Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 33 – Dia Um

Fique comigo e não adormeça tão cedo, quero que me olhe e me acaricie enquanto eu durmo, quero seu corpo perto do meu trocando o calor que esbanja, apenas assim esqueceremos o mundo lá fora. Apenas assim sentirei que posso ser eu mesma, posso ser a mulher que você espera que eu seja e quando a noite chegar estaremos sozinhos, finalmente você e eu Alfonso...

            — Mate-o Anahí – a voz do Mentor ecoou.

Um flash e varias imagens correndo por minha mente.

            — Vai ignorar seu papai vagabunda?

            — Não Juan! – gritei – Deixe ele em paz!

Um estrondo e um vulto branco e a risada maléfica preenchendo o silencio.

            — Mãe? – chamei-a ingênua.

Um vento gélido bateu em meu rosto e tudo sumiu. De repente sobressaltei-me abrindo os olhos de uma só vez. Um sonho. Apenas um sonho. Julguei que isso não sairia da minha mente, era uma culpa eterna até os últimos dias. Droga! Sem mesmo mover-me da cama sentia minha cabeça latejando. Hoje a dor parecia pior do que já fora alguma vez antes, tentei inclinar o corpo e cada músculo respondeu contra. Um gemido escapou por meus lábios. Não era para ser assim.

            — Alfonso? – sussurrei.

Não obtive resposta o que me levou a olhar pro espaço vazio ao meu lado. Vazio. Onde ele fora? Droga! Necessitava seu abraço naquele momento, queria olhar seus olhos e encontrar a tranqüilidade. Sentei-me com dificuldade sentindo gotas de suor caírem por meu rosto. Meu estomago revirou de um jeito banal deixando-me enjoada de repente. O próximo passo era obvio, levantei-me e corri até o banheiro debruçando-me sobre o sanitário e despejando tudo que meu corpo não absorvera. Que droga! Encostei-me na parede gélida e apoiei a cabeça entre as mãos esperando o mareio passar. Nada passava por minha cabeça a não ser sentir-me bem. Levantei apoiada na parede, e seguia a pia, meu rosto refletido parecia morto, a pele pálida como breu e as olheiras fundas. Lavei o rosto sentindo-me melhor com o alivio que a água gélida dava-me. Voltei ao quarto em seguida sentando-me na cama tentando recuperar a sanidade. Não podia negar que o perfume do quarto transbordava Alfonso. Lembrava-me de imagens e a conversa que tivemos noite passada. Tinha certeza que tudo fora real, que eu o perdoara e ele estava ao meu lado. Isso valia por todas as dores que sentia. Afinal não era tão surpreendente acordar em sua cama: de novo. Isso estava virando rotina. Quando resolvi olhar as horas sobre a cômoda deparei-me com um papel marcado com meu nome numa letra inclinada. Reconheci a caligrafia de Alfonso pegando-a rapidamente.

Terminei de ler o bilhete decepcionada. Ele tinha trabalho, ele tinha uma irmã e uma empresa pra cuidar. Sua vida não rodava em torno de mim....e droga! Ele tinha amigos, tinha...droga! Ele tinha mulheres ao seu redor, provavelmente as mais belas e com mais caráter que eu. Reprimi-me por pensar em algo tão fútil pela manhã, mas que droga, o que ele fazia quando não estava comigo? Porque em plena manhã me punha a pensar nisso? Perdi meu olhar sobre o relógio onde antes retirei o bilhete: 11:10. Dormira demais eu acho, mas parecia que nem pregado os olhos tinha. Levantei-me disposta a tomar um banho e esquecer tolices, antes disso cambaleei para o closet dele atrás de uma camiseta.