Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 30 – Ressentimentos

01:05 da Noite.

O marcador apontava 180 km/h. Não tinha a intenção de diminuir, parar pra quem quer que seja, a tendência era apenas subir. O perigo tornara-se meu refugio pra não pensar, os riscos não me importavam até que encontrasse Anahí. Quando parei em frente a misera casa onde a deixara, desesperei-me ao perceber que ela já não estava mais lá. Por incrível que pareça meus instintos sabiam onde encontrá-la. Acelerei muito mais quando rumei pra maldita boate ao sul de onde eu estava, perdera tempo demais pensando em bobagens, perdera o tempo que poderia tê-la em meus braços. Na velocidade que eu estava cheguei em um passo. A aglomeração de pessoas não me impediu de estacionar frente à entrada, tirei o capacete e apoiei-o sobre o cilindro e atravessei a multidão chegando à porta principal.

            — Ricos e mimados não tem preferência aqui Herrera! – zombou o tal de Uckermann quando avistou-me.

Cheguei até ele com o olhar fechado e continuei em direção a porta, teria entrado se sua presença não se fizesse presente.

            — É melhor sair do meu caminho idiota! – falei entre dentes encarando-o com raiva.

A raiva que apossara-se de mim novamente, a raiva que mantinha a todos que queriam impedir Anahí de estar comigo.

            — Procurando Anahí? Vi-a subir com algum cliente... – entoou ele – Você sabe... – zombou com um sorriso sarcástico no rosto – Ela é muito boa! – contornou um corpo imaginário com as mãos.

A raiva misturou-se com desprezo, não suportava ouvir aquela voz cheia de malicia falando de algo que não o merecia. Fechei os punhos e levei um soco até seu rosto. Usei toda a força e toda ira para acerta-lhe bem no meio fazendo-o cambalear pra trás.

            — Economize suas palavras se for pra falar dela idiota! – parei ao seu lado vendo-o segurar o nariz certamente ensangüentado.

Tempo gasto com esse tipo de gente era certamente tempo perdido. Entrei na boate sem ser barrado sentindo as batidas fortes da musica preencherem meus ouvidos. As pessoas abarrotavam a pista de dança e meu olhar correu por cada canto procurando por Anahí. Não a vi e um súbito ar de excitação cresceu em mim, precisava achá-la, mas as pessoas eram tantas sobre as luzes multicoloridas que a tarefa ficava mais difícil. Olhando para o bar, reconheci a garota de cabelos ruivos, seu nome mal me recordava mais sabia que podia confiar nela. Aproximei-me sentindo seu olhar sobre mim desde que me avistara. A expressão seria misturada ao susto.

            — Onde está Anahí? – fui logo ao ponto sem querer perder mais tempo.

            — Não a vi! – respondeu tão baixo que tive que ler seus lábios.

Certamente aquilo me deu a certeza de que estava mentindo.

            — Não minta pra mim! – irritei-me inclinando-me sobre o balcão – Onde ela está?

A ruiva olhou-me um pouco assustada, não estava pra brincadeira e ela percebeu isso. Talvez meu tom raivoso tão diferente de mim mesmo a deixava temerosa, como se ela soubesse que tinha descoberto o que certamente ela já sabia.

            — Quero ajudá-la – acalmei o tom de voz para passar-lhe confiança – Onde ela está?

Vi-a relutar entre uma pausa decidindo suas opções. Esperei atento em sua expressão disposto a manter-me focado.

            — Por favor, não faça mais mal a ela... – pediu em suplica aceitando minha ajuda – ...nunca a vi tão arrasada como vi hoje.

E a culpa era toda minha por tê-la magoado em vez de permanecer ao seu lado. Quão idiota eu fora por fazê-la sentir-se pior. Odiava-me por isso.

            — Só me diga onde ela está. Te juro que só quero ajudá-la.

            — Anahí tem mais problemas do que imagina...

            — O vicio? – vi seus olhos arregalaram-se – Já estou a par dele.

            — Não é tão fácil lidar com isso – disse ela judiciosa – Tento abrir aquela cabeça há tanto tempo que perdi as esperanças.

O tom triste de sua voz provinha que ela se preocupava com Anahí. O tom sincero que via em sua expressão, o olhar vidrado.

            — Estou pronto para ter a minha chance!

            — E o que faz pensar que você terá mais sucesso do que eu ou da própria mãe dela que lutou contra isso desde o inicio? – perguntou-me seria.

Teria a resposta na ponta da língua, mas não era o momento e nem tempo de revelar isso a ninguém.

            — Porque Anahí tornou-se em pouco tempo algo importante pra mim! – respondi apenas.

Algo mais sensato e racional responderia sua pergunta satisfatoriamente. Percebi o canto de seus lábios levemente inclinados para um sorriso, quase invisível.

            — Quer que eu acredite nisso? – sorriu irônica.

            — Eu sei que você acredita! – olhei-a serio dessa vez – Onde está Anahí? – repeti pela ultima vez.

Uma pausa preenchida pela musica alta manteve-se. Não entendia sua relutância, mas respeitava por ela oferecer solidariedade a Anahí. Com um movimento de cabeça ela finalmente apontou pra um canto a minhas costas. Virei-me na mesma hora batendo meu olhar com ela, como um imã que se traia a longa distancia.

Meninas desculpa...acabei esquecendo de postar aqui O_O

Obrigada por todos os comentários =)