Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Addictive Life

Capitulo 37 – A Sua Mercê

Anahí se levantou, observei-a caminhar apressada em direção a droga. Analisei tudo de um canto como fizera durante algumas horas, desde que eu comprara um novo terno até Christopher aparecer e provocá-la. Maldito seja, iria me pagar por aquilo, mas agora não era o momento. Anahí estava prestes a cair em sua armadilha, não poderia deixar. Aquilo doía demais pra ser ver visto novamente. Vi-a seguir até o banco onde seu objetivo escondia-se. Seu rosto estava tenso e suas mãos fechavam-se em punho. Ela não queria, ela detinha-se por conta própria, mas sabia que era difícil ignorar aquilo. Esperei-a e surpreendi-me quando seguiu até o banheiro posto exatamente atrás do banco. Meu interior sorriu, mas não era uma vitoria. Andei alguns passos e alcancei Maite com seu acompanhante.

            — Poncho! – ela sorriu ao ver-me. – Que bom que veio!

Simulei um sorriso a ela. Maite não sabia das condições de Anahí e não cabia a mim contar. Disfarcei a vista olhando o tempo todo o momento em que Anahí saísse, um deslize e ela poderia escapar.

            — Vim buscar Anahí... – disse convicto – Espero que você não se importe de voltar sozinha, vejo que está em boa companhia!

            — Christian Chavez... – levantou-se estendendo a mão – Posso levá-la.

Lancei-lhe um olhar firme e assenti em seguida. Foi o momento que vi Anahí sair do banheiro. Despedi-me rapidamente dos dois e voltei minha atenção a ela. Estava pálida e conturbada, olhava para os dois lados como se analisasse as pessoas. Ela iria atrás da droga tinha certeza. Vi-a caminhar lentamente até o banco e sentar-se nele. Olhou os próprios joelhos apertando as mãos impaciente, oh sabia que ela tentava resistir! Vê-la a mercê daquilo corrompeu-me o corpo. Aquilo não deveria mais acontecer, não com ela. Fazia-a tão mal, fazia-me mal. Ela não percebeu que eu estava a sua frente, não percebeu mais ninguém ao seu redor, somente a droga, a maldita droga! Ela fez o que esperava que fizesse, esticou a mão rapidamente e pegou o conteúdo no chão. Merda! Era cruel o que aquele ato fez comigo. Subiu-me a raiva, o desespero. O que faria para acabar com aquilo? Não era fácil, não bastava apenas tê-la perto de mim. Não poderia controlá-la o tempo todo. Aproximei-me dela observando-a apertar o objeto em suas mãos. Estava perdendo o controle em um surto evidente, precisava tirá-la dali, arrancar o que guardava tão fortemente no entre a mão. Sentei-me ao seu lado sobressaltando-a. Seu olhar bateu com o meu, vi o desespero em seus olhos, encheu-me de dor ver aquilo tão exposto.

            — Vamos sair daqui! – falei rispidamente .

            — Poncho! – soou não mais que um sussurro.

Senti a debilidade de raciocinar em sua voz. Envolvi seus ombros com as mãos e levantei-nos. Não esperei que ela dissesse algo a mais. Segui andando rápido a caminho do estacionamento. Abracei-a de lado e senti-a tremer descontroladamente.

            — Poncho! – chamou-me.

            — Não diga nada!

            — Por favor me perdoa!

Entrei rapidamente no primeiro elevador que encontrei a frente. No momento que as portas fecharam-se obriguei Anahí olhar-me.

            — Abra sua mão! – pedi.

Seus olhos apresentaram sua reluta. Tentei imaginar o que ela sentia, o que estava pensando. Seu rosto estava tenso prestes a explodir de angustia.

            — Poncho... – maneou a cabeça.

            — Me dê Anahí! – falei firme sacudindo-a pelos ombros.

Esperava que aquilo a tirasse da ilusão, do surto que passava. Olhei-a nos olhos, abaixei-me a sua altura pra que visse que só queria ajudá-la. A íris azulada enchia-se de medo, sentia-a frágil prestes a desabar.

            — Por favor! – pedi calmo alisando-lhe as bochechas.

Seus olhos fecharam-se e instantaneamente lagrimas escaparam-lhe os olhos. Lentamente ela levantou a mão e abriu-a. O pacote com o pó branco reluziu nas luzes do elevador, tirei-os colocando-os rapidamente no bolso do jeans e abracei-a em seguida. No instante seguinte o elevador abriu-se. Mantive Anahí colada a mim e caminhamos abraçados até o carro. Seu choro era silencioso, sofredor. Nada do que eu falasse agora resolveria para abafar o que ela sentia. Disparei o alarme do carro e coloquei-a no carona. Seus olhos mantiveram-se fechados e suas mãos abraçaram-me prontamente. Deixei que seu rosto afundasse em meu peito enquanto alisava-os os cabelos. Seus braços envolveram-me as costas mantendo-me junto a sim.