz.

Recebi o sorriso mais lindo que eu já tinha visto. O mais terno e sincero, impossível não sorrir junto com ele. Alcançamos finalmente à porta principal da casa, Poncho abriu-a com facilidade sem soltar-se de mim e seguiu para as escadas. Observei seu rosto perfeito e mais uma vez decaí absorta com tanta beleza, não conseguia resisti-lo. À medida que subíamos meu coração disparava com mais força, a imagem de tê-lo por inteiro me alucinava, criava padrões inimagináveis pelo corpo. Beijei seus lábios de leve fechando os olhos lentamente deixando que as sensações se apoderassem. A maciez da pele me induziu a deslizar os lábios por todo o rosto, da testa e os intensos olhos beijando a bochecha barbuda para alcançar seus lábios novamente. Mordisquei-os com intensa volúpia sentindo-o devolver o carinho com as mãos. As mãos. Sedutoras e envolventes, quentes e macias deslizando por todo meu corpo. Quando a porta do quarto fechou-se me perdi em loucura agarrando seus cabelos com força e tomando seus lábios de uma vez. O beijo que me faltava o ar, a língua alcançando a minha em movimentos lentos e viciantes. Sentia minha pele arder às mãos sedentas que passeavam meu corpo, conhecendo o toque desconhecido sobre o tecido. Poncho partiu o beijo mantendo nossos lábios grudados. Miramos um ao outro com a respiração falha. Perfeitamente conseguia distinguir seu olhar banhado pela lua na penumbra do quarto. Queria-o.

            — Desejo você Anahí...se entregue a mim! – sussurrou lascivo.

Mordi seus lábios devagar, e fiz de novo, várias vezes até beijá-lo profundamente. Os movimentos em sintonia enquanto as mãos de Poncho tomavam outro rumo. “Se entregue a mim, Se entregue a mim”. Nunca pensei que tais palavras surtiriam tal efeito. Tão devastador e irresistível. Irrevogavelmente estava entregue a ele. Entregue aos sintomas da paixão ardente que nossos corpos compartilhavam, entregue a melhor pessoa que poderia ter cruzado meu caminho. Irrevogavelmente não podia mais discutir...

            — ...sou sua!

E disso eu tinha certeza. Absoluta!