Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Apoiei-me na sacada buscando o equilíbrio que suas mãos antes me davam. Minhas pernas tremiam meu coração palpitava forte e senti falta do seu calor, da caricia tão prazerosa. O que diabos estava acontecendo comigo? O que era essa sensação reconfortante em meu peito que me punha tão entregue e que parecia crescer a cada mortal segundo? Tinha medo disso, medo do que aquilo poderia causar-me, sentia-me louca e apreciável ao mesmo tempo. Por Deus era assustador!

            — Annie não fiz por mal...

            — Não foi você Poncho! Sou eu! – respirei fundo buscando a calma.

Ele pôs-se ao meu lado irradiando seu perfume tão atraente. Aquilo não me ajudava a pensar apenas a sentir tudo mais forte. Fora assim quando dormimos juntos, é assim quando nos beijamos ou quando sinto sua presença, tudo flui de uma maneira que foge do meu controle.

            — O que houve? – perguntou-me serio.

Obviamente ele perguntaria e se eu queria entender o que se passava o primeiro passo seria abrindo-me.

            — É tudo estranho pra mim... Eu não sei o que está havendo Poncho! – olhei-o confusa.

Estranhamente um sorriso correu por seus lábios. Desviei seu olhar buscando olhar o emaranhado de estrelas envoltos da lua. A noite estava perfeita, Poncho fora perfeito em ouvir cada parte da minha historia aceitando-me dessa maneira, e eu... E eu estrago tudo como sempre confusa com meus próprios sentimentos.

            — Você tem medo do que possa estar sentindo? – perguntou-me afável.

Impressionante como ele seguia minha linha de raciocínio. Assenti incapaz de dizer algo a mais. Poncho buscou minha mão e levou até seus lábios depositando um beijo demorado por ali.

            — É tão estranho e ao mesmo tempo tão bom... – confessei sentindo a confusão em meu próprio pensamento – Foge do meu controle!

            — Deixa que escape, que flua... – lançou-me um sorriso – ...só assim você vai descobrir o que é!

Aquilo me soou como uma afirmação. Confundiu-me ainda mais como se ele se desse conta do que passava e eu não. Ingênua Anahí, muito.

            — Vamos entrar...vem – puxou-me pela mão.

Agradeci-o por isso. Era uma maneira de amenizar a situação tão confusa em minha mente. Acompanhei-o até a sala, seguimos ao sofá onde nos sentamos. Lembrei-me do primeiro beijo que trocamos naquele mesmo lugar, tão intenso ao primeiro toque.

            — Não acha que está tarde? – perguntei criando um assunto.

Um que desviasse o foco eu e minha confusão.

            — Amanhã é sábado, acho que não há problema! – sorriu aproximando-se de mim.

Por instinto aproximei-me mais também. Levei as pernas pra cima do sofá dobrando-as e ficando frente a ele. Sempre perto.

            — Me diga o que você está pensando agora! – instiguei pelo modo como me olhava.

Ele sorriu, quase um riso. Tocou meu rosto por um breve momento e deixou a mão cair em seu colo.

            — O quanto é bom estar aqui e o quanto você é linda é claro!

            — Bobo! – sorri acompanhando-o.

            — Na verdade eu tinha em mente outra coisa...

Olhei-o. Seus olhos pareciam sorrir pra mim.

            — O que?