Fanfic: A Esposa do Papai - vondy

A Esposa do Papai - Vondy 

(Capítulo 7)

( Cinco dias depois.. )

— Como é que é? — perguntou espantada num grito só agudo, minha melhor amiga e confidente, Anahí Portilla. — Você está apaixonada pelo seu enteado? — seus olhos azuis e meio esverdeados se tornaram grandes, suspirei, tampando sua boca. 

— Não grite! — fiz uma pausa, para suspirar. — Bom, não digo apaixonada, porque é cedo demais para pensar nisso, mas.. creio que uma sensação estranha, sabe Annie? — perguntei e ela deu um sinal positivo com a cabeça. — Então.. é muito estranho quando estou com ele, ou perto dele, eu sinto algo no meu estômago revirar, um arrepio, uma felicidade oculta por dentro de mim. — respirei fundo, enquanto atentamente, Anahí me ouvia calada. — Eu não sei explicar direito. É tudo confuso demais para mim.

— Bom. Você nunca se apaixonou certo? — assenti positivo. — Então. Para pessoas como você, essas sensações estranhas são de paixão, e uma das grandes, aquelas que não somem do coração por nada na face da terra! — ela disse num tom de Acredite logo, você está completamente apaixonada por seu enteado!

— Annie. Você não entende. Eu nunca senti isso por alguém antes!

— Certo. E o que mais pode ser do que uma louca paixão por aquele cavalheiro de vinte e cinco anos para mais? — perguntou ela sorrindo sapeca. Peguei o copo de vidro com desenhos em dourado e bebi um gole da água de coco gelada que havia ali.

— Não sei! Só sei que não posso estar apaixonada por ele! É como querer entrar numa jaula de leões famintos cercada por carne fresca. É muito arriscado!

— Arriscado é você querer desfilar sobre uma coméia de abelhas com mel por todo o corpo! Isso sim é arriscado, então não se faça de estúpida e dê um jeito de descobrir seus verdadeiros sentimentos em relação à ele! — disse ela bebendo sua água de coco, com um canudo preto e longo, me olhando censurada. Apenas revirei os olhos, e fiquei em silêncio, mas depois algo importante me fez dizer novamente palavras e mais palavras. 

— Quer saber? Você tem razão, amiga! Se estou com essa dúvida cruel, preciso apenas tirá-la em branco, e então saberei o que realmente sinto por ele. 

Foi incrível dizer aquilo na maior naturalidade. Como eu poderia dizer aquelas palavras fortes tão natural, como se fossem apenas palavras normais, ao vento e mais nada. Pisquei, chocada comigo mesma, e surpresa, eu não sabia o que sentia, mas estava estranha, quase enlouquecendo. E ele ainda não havia aparecido!

— Mantenha a calma, Candy! Ele chegará à tempo de vocês poderem conversar! — disse ela como se estivesse lendo meus pensamentos. A mirei, surpresa, depois sorri.

— Não sei nem o que te falar! — comentei.

— Então não diga nada, apenas aproveite à sua água, querida amiga. E se prepare que se não me engano, — olhou no relógio de pulso rosa bebê e branco, de couro. — Seu marido e o filho dele chegarão em exatamente dez minutos!

— Ah, maravilha! — comentei irônica. — Porque não me diz também os segundos? — minha ironia foi forte, sem pensar quando fui puxar meu braço para alcançar a capa do óculos que estava usando, derrubei o copo com o resto da água no chão, o copo de quebrou em vários cacos grandes, um do mesmo tamanho que o outro e ainda um do lado do outro. — Droga! — nos levantamos. — Vou avisar à Kate para vir limpar esses cacos!

— OK! Mas ande logo, eu tenho que ir para o apartamento do Poncho!

— Argh! Poncho, e Poncho! Você só vive para ele agora, é? 

— Não! — disse ela sem se importar com nada, ajeitou os cabelos loiros e ondulados e deu ombros. — Eu só o amo muito!

— Isso não é mais amor, é vício! Você e viciou no Alfonso, Annie. Você nunca foi assim, tão apaixonada e santa assim.

— Está certo! Eu nunca fui uma excelente moça na vida, mas aprendi com meus erros do passado à aprender a amar de verdade, e hoje estou aqui, feliz com o Ponchito! — ela sorriu animada. Revirei os olhos, indo em direção à dentro de casa. Depois de chamar Kate, voltei, Anahí e eu voltamos para dentro de casa, e fomos até a sala principal.

— Prepare-se amiga, seus amores estão chegando! — me alertou sorrindo. O frio subiu sobre minha espinha(osso) e foi até a nuca, e a sensação voltou, mais forte ainda quando o vi passar sobre mim e se encostar um pouco. Franzi o cenho, enquanto Anahí me olhava surpresa. 

Depois que eu e Annie falamos com Luis nos despedimos e eu segui com ela até a porta.

— Você viu que estranho aquilo amiga? Ele.. nem me olhou. Não falou comigo, não fez nada! — omiti indignada. Anahí me deu um suspiro de expressão com calma.

— Sinto muito lhe dizer isto, mas pelo jeito ele te ignorou! 

— Ignorou-me? Ele? Mas por que ele faria isso? — perguntei chocada.

— Talvez por que ele não goste tanto assim de você! — disse ela rindo. 

— Não seja idiota, Anahí. Eu sei quando alguém sente algo à mais por mim.

— Mas não sabe quando você sente algo à mais por alguém?

— Sim! Quer dizer. Não! Não é isso, é que..

— É que nada. Vá até ele e tente conversar com ele. Talvez você descobre por que de ter sido ignorada assim. Agora tenho que ir. Beijinhos, amiga! — nos despedimos e ela se foi. Continuei parada na porta, pensando.

Fui mesmo ignorada pelo Christopher? Ah, mas isso não ficará assim! Não mesmo. — pensei, e então fechei a porta e fui com destino à uma sala onde Luis sempre que queria conversar com alguém em particular, levava-o até lá. Christopher estaria lá. Por que ouvi ele dizer à Luis que estaria naquela sala se ele precisasse conversar com ele.