Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 6 – Perguntas sem Respostas

            — Quem é Juan Anahí? – Alfonso repetiu a pergunta.

Aparentemente fiquei em estado de choque assimilando o que ele havia me perguntado é se realmente havia perguntado.

            — Não sei de quem você está falando.

Meu tom era nervoso é rápido e minha voz saiu grogue. O mais burro poderia ver que estava mentindo.

            — Se não sabe por que fala seu nome enquanto dorme?

Meus olhos arregalaram-se. Olhei-o atônita deixando minha boca suspensa pensando no que falar. Percebi que Alfonso soltara meus braços. Apoiei-os sobre meu próprio colo e não ousei me mexer incapaz de poder sustentar minhas pernas tamanho o choque.

            — Você me olhou dormir? – perguntei baixo.

Ele assentiu.

            — Fiquei preocupado, entenda.

Talvez fosse uma desculpa. Teria todos os motivos pra culpá-lo por isso, gritar, espernear, mas ao contrário de tudo isso me senti protegida.

            — Quem é Juan Anahí? – insistiu ele pela terceira vez.

Desviei meu olhar e mirei o chão. O calor de toda uma culpa voltara a minha mente. Podia sentir minha mão tremer ao disparar o tiro, podia reviver o olhar de Juan e a frieza do “Mentor”. Mexi-me rapidamente e sentei-me no sofá enterrando a cabeça em minhas mãos. Alfonso não me impedira e nem ao menos forçou alguma palavra.

            — Isso não é da sua conta suponho. – ouvi-me dizendo a ele.

            — É se eu disser que for?

            — Você estará mentindo.

            — Será que é tão obvio assim? – perguntou-me descontraído.

Olhei-o sem entender fixando seus intenso olhar. Engraçado como seus olhos pareciam imãs que atraiam os meus. Parecia uma busca desesperada olha-lo e quando alcançava a imensidão de seu olhar decaia em um abismo hipnotizante pra nunca mais sair.

            — Juan é o causar de suas marcas? Das suas olheiras e da sua...angustia?

            — Juan é um nada! – respondi instantaneamente em um tom acima do normal.

Dei-me conta do quanto àquela conversa havia tomado o rumo errado. De como tocar no nome de Juan me dava raiva e angustia que próprio Alfonso podia ver em mim. Levantei-me acompanhada por ele.

            — O que ele te fez Anahí? Ele te bate é isso? Você estava fugindo dele quando eu te atropelei?

            — Não insista, me deixa ir.

Lutei contra as lagrimas decidida a não chorar. Tentei alcançar o elevador que permitiria a saída do prédio, mas Alfonso parou em minha frente segurando-me novamente.

            — Por favor, eu só quero te ajudar. – disse ele segurando meu rosto entre as mãos obrigando-me a olhá-lo.

            — Eu-não-preciso-de-ajuda! – disse entre dentes sentindo meus olhos marejarem.

Depois de uma pausa silenciosa e o olhar profundo de Alfonso sobre mim, inesperadamente ele me tomou em seus braços abraçando-me. Relutei a principio tentando empurrá-lo, mas seus braços fortes não cederam envolvendo-me ainda mais me deixando sem escapatória. Senti seu peito acalorado esmagar-me e suas mãos acariciarem minhas costas, acabei desistindo de lutar caindo na tentação de seus braços convidativos. Minhas mãos ficaram espalmadas em seu peito e minha cabeça ocupou um lugar perfeito em seu pescoço sentindo seu aroma natural. Mais uma vez senti-me segura e protegida querendo permanecer ali o resto de meus dias, esquecendo o que me esperava lá fora. Seu carinho em meus cabelos era reconfortante e por mais que me ponha a pensar não entendia o porquê de ele estar fazendo isso.

            — Tenho raiva desse Juan sem mesmo conhece-lo por fazer mal a você. – disse Alfonso voltando a segurar meu rosto, continuei com as mãos em seu peito decifrando seus olhos – Só um canalha da pior espécie poderia marcar uma mulher.

            — Porque você se preocupa tanto? – soltei a pergunta que tanto me intrigava.

Alfonso levou-me novamente ao sofá e sentou diante de mim. Nossos olhos eram uma corrente elétrica que não se desgrudava e tampouco um de nos queria fazê-lo.

            — Seus olhos trazem algo que não posso suportar – disse ele tocando as profundas olheiras que meu rosto trazia – você sofre por algo que não quer me dizer, vi isso no momento que a vi estirada no chão. Quero te ajudar Anahí, é algo mais forte que eu, um brilho escondido em seus olhos que me fazem querer protegê-la.

            — Você está enganado – disse afastando sua mãos do meu rosto – não preciso de mais ninguém pra sentir pena!

Alfonso fez uma pausa maneando a cabeça negativamente. Olhou-me mais profundamente do que seria possível, parecendo ignorar minhas palavras quando continuou:        

            — Ouvi você soluçar enquanto dormia, você não tem idéia do quanto apertou meu coração vê-la chamar por sua mãe, vê-la tremer sem motivo e sussurrar com desespero por esse Juan.

            — Não isso não é verdade! – balancei minha cabeça tentando provar que aquilo era mentira – você nunca entenderia!

Não podia ser frágil, sabia que aquilo era verdade por dizer os pesadelos horríveis que tive a noite toda. Revivendo tudo de ruim que há em minha vida.

            — Me explique, me faça entender...me deixa te ajudar!

Sua voz foi quase um sussurro. Fechei meus olhos cortando a ligação com ele. Aquilo só tornava as coisas piores.

            — Não entendo porque faz isso...

Abri meus olhos e percebi que Afonso tinha se aproximado. Seus olhos miravam meus lábios e voltavam de encontro ao meu olhar.

            — Você é linda Anahí – disse ele.

Não raciocinei mais nada e nem me perguntei por que ele mudara o assunto falando aquilo. Apenas deixei que sua respiração se entrelaçasse a minha e seus lábios tocassem o meu. Fechei meus olhos sentindo o calor da boca macia e saborosa movendo-se contra a minha. Nem por um segundo relutei em deixá-lo beijar-me. Abri meus lábios e convidei sua língua a tocar a minha. Um encontro que provocou correntes elétricas por meu corpo, eriçando os pelos da nuca e ativando algo desconhecido em meus sentidos. Alfonso era calmo e cuidadoso, nada comparado os meus 24 anos de vida tinha sido tão gentil. Suas mãos apertavam minha cintura me trazendo ao seu colo, me vi tocando seu rosto indo até seus cabelos e agarrando-os com força. Sua barba por fazer arrastava-se em meus lábios arrancando arrepios constantes. Grudei meu corpo no seu sentindo-o aprofundar o beijo, experimentando sua língua dançar com a minha e seus lábios pressionarem os meus com desejo. Mordi seu lábio inferior buscando o ar. Chupei o mesmo lugar repedidas vezes, sugando seu gosto. Sentindo seus lábios carnudos e bem desenhados nos meus. Abri meus olhos encontrando quase imediatamente o seu. Deparei-me com um conflito interno do que acabara de fazer. Sai de seu colo apressada afastando-me dele. Antes que ele reagisse apertei o térreo do elevador e me enfiei dentro.

            — Anahí espera...

            — Fique longe de mim! – quase gritei.

Alfonso parou a alguns passos lançando-me um ultimo olhar penetrante. Quando as portas se fecharam e sua imagem virou uma lembrança em minha mente, desabei em lagrimas.

Meninas essa semana tenho vestibular...tenho que estudar. Se ficarem sem capitulo já sabem porque =)