Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

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Capítulo: Addictive Life - Capitulo 27 – Realidade Aumentada P.3

Addictive Life

Capitulo 27 – Realidade Aumentada P.3

 

 

 

Desliguei o telefone no momento que entrara no apartamento. Rumei para uma ducha rápida, retirei minhas roupas de qualquer jeito jogando-as a um canto, parecia que o cheiro de Anahí estava impregnado. Ainda podia sentir o toque de seus lábios, seu olhar tão meigo direcionado apenas pra mim. Seu toque delicado, seu corpo colado ao meu... A água fria caiu por meu corpo e nem assim senti a raiva diminuir. Segurei meus cabelos entre as mãos abrindo os braços tentando acalmar-me. Anahí não saia de minha cabeça um minuto sequer. Ela era minha maior preocupação, não tinha duvida disso. O que mais me doía era não poder fazer nada, sentia-me inútil por não saber tudo sobre ela. Sentia-me imprestável por não poder ajudá-la, sentia-me incompleto sem rodear seu corpo em meus braços. DROGA! Soquei a parede e derrotado fechei o registro. Troquei de roupa o mais rápido possível. Tempo depois já estava frente na empresa passando os corredores apressado direto a minha sala. Não cumprimentei ninguém não olhei para ninguém. Só queria acabar com aquilo rápido.

            — Onde você estava? – Maite exasperou assim que entrei.

Devia saber que ela estaria me esperando. Joguei minha pasta sobre a mesa e sentei-me na cadeira preferencial. Afundei o rosto nas mãos inspirando fundo, precisava acalmar-me.

            — Alfonso eu falei com você! – chamou minha atenção impaciente.

Olhei-a em seguida atônito, querendo ou não devia explicações a ela por meu comportamento, mas aquele não era o momento.

            — Onde eles estão? – perguntei apenas.

            — Sala de reuniões! – disse mais calma.

Seu olhar era compreensivo, agradecia por ter uma irmã como ela. Por apoiar-me todo o tempo, por ser minha amiga alem de irmã. Agradeço-a por não julgar minhas atitudes e dar-me espaço, por fazer-me sorrir e ser parte da minha vida. Droga!

            — Desculpe Mai! – sussurrei.

            — Seu descontentamento tem nome?

Assenti levantando.

            — Vamos acabar com isso logo.

            — Podemos can...

            — Não Mai não podemos! – cortei-a exasperado.

De novo a raiva, de novo a impaciência. Maite olhou-me e senti-me um idiota por descontar nela. Aproximei-me e redimi-me abraçando-a. Ela descansou sua cabeça em meu peito consentida, afaguei-lhe os cabelos sussurrando desculpas.

            — Vamos Poncho! – afastou-se puxando-me pelo braço – depois conversamos!

Assenti e seguimos a reunião. Ao entrar na sala ensaiei meu melhor sorriso. Clientes são clientes e a empresa estava em minhas mãos. Mal sabia qual era o assunto a ser trato, sentia-me remoto. Trabalhar no ramo da moda era cansativo, atribulado, minucioso. Em compensação era uma área satisfatória, tinha seus benefícios e vários ramos para expandir-se. Maite que o diga, adorava o que fazia e era meu braço direito nas empresas Herrera.

            — Boa Tarde Alfonso, espero não ter atrapalhado nenhum compromisso! – disse Sr. Flikmann.

Acordei do meu devaneio e ocupei a cabeça no que tinha que fazer. Administrar. Maite sentou-se ao meu lado na cadeira principal e discutimos os assuntos pendentes com nosso principal fornecedor de modelos. À medida que os minutos iam passando e a reunião tornava-se sólida me dei conta que estava longe dali e que não poderia concentrar-me em nada. Podia estar de corpo, mas não em pensamento. Dava minha opinião, deixava Maite tomar a palavra e só o que eu queria era fugir dali. Não sei quanto tempo passou-se até que Maite levantou despedindo-se com seu sorriso meigo. Fiz o mesmo ainda disperso olhando a noite aproximar-se...ela não estava comigo.      

               —Alfonso? – Maite chamou minha atenção.

 

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