Fanfics Brasil - Addictive Life - Capitulo 4 – Propósito de Ajuda Addictive Life - AyA [Finalizada]

Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]


Capítulo: Addictive Life - Capitulo 4 – Propósito de Ajuda

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Addictive Life AyA


Capitulo 4 – Propósito de Ajuda 


 


A tortura e a escuridão eram coisas que não combinavam. Minha vida e a felicidade também não. Tentei abrir meus olhos pra ver o que estava acontecendo, mas eles ardiam e a luz de um poste próximo ofuscava minha visão. Meu corpo inteiro doía e minha cabeça parecia que ia explodir.


            Não se mova – falou-me a voz desconhecida – Já vou chamar alguém...


            Não...– sussurrei.


Não podia chamar ninguém, só precisava sair dali antes que alguém me pegasse. Tentei levantar e deparei com uma dor intensa em meu braço esquerdo. Nada quebrado imaginei apenas uma torção com a queda. O lugar em que o carro havia me batido na coxa também doía. Isso dificultava a situação. Com todo esforço que reuni levantei-me. Uma tontura apoderou-me e decai sobre os braços do desconhecido.


            Por favor, você tem que ir para um hospital.


            Não posso! – vi-me respondendo – eu estou bem!


Como iria a um hospital? O próximo lugar que me levariam seria a um centro para drogados ou a cadeia. Soltei-me daqueles braços e comecei a andar para o nada. Abri meus olhos totalmente percebendo que a rua estava deserta e o único ser era aquele homem que havia me atropelado. Mal vi seu rosto e como aconteceu. Precisava sumir e encontrar um lugar pra descansar. Era isso que eu queria. A pergunta era pra onde eu iria. Sem casa, sem rumo e sem ninguém.


            Hey espera você não pode sair assim!


Para minha surpresa aquele homem impediu-me de afastar-se. Agarrou meu braço delicadamente me virando pra ele.


            Olha eu sei que me atropelou e está preocupado, mas eu estou bem entendeu? Não preciso de hospital e nem de ninguém!


            Você não parece bem – disse ele calmamente analisando-me.


Encarei finalmente o rosto do homem. Cabelos negros como a noite quase formando cachos. Estatura alta e ombros largos sobrepostos em uma camisa social com os primeiros botões abertos revelando alguns pelos no peitoral musculoso. Os traços de seu rosto eram perfeitos, a boca carnuda e delineada, as bochechas com a barba rala e o nariz pontudo. Sobrancelhas em uma linha perfeita e os olhos, os olhos mais intensos que eu jamais vira em minha vida. A magnitude verde mel de seu olhar produziu um tremor em meu corpo. Repeli-o de perto.


            Por favor, você parece estar mal, precisa de um medico.


Sua voz era suave, doce e acalorada. Era terno e intenso.


            Não preciso – disse baixo – por favor, eu tenho que ir.


Virei-lhe as costas assustada com sua figura.


            Espera! – gritou ele. Parei para encará-lo. – Pelo menos me diz seu nome! Me chamo Alfonso Herrera. – apresentou-se ele – Há algum telefone que posso ter noticias suas?


Neguei com a cabeça. Antes que insistisse em algo a mais sai apreçada pela escuridão deixando-o para trás. Deixando a energia avassaladora que seus olhos me trouxeram por poucos segundos. Caminhei por minutos seguidos sem rumo. Sentei-me em um banco exausta. O efeito do ecstasy parecia fazer implicar em meu corpo permitindo-me esquecer da dor. Mas não me fazia esquecer as lembranças. Minha mãe, o Mentor, Juan morto. O que restara de Anahí Portilla? Restara a alma ferida e o coração arrancado do peito. Permiti a mim mesma derramar as lagrimas que começaram a cair, enterrei o rosto nas mãos e pus-me a chorar pela ultima vez. Anahí Portilla seria outra pessoa, outra mentalidade, deixaria de ser ingênua e ser mandada. Bastava sofrer. Ia tomar outra dose de entorpecente quando senti passos ao meu lado. Quando me deparei, o tal de Alfonso estava sentado ao meu lado. Virei meu rosto afastando as lagrimas com a mão, encarei o chão e ignorei-o.


            Porque não me diz o que está acontecendo? – perguntou ele.


            Talvez porque não seja da sua conta?


            Você precisa ser examinada – insistiu ele.


Virei-me para encará-lo.


            Porque me seguiu?


            Você não parece bem.


            O que você tem a ver com isso, já disse que não sofri danos físicos.


            Escuta... – disse arqueando o corpo chegando mais próximo a mim –... Vi uma louca correndo na frente do meu carro, se não estivesse parando você teria morrido. Por favor, só quero te ajudar.


            Você não pode. Ninguém pode.


            Não posso ao menos tentar?


            Não quero sua ajuda.


            Deixa eu te levar pra casa pelo menos, é o mínimo que posso fazer.


Vi-me encurralada em quatro paredes sem saída. O tal Afonso parecia disposto a me oferecer ajuda, mas o que ele não entendia era o tipo de pessoa que eu sou bem diferente do que ele aparentava ser. Engraçado e que sentia uma energia positiva vindo dele, que de certo modo me acalmava e acendia uma chama de esperança perdida dentro de mim. Além do mais meu corpo começava a demonstrar os pontos de fraqueza desejando-me apenas um lugar para descansar.


            Não tenho pra onde ir – disse sincera com a cabeça baixa.


            Você pode vir para meu apartamento, é aqui perto. – disse ele.


Perguntei-me se ele queria algo de mim. Olhei-o novamente.


            Não se preocupe, não sou nenhum maníaco. Apenas quero te ajudar. O que você tem a perder?


Afinal não tinha nada a perder. Assenti com a cabeça indicando que aceitava o convite. Alfonso abriu um sorriso que me magnetizou a fazer o mesmo.


            Poderia me dizer seu nome agora?


            Anahí Portilla. – respondi.


            Lindo nome Anahí, prazer em conhecê-la, sou Alfonso Herrera – disse ele estendendo a mão.


            Já sei quem é Alfonso.


            Foi para o caso de não ter escutado – disse ele divertido insistindo em cumprimentar-me.


Apertei-lhe as mãos macias como ele queria. Minutos mais tarde estávamos dentro de seu carro Sport. A marca eu não sabia mais era muito sofisticado e confortável. Não disse nenhuma palavra o caminho inteiro limitando-se em responder as insistentes perguntas que Alfonso fazia apenas com Sim’s e Não’s. Virando duas quadras adiante ele parou o carro em frente a um condomínio de apartamentos bem localizado no centro da cidade. Alfonso saiu do carro, mas fui incapaz de me mexer. O efeito temporário da ultima droga que havia consumido passara totalmente trazendo a dor de um corpo inteiro.


            Vamos? – perguntou-me Alfonso abrindo a porta do carro indicando que eu saísse.


Talvez ele tivesse percebido meu estado e ficou observando-me dar o primeiro sinal de dor. Olhei-o apreensiva e juntei toda minha força de vontade para sair do carro. Pela segunda vez desabei nos braços daquele homem.


            Chamarei um medico assim que leva-la pra cima! – disse ele pegando-me em seu colo e fechando o carro.


            Você não vai chamar ninguém! – gruni encolhida em seus braços.


            Discutiremos isso depois – disse.       


            Não estamos discutindo, eu não quero medico entendeu?


Alfonso ignorou-me e não me pos no chão. Começou a me levar pra dentro do grande edifício. Quase perdi o equilíbrio e obriguei-me a segurar seu pescoço para não cair. Seus braços fortes seguravam-me sem esforço algum.  Queria obrigá-lo a me soltar, mas minhas forças eram limitadas. Vi-o entrar em um elevador e apertar o ultimo andar.


            Por favor, não chame ninguém


            Há algo que eu deveria saber? – perguntou-me como se me conhecesse há anos.


Se saber que eu era uma drogada, sem rumo e dinheiro ou sequer família e tinha assassinado um homem, vulgo meu padrasto, que me espancava e matou minha mãe isso era algo. Mas ele não podia saber.


            Não há nada, apenas odeio médicos.


            Não sei por que, mas você não me convenceu.


            Você mal me conhece


            Gostaria de conhecer – ressoou ele baixinho.


No mesmo tempo nossos olhares bateram-se. Não sei o que se passou entre nos, mas era algo novo pra mim. Encontrei em seus braços uma segurança que jamais tivera com outro alguém.


            Prometa pra mim que não chamara ninguém. Por favor.


Supliquei com o olhar, tentando fazer entende-lo que aquilo era fundamental pra mim.


            Prometo Srta. Anahí – disse depois de um silencio constrangedor


            Obrigada.


Cansada, deitei minha cabeça sobre a curva que seu ombro fazia com o pescoço. Não disse nada e ele tampouco. Fechei os olhos e perdi-me em seu perfume másculo enquanto os andares passavam. Quando o elevador parou e abriu-se fiquei do mesmo modo sentindo-o caminhar. Logo depois senti minhas costas pousarem em algo acolchoado e totalmente confortável. Minha bota foi retirada por ele e os lençóis da cama afastados. Abri meus olhos. Dei uma boa olhada no quarto grande e aconchegante, paredes claras e moveis sofisticados. Uma parede de vidro com uma enorme sacada chamou minha atenção, apesar das longas cortinas fechadas sabia que poderia ver o céu dali. Era como dormir voando.


            Quer tomar um banho? Algo pra comer?


            Posso ficar sozinha?


            Claro – disse ele – durma bem, se precisar de algo estarei no quarto ao lado.


Afonso me lançou um ultimo olhar e saiu do quarto fechando a porta. Senti-me isolada, sozinha. Arqueei o corpo sentando-me na cama espaçosa. Coloquei as mãos na cabeça afastando meu cabelo pra trás. Um espelho posicionado a frente permitiu olhar minha imagem no espelho. Estava horrível. Os olhos com olheiras escuras e marcas vermelhas. Alfonso tinha um motivo para achar que eu não estava bem. O que ele não sabia e que eu estava drogada. Apenas o colo de Dona Marichelo me faria bem neste momento. Queria senti-la acariciar meus cabelos e dizer que ficaria tudo bem. Pena que a realidade mudara. Detida pelo cansaço e as dores, voltei a deitar meu corpo. Agarrei um dos vários travesseiros depostos na cama. Abracei-o como um porto seguro fechando meus olhos. Um perfume agradável despregava das fronhas. Senti-me calma concentrando-me no aroma de loção pos barba com morangos. Adormeci sentindo o cheiro acolhedor de Alfonso.



É ai? Gostando? Agora as coisas vão começar a acontecer, os primeiros capitulos eram mais como uma introdução certo ?


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Autor(a): JL

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4049



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  • kahportilhaherrera Postado em 30/06/2017 - 23:15:50

    Alguém sabe que capítulo a Anahi tem aquela crise no banheiro?? É minha cena preferida e queria ler de novo e não acho , alguem me ajuda??

  • mari_5768 Postado em 29/02/2016 - 22:35:23

    Simplesmente amei a fic. Meu deus mistura tantas situações que te fazem querer ler mais e mais

  • franmarmentini♥♥ Postado em 21/06/2015 - 13:14:10

    Olaaaa vou começar a ler.

  • _thainaoliveiraaya Postado em 06/05/2014 - 15:57:01

    Cheguei tarde ? Muito tarde ! Mas não me empediiu de amar essa história , foi incrível do começo ao fim !

  • belle_doll Postado em 20/06/2013 - 11:19:12

    Pqp... É a melhor web do Brasil!!! Aceito uma mini 2T Amiga! Imaginei os dois com o filho num campo florido e tal kkkk

  • reneviana Postado em 07/08/2012 - 18:15:47

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Que linda *-*. Amei, amei e amei!

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:43

    ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...

  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42

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  • k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:41

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