Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

— Se você preza o que chama de vida... – inclinei-me a ele – ...é melhor não chegar nunca mais perto ou referir-se a ela dessa maneira!

            — Anahí é minha Alfonso... – disse ele sorrindo irônico – Não importa o que você faça ela volta pra mim!

            — Ela não fará isso!

            — Não mesmo? – riu ironicamente – Nem você tem certeza disso!

            — Você e que está blefando... – ironizei da mesma forma – Quem se esconde atrás de um nome não passa de um covarde!

Aquilo pareceu alterar sua expressão de uma forma rápida. Observei-o calcular o próximo passo para passar por cima de mim, o que ele não sabia e que nenhuma ameaça que viesse dele me atingiria.

            — Não entre nesse jogo Alfonso...– começou seu discurso – Ele é perigoso pra gente da sua laia!

            — Ameaças não vão me parar!

            — Você tem audácia rapaz! – disse ele sorrindo de lado como se me conhecesse há anos – Mas vou te dar um conselho... – soltou-se de mim tão rápido que não consegui segurá-lo – Não se meta no meu caminho ou acabo com sua vida num piscar de olhos.

            — Posso fazer o mesmo com a sua.... – não me intimidei por seu ar sucinto.

            — Seu maior defeito são as pessoas Herrera...– continuou como se não houvesse interrupção – E é por isso que vou te vencer... – deu de ombro levemente distraído.

Soltei uma risada totalmente irônica. Pra mim estava claro o blefe que ele soltava, aquilo não me atingia.

            — Vai precisar de mais pra me assustar!

            — Seus pais não diriam isso se não tivessem explodido naquele avião... – zombou mudando o rumo da conversa – Ou talvez sua irmã fique contente por saber que tem um irmão corajoso!

            — Vá embora Alfonso! – escutei o pedido de Anahí – Por favor!

Não me surpreenderia por ele saber sobre minha família, mas pensei que aquilo não faria diferença, pelo contrario, ouvir aquilo dele era desprezível, chegava a ser asqueroso fazendo meu corpo inteiro inquietar-se.

            — Ora Alfonso escute o que ela diz, estará muito melhor. Quem precisa de uma drogada na vida!

Foi o basta referir-se a Anahí desse jeito. Estava pronto para socar-lhe mais uma vez, mas senti duas mãos firmes puxarem-me pra longe dele. Quando fui virado para o outro lado recebi uma pancada no rosto. Recebi-a despreparado sentindo o corte abrir-se em meu lábio.

            —Alfonso!

Christopher voltava até mim avançando com o rosto fechado, notei sua mão inclinar-se para um soco, mas em reflexo ergui meu braço bloqueando o que viria e rebati o truque em seu rosto. Cambaleando pra trás vi-o, em seguida, puxar uma arma sobre a jaqueta de couro. Petrifiquei no mesmo instante observando a amplitude do acontecimento. Nesse momento percebi a multidão em volta observando a cena, os murmúrios pararem e a musica sendo o único som a encher o espaço.

            — Agora mostre sua coragem!

            — Larga isso Christopher! – Anahí gritou aproximando-se dele.

            — Fica fora disso vagabunda! – empurrou-a.

Avancei pra ele no mesmo minuto, sua distração com Anahí deu-me tempo para socar-lhe mais uma vez e tirar a arma de suas mãos, guardei-a em meu bolso e avancei até Anahí.

            — Você está bem? – perguntei aflito segurando-lhe o rosto.

Seu olhar encontrou o meu enquanto suas mãos afastavam as minhas. Foi o que precisava pra meu mundo dissipar-se. Estava ignorando-me e sabia que merecia isso, mas não o aceitava. Vi a agonia em seus olhos e a fragilidade de seu corpo. Só naquele momento a exatidão de que nada me importava colocou-se claro. Deus como queira protegê-la, tê-la somente a mim afastando-a de todos os problemas.

            — Que comovente!

Me virei pra ele. Uckermann estava atrás de si como o capacho controlado que era, a expressão de raiva exposta na expressão dura assim como a do “Mentor”.

            — O show acabou pra você Alfonso, ou sai agora ou aceite as conseqüências...

            — Eu saio...– disse agarrando o braço de Anahí com força – Com ela...

Vi que ele estava pronto para revogar, mas imediatamente cortei-o com minha ultima chance.

            — E se quiser continuar com essa pose ridícula, acho melhor não impedir....Leon.

A menção de seu nome e a expressão contrariada em seu rosto deu-me a liberdade de arrastar Anahí pra fora dali. Se ele sabia coisas a meu respeito sabia igualmente dele. Começando pelo nome que escondia a todo custo...até agora. Quando sai da boate meu mundo transformou-se em apenas uma coisa: Anahí.

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