Fanfic: Addictive Life - AyA [Finalizada]

Não demorou muito pra vermos Poncho e Chris avançarem até nos. Apenas olhei os olhos intensos e sérios sem dizer nenhuma palavra. Queria saber o que ele tinha com Chris, porque o mistério e a frieza em suas ultimas palavras.

            — Já vamos Mai! – Poncho anunciou.

            — Que? Ainda é cedo! – reclamou.

            — Fique se quiser... Christian pode levá-la! – olhou-o e ele assentiu.

            — O que está acontecendo? – perguntei olhando de um pra outro.

            — Eu faço a mesma pergunta! – Maite apoiou as mãos na cintura.

            — Apenas combinei com Alfonso que queria levá-la Mai! – explicou ele – Com as melhores intenções garanto!

Sabia que aquilo era mentira, Alfonso estava estranho desde que pegou o celular e além do mais Christian não conseguia disfarçar sua impaciência.

            — Sendo assim concordo! – sorriu quase radiante.

            — Foi um prazer Christian! – Alfonso estendeu sua mão a dele despedindo-se – Nos vemos por ai!

Ele acenou com a cabeça e aproximou-se de mim dando-me um abraço apertado, fora reconfortante. O que estava acontecendo?

            — Te adoro Pollita! – sussurrou ele em meu ouvido quando voltou a me olhar.

            — Eu também Chris!

Despedi-me de Maite e eles se enfurnaram na pista novamente. Não tinha consciência se ficariam ali ou se sairiam pra outro lugar. Esqueci-me de tudo quando Alfonso delicadamente segurou minha mão levando-me até a saída. Não quis olhá-lo e tão pouco ele o fez. Não trocamos palavras tornando aquele o momento mais frio que tivera ao seu lado. No saguão ele pediu o carro. Tivemos que esperar e o frio batia-me gelando o corpo inteiro. Cruzei os braços sobre o colo incisivamente atiçando o olhar de Alfonso. Rapidamente ele tirou seu paletó e jogou sobre meus ombros aquecendo-me com seu cheiro e seu calor.

            — Obrigada! – sussurrei.

O carro chegou, passamos pelo mesmo tapete vermelho de entrada ainda lotado de pessoas, os flashes foram tão intensos como na ida. Alfonso acompanhou-me até o carro, abriu minha porta e deu a volta rapidamente até seu lugar. Partiu acelerado e manteve o olhar a todo instante na estrada. Foi quando seu celular tocou novamente. Alto e claro no silencio do carro. Ele estacionou no acostamento e manteve as mãos paradas no volante deixando o toque penetrar nossos ouvidos. Tirou o celular do bolso e respirou fundo.

            — Quero que atenda Annie! – disse ele estendendo-me o aparelho.

Fiquei confusa, conturbada. O que aquilo significava? Tinha a impressão que estava prestes a descobrir algo que não estava preparada. Mais a curiosidade era maior, muito maior. Peguei o aparelho e fiquei observando o marcador dizer “Chamada Privada”. Apertei “atender” e levei o celular ao meu ouvido.

            — Alfonso? – a voz rouca e baixa soou – Alfonso?

O que significava aquilo? Porque a voz feminina parecia intrigar-me como havia feito com um simples nome? Não era jovem, parecia cansada, exausta.

            — Quem é você? – perguntei reparando o espanto em minha voz.

O silencio foi momentâneo. A ligação caiu.  Talvez eu já esperasse por isso. Quem quer que seja esperava falar com Alfonso e não comigo. Larguei o celular e me senti uma idiota. Sai do carro com raiva.

            — Anahí entre no carro! – seguiu os passos que eu dei pra longe do carro.

            — Que tipo de brincadeira é essa? – virei pra ele elevando a voz – Quem era aquela mulher Alfonso?

            — Você me perguntou o que estava acontecendo, eu te respondi! – exclamou.

            — Dessa forma? Qual a resposta que você me deu? Mais duvidas? – intriguei-me.

            — Te dei a verdade Anahí... – falou mirando o chão – Foi à verdade! – completou mais para si mesmo.

            — Que verdade Alfonso? Quem era aquela mulher?

            — Não posso te falar mais do que o telefonema! – suspirou – Preciso retornar a ligação... Enquanto isso pense Anahí!