Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]
Addictive Life
Capitulo 5 – Quem é Juan?
Gritos. Muitos gritos. Desespero, tudo doía. O sangue de minha mãe espalhado pelos lençóis, minha garganta queimando pedindo química. Olhos verdes amplos me encarando e um perfume calmante. Um estrondo de um tiro.
— Não!!!
Abri meus olhos assustada acordando de um pesadelo. Fixei meus olhos no homem que me observava sentado ao meu lado no canto da cama.
— Hey acalme-se! – disse ele tocando-me.
Repeli-me. Mal reconheci o quarto desconhecido ou Alfonso em minha frente. Meu corpo suava e minhas mãos começavam a tremer. Precisava me acalmar.
— Porque está aqui?
— Você se lembra do que aconteceu ontem? Lembra de mim?
Como poderia esquecer seus olhos? Seria impossível. Apenas assenti sentindo uma vontade avassaladora de abraçá-lo. Como era possível aquele desconhecido me trazer tanta segurança em tão pouco tempo?
— Você está suando – disse ele tocando meu rosto me obrigando a fechar os olhos – por favor me deixe chamar um medico.
Seu tom era preocupado. Porque motivo ele estaria preocupado? Neguei com a cabeça.
— Preciso de um banho apenas. Se puder usar seu banheiro prometo que em seguida vou embora.
— Fique o tempo que precisar – disse ele sorrindo. Apesar disso estava decepcionado – o banheiro é ali – disse apontando a suíte – arranjarei roupas pra você.
Alfonso levantou-se. Sua calça preta solta tracejando suas pernas fortes e a blusa larga escondendo os músculos. Algo naquele homem me atraia poderosamente. Seu jeito terno e calmo e seu corpo atlético. Mas o que me intrigava era sua preocupação com uma desconhecida. Não tinha lógica.
— Obrigado – sussurrei.
Esperei que ele saísse pra procurar minhas botas. Achei-as postadas em um canto alinhadas. Perguntei-me se Afonso observara a mim dormindo, a julgar ter acordado com ele ao meu lado. Observando-me, perfurando-me com seus sedutores olhos verdes. Revirei o fundo falso do calçado e tirei um pacote de droga. Necessitava aquilo pra aquietar-me. Fui ao banheiro e tranquei a porta. Despi minhas roupas e liguei o chuveiro reparando no amplo banheiro com hidromassagem. Fui ao espelho e olhei minha imagem assustadora no espelho. Meus olhos azuis tinham um contorno escuro e meu rosto parecia borrado. Reparei que estava suja em alguns pontos e com marcas roxas por todo corpo. Espalhei uma quantidade mínima do pó sobre a pia de granito escuro e suguei-o. Senti-me aliviada. Respirei fundo acomodando meu corpo a sensação de tranqüilidade e ao mesmo tempo agitação. Dirige-me ao box e decai sobre a agua quente do chuveiro. Tentei não pensar em nada abraçando meu próprio colo para sentir o conforto que eu não tinha. Depois de um bom tempo tirando o lixo que eu parecia, sai enrolada em uma toalha que encontrei no banheiro. Meus cabelos pendiam soltando algumas gotas pelo chão. Encontrei roupas femininas sobre a cama já arrumada. Por mais simples que pareciam eram a coisa mais sofisticada que eu jamais pudera ter. Vesti-as rapidamente tentando secar meu cabelo em seguida. Penteei-os sentindo-me melhor do que na noite anterior. Calcei minhas botas tomando o cuidado de manter meu esconderijo. Logo em seguida alguém bateu a porta. Para a minha surpresa quem entrou não foi Alfonso.
— Posso entrar? – disse a voz meiga da moça.
Assenti. Caminhou até mim como se dançasse, voando pelo chão. A morena de olhos castanhos e rosto delineado demonstravam simpatia com seu sorriso de dentes perfeitos.
— Sou Maite – disse ela – Eu trouxe essas roupas. Eram minhas, vejo que caiu muito bem em você.
— Obrigado.
— Então como está Anahí? Alfonso me disse que você precisava de um medico – disse ela animada – mas ele é exagerado às vezes. Se preocupa demais, sempre foi assim depois que nossos pais morreram. O que eu quero dizer e que talvez uma maquiagem resolva.
Reparei que seu sorriso enfraqueceu ao falar dos pais. Lembrei de minha mãe e segurei o choro entalado na garganta. Maite era simpática e parecia compartilhar a mesma idade que eu. Era sofisticada e bem educada. Tudo que eu não era.
— Não se preocupe comigo, já estava de saída.
Voltei-me para apanhar minhas roupas que dobrei sobre a cama e ia passando por Maite quando Alfonso entrou pelo quarto.
— Você não vai ainda – disse ele parando-me – vejo que já conheceu minha irmã. Pedi para que trouxesse essas roupas. Ficaram ótimas em você
Essa historia de me tratarem como uma sem teto e digna de pena estava começando a me deixar furiosa. Se tinha algo de que não precisava era pena.
— Eu preciso ir...
— Não precisa – cortou-me Alfonso – preparei um café reforçado. Afinal hoje é sábado, a não ser que você tenha algo pra fazer ficara para tomar café comigo.
— Sua irmã fará essa gentileza – disse irônica – Ela deve estar acostumada.
Manteve-se um silencio enquanto Maite me olhava um pouco espanada. Afonso manteve sua postura calma.
— Bom eu tenho que ir – disse Maite com um olhar ao irmão.
— Boa viajem – disse ele abraçando-a depositando um beijo em sua testa – mande noticias.
Observei a cena afetuosa com repulsa. Pareciam tão felizes em seus mundinhos que me deu vontade de vomitar.
— Prazer Anahí, espero que nos vemos de novo – disse ela e saiu.
Antes que pudesse dizer que nunca mais nos veríamos. Era hora de eu sair também. Caminhei até a porta do quarto e Alfonso barrou-me novamente.
— Não pense em sair – disse enquanto bloqueava a porta.
— Só quero ir pra casa!
— Você me disse que não tinha pra onde ir ontem.
— Isso não é da sua conta – disse exaltada.
— Agora é sim – disse ele.
Fiquei pasma. O que ele tinha a ver comigo? Dois mundos diferentes completamente distantes. O que ele queria de mim?
— Não vejo um por que para isso!
Afonso observou-me com cuidado parecendo perdido em pensamentos. Minhas mãos pousaram contra seu peito sentindo os músculos sobre a blusa larga. Empurrei-o para afastá-lo da porta para poder passar. Minhas forças eram nulas contra ele.
— Seus olhos são lindos durante o dia – disse ele cortando qualquer assunto anterior.
— Me deixa passar – esbravejei ignorando-o.
— Você está tão fraca que nem consegue me tirar da sua frente, quem dirá que consiga atravessar a rua sem ser atropelada. – bufei com raiva – Prometo te deixar sair assim que tomar um café comigo. Depois disso te dou uma carona pra onde quiser.
— Eu só quero ir ok? Você já pagou seu pecado de culpa.
— Não vejo como um pecado ter atropelado você. Talvez tenha sido ótimo aliás.
— Bom para sua consciência gostar de atropelar as pessoas, agora me deixa sair.
Alfonso não se mexeu. Observou-me mais profundamente. Sabia que era a ultima pessoa a poder falar de consciência sendo que a minha estava mais que pesada.
— Não gosto, apenas conheci você.
— Se você me conhecesse realmente não olharia nunca mais pra mim.
— O que quer que me esconda, não me afastaria de você.
A revelação foi um estado de paralisia. Olhei-o sem entender, me confundia, meus pensamentos rodeavam e via uma linha de interesse em seus olhos. Fiquei em silencio achando melhor não responde-lo.
— Vamos tomar um café agora.
Alfonso estendeu sua mão em busca da minha. Com a outra tirou as roupas de minha mão e colocou em uma cômoda próxima. Levou-me pelos espaçosos corredores do apartamento até a cozinha. Reparei em todos os cômodos vastos e mobiliados com os melhores moveis. Era um apartamento dos sonhos, como uma casa do mais puro luxo. Tudo o que eu não tinha. Na cozinha articulada a sala de jantar deparei-me com uma mesa cheia de coisas.
— Aqui tem comida pra dez pessoas – comentei.
— Me considere sendo nove então – disse sorrindo.
Alfonso tinha senso de humor. Reparei-o puxando uma cadeira pra mim, esperando que eu me sentasse nela. Aproximei-me devagar e ocupei o lugar, logo ele sentou-se na ponta da mesa. Fiquei constrangida com tanta coisa em minha frente, e apesar do cansaço não tinha muita fome. Saciei minha fome com um bom copo de suco e alguns aperitivos. Fizemos o desjejum em silencio. Alfonso me lançava olhares e sorrisos a todo instante e parecia não se importar com minha presença, sentia-me como se sempre estivesse ali.
— Vejo que já terminou – disse ele terminando o 2º copo de suco. Levantou-se me fazendo imita-lo – Agora vamos conversar!
Alfonso usou toda sua força e como na noite anterior me pegou em seus braços.
— Hey me solta! – bufei com raiva.
Ele não disse nada. Tentei espernear, mas não adiantou.
— Me põe no chão! – quase berrei.
Parecia que ele não estava me escutando e muito menos sentindo meus esforços contra ele. Comecei socar seu peito, mas não ouve nem um suspiro de que ele estivesse sentindo. Chegamos até a sala e ele caiu no sofá me deixando em seu colo.
— Você vai me soltar?
Seus braços envolveram os meus segurando-me a ele. Sem escapatória.
— Fique calma.
— Você acha que pode ir me agarrando desse jeito a todo tempo?
— Ontem a noite você mal consegui andar...
— Pois hoje eu consigo andar...
— Se te soltar você vai fugir.
— Como adivinhou? – disse irônica – poderia facilitar as coisas me soltando.
— Pra mim não facilitaria – insistiu em me prender em seu corpo.
Tentei mover as mãos, mas a oscilação era inútil. Forcei as pernas no sofá me debatendo enquanto ele tentava conter-me. Acabei deslizando os quadris e caindo sentada no sofá, mas minhas pernas ainda estavam sobre ele e meus braços seguros em suas mãos.
— Me solta! – falei entre dentes.
— Só quero conversar
— Não temos nada que conversar...
— Quem é Juan ?
Fodeo pra Anahí agora O_O
A partir daqui as emoções vão começar =)
Autor(a): JL
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4049
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kahportilhaherrera Postado em 30/06/2017 - 23:15:50
Alguém sabe que capítulo a Anahi tem aquela crise no banheiro?? É minha cena preferida e queria ler de novo e não acho , alguem me ajuda??
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mari_5768 Postado em 29/02/2016 - 22:35:23
Simplesmente amei a fic. Meu deus mistura tantas situações que te fazem querer ler mais e mais
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franmarmentini♥♥ Postado em 21/06/2015 - 13:14:10
Olaaaa vou começar a ler.
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_thainaoliveiraaya Postado em 06/05/2014 - 15:57:01
Cheguei tarde ? Muito tarde ! Mas não me empediiu de amar essa história , foi incrível do começo ao fim !
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belle_doll Postado em 20/06/2013 - 11:19:12
Pqp... É a melhor web do Brasil!!! Aceito uma mini 2T Amiga! Imaginei os dois com o filho num campo florido e tal kkkk
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reneviana Postado em 07/08/2012 - 18:15:47
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Que linda *-*. Amei, amei e amei!
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:43
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:42
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...
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k2323 Postado em 06/08/2012 - 14:58:41
ah! Que pena que acabou... Não fica tanto tempo sem postar se não vou morrer. Estava sentindo sua falta e quando você entra deixa um recado desse???/ Tudo bem, eu espero... Fazer o que né? Rs :( Pena que acabou...