Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 35 – Das Avessas

O ar fresco da noite alcançou-me, incisivamente cruzei os braços sobre o colo para afastar o frio. O céu era uma pintura realista rodeado de estrelas, tão imenso ao redor da lua. Nunca me dera conta de como aquilo poderia trazer-me a imagem de tranqüilidade. Senti os passos de Alfonso às minhas costas enquanto o vento se encarregava de trazer seu perfume. Tudo perfeito. Inspirei-o profundamente ao mesmo momento que ele colocou-se atrás de mim e envolveu vagarosamente seus braços em minha barriga puxando-me calmamente até que seu peito fosse o apoio em minhas costas. Senti seus músculos, seu calor e a doçura no ato. Abracei-me a ele daquela maneira, tão simples e tão afetuosamente significativa ao mesmo tempo.  Percebo o que ele me falara sobre “seu corpo delineado perfeitamente pra mim”, era exatamente isso que acontecia agora, o encaixe de seu tórax ao meu dorso impecavelmente encaixado. Aproveitei a sensação de tê-lo junto, imaginando beijá-lo novamente.

            — Daria tudo por seus pensamentos! – disse ele ao meu ouvido.

Sorri encolhendo os ombros apreciando sua voz arrepiar-me o pescoço.

            — Eles não valem tanto assim!

            — Seria clichê se eu dissesse que pra mim valem?

Inclinei a cabeça e apoiei-a em seu ombro, contemplei seu rosto a mirar-me com um sorriso maroto nos lábios.

            — Se quer tanto saber... – sorri timidamente – Pensei como seria beijá-lo agora!

Parecia estar num sonho em que não conseguia segurar os pensamentos em minha mente, exatamente onde eles deveria ficar. Por algum motivo eles explodiam quando Alfonso estava por perto, não conseguia detê-los.

            — Eu quero que me beije também! – confessou ele – É pecado? – brincou.

            — Não... É desejo!

Seu olhar me derrubou transparecendo volúpia. Tão vivo. No instante seguinte o rosto de Alfonso aproximou-se perigosamente do meu. Seu hálito soprou plácido batendo em minha boca enquanto seus olhos fecharam-se lentamente. Contemplei absorta seu rosto expressamente belo deleitando-me com os traços vigorosos. Alcancei seus lábios. Era como um imã que me atraia sem aviso prévio. Toquei-os levemente apenas provocando o encontro, arrastando-os pausadamente sobre a superfície úmida e macia que teve o poder de acender uma onda de calor por todo meu corpo. Apertei seus braços a minha volta levando os dedos de um lado a outro sobre os pelos macios, cada detalhe abria-me algo desesperador. E a cada segundo, a cada gesto aquilo aumentava. Deslizei um braço contra-verso até seu pescoço, toquei-lhe a bochecha até alcançar seus cabelos. Apertei-os com força mantendo sua cabeça alinhada com a minha, ao meu jus poder. Um beijo como aquele poderia ser algo de cinema, mas com Alfonso era real, merecedor de um Oscar. Precioso, intenso chegando a ser irreal estar vivenciando aquilo. Afastei o rosto alguns milímetros do dele querendo fazer e aproveitar tudo sem pressa. Arrastei meu nariz sobre o seu apreciando aquela caricia e alcancei-lhe os lábios novamente. Mordisquei-os puxando-os de encontro ao meu, mantendo a parte inferior no centro da boca e chupando-lhe sem pudor a textura flexível com aroma de vinho. Precisava abafar a necessidade de senti-lo, de querer sempre mais e mais que crescia dentro de mim. Era plasmático como meu corpo reagia com movimentos e caricias leves. As mãos de Alfonso pareciam sofrer do mesmo mal, apertaram-se sobre a cintura e traziam-me a seu encontro desenhando uma estrutura perfeita dos nossos corpos. A vontade de seus dedos em meu abdômen formigava-me a pele. Investi no beijo, dando-lhe inicio. Minha língua buscou a dele intercalando a sua em movimentos palpáveis. À medida que aquilo ficava mais intenso queria-o de outra maneira. Oh o que era aquilo? Apertei-lhe os cabelos sentindo o controle escapar-se, nossas cabeças moviam-se cada vez mais sincronizadas e apressadas facilitando o dançar das línguas. Poncho sabia colocar-me a sua mercê, provocou-me com as mãos passeando-as por cima da blusa até que seus dedos encontraram minha pele. O contato queimou, alterou meus sentidos. O toque sensual foi crescendo, foi absorvendo minha atenção tanto que o beijo criava falhas em que nossos lábios apenas encostavam-se e a respiração falhava. O que eu estava fazendo? Por deus estava prestes a me entregar novamente e era tão fácil fazer aquilo, era tão tentador...

            — Poncho! – cortei o beijo afastando-me dele ofegante.