Fanfic: Eu te daria tudo

~°Outubro de 2006°~


Dulce se sentiu completamente nervosa,
talvez pela proximidade tão de repente e inesperada, ou pelo fato de
Christopher ser seu grande amigo. Mas afinal, que tipo de amizade era
aquela? Durante todo o tempo que já se conheciam, poucas vezes poderia
dizer que eram amigos de verdade. Na maior parte do tempo Christopher
estava tentando convence-la de que nenhum cara com quem ela começava a
sair era bom o suficiente para ela. Ela não gostava da opinião dele, e
consequentemente, acabavam sempre brigando. As brigas começaram um
tempo depois do termino com Memo. Até então, eles poucas vezes ficavam
juntos. Era um tipo de amizade em que cada um ficava no seu canto, e
apenas dividiam seus problemas, muito raramente. Mas ela sabia que
sempre que precisasse, ele estaria ali. Agora porém, muita coisa havia
mudado. Dulce optara por não se envolver tão intensamente com mais
ninguém, pelo menos não por enquanto. O que passara com Memo já havia
sido o suficiente para mostrar-lhe que assumir um relacionamento em
público era uma coisa em que se devia pensar bem antes de faze-lo. Mas
Christopher insistia em sempre se meter em tudo o que fazia, quando
conhecia alguém, ele não gostava, mas também não falava muito. Porém,
quando Dulce dizia que se interessara por alguém em especial, ele
sempre implicava, dizia que não era bom o suficiente para ela, e no
final, acabava a convencendo de que a sua opinião era a certa. O que
estava acontecendo entre os dois afinal?



Sorriram um para o outro, mas o sorriso se desvanece, ele a
olha profundamente, ela faz o mesmo, e também o olha da mesma forma.
Aquele olhar penetrante que a hipnotizava, lhe fazia arrepiar-se
completamente. Sentia flutuando só de ter o olhar dele voltado para si.
Mirou sua boca, tão vermelhinha e carnuda, uma verdadeira tentação.
Voltou a mirar seus olhos, e percebeu que estes estavam voltados para
sua boca. Sentiu-se arrepiar-se ainda mais. Christopher então, rodeou
seus braços na cintura dela, aproximando ainda mais seus corpos. Se
perdeu no olhar de Dulce, aqueles enormes olhos castanhos lhe tiravam o
ar.
Naquele momento, nada mais lhes importava. Esqueceram-se completamente
do resto do mundo. Se esqueceram do lugar que estavam, e nem pensaram
na possibilidade de ter alguém ali que pudesse vê-los.
Já
não poderiam mais evitar a energia que os envolvia. A magia que queria
leva-los, inconsequentemente ao próximo ato, era quase incontrolável.
Suas miradas, que agora se encontravam, mostrando-os que o que haviam
tentado evitar por tanto tempo, já chegara ao ponto do inevitável. Se
puseram a privar-se daquilo que já vinha acontecendo há um tempo. Essa
atração, essa vontade de tomarem-se um ao outro, de provar ambos o
sabor daquilo que sentiam, mas não sabiam o nome. Ou talvez também
existia o medo de descobrirem o que era realmente aquilo tudo.

Naquele momento, já não poderiam pensar em mais nada. Estavam os
dois ali, sozinhos, ambos desejavam que o próximo passo fosse dado,
tanto um quanto o outro sabiam que iria acontecer uma hora ou outra,
mas o que estavam esperando? Talvez esperassem que o outro tomasse a
iniciativa. Como aquilo parecia que nunca iria acontecer, tomado pelo
desejo avassalador que sentia, Christopher tomou Dulce em seus braços,
tomando com desejo e volúpia aqueles lábios que a tanto desejara.


Foi surpreendido quando, Dulce lhe correspondeu á mesma altura.
Ele então penetrou sua língua, e Dulce liberou também a sua, para que
ambas se encontrassem e começassem a dançar. Uma dança em que os dois
iam ao mesmo ritmo, como se já estivessem acostumados a isso há tempos.
Sentiam o sabor um do outro, e parecia um sabor que já estavam
acostumados a sentir, e era um sabor que parecia ser essencial para que
os dois continuassem respirando.
Só conseguiram cessar tudo aquilo, quando já estavam completamente
ofegantes. A pior parte vinha agora. O momento pós-beijo era o mais
constrangedor. Agora deviam se olhar, e dizer alguma coisa para o
outro. Mas e a coragem que não deixava? Mas teriam que fazer, eram
amigos, sempre foram, o constrangimento agora não poderia existir,
afinal, já haviam se beijado diversas vezes nas cenas da novela. Porém,
esse beijo era com certeza, muito diferente de todos os outros.
Ucker, como sempre, tomou coragem para dizer a primeira palavra, mas quando ia faze-lo foram interrimpidos.

Annie:
Bebês!(Annie os chamou da porta do hall do hotel em que estavam... e
ela como sempre fez aquela voz de criança que todos gostavam) Já
estamos indo, vocês vão vim ou não?
Os dois, ainda constrangidos se olharam e então olharam Annie outra vez.
Ucker: Vamos sim bebê. Só estava discutindo aqui uma coisa com a Dul... já estamos indo.
Annie: Ok! Não demorem porque senão a gente sai e deixa os dois ai sozinhos.
Christian: a porta do elevador ta ali, se quiserem só disfarçar e
subir...(Christian apareceu por trás de Annie, e como de costume,
precisava tirar uma com a cara dos amigos)
Dulce: Não fala merda Christian! (Dulce tentou repreende-lo mas acabou rindo da graça do amigo)
Annie: Xiii, acho que estraguei alguma coisa aqui então é??(Annie só
agora dera conta do que possivelmente teria acontecido ali, segundos
antes de entrar. Ficou som graça com o que acabara de fazer).




Christian:
E só agora você percebe, Barbie? Olha crianças, chegando lá podem até
escolher os quartos, já que estaremos todos fora... por umas quatro
horas vocês vão poder fazer de todos os jeitos.
Dulce: Christian! (disse encabulada)




Ucker:
Já ta falando merda antes de sair, melhor não levar esse ai junto,
imagina o que ele fará quando já tiver passado do nono copo.
Annie:
Ta, vamos então, senão o Pedro chega aqui, e começa a berrar. Meus
ouvidinhos não vão agüentar aqueles gritos por mais tempo.
Christian: Eu ainda insisto... acharia melhor vocês subirem pra...
Annie puxou o amigo pelo braço e o arrastou para perto dos outros, mas ainda estavam Ucker e Dulce ali. Sozinhos outra vez.
Eles nada disseram, se miraram, e o silêncio constrangedor voltou.
Ucker: Nada inconveniente esse seu amigo, não? (os dois sorriram envergonhados)
Dulce: Besteira dele, já devíamos ta acostumados com sua palhaçadas.
Ucker: É tem razão. (ele a olhou. Dulce cficou constrangida pelo jeito que ele a olhou.)
Dulce: Então, vamos com eles ou vamos ficar aqui a noite toda olhando um pra cara do outro?
Ucker:
Bem, na verdade a idéia de ficar aqui não é tão ruim assim... mas eu
preferia fazer outra coisa além de só ficar olhando para você. (soltou
a indireta, que fez com que Dulce soltasse uma gargalhada).
Dulce: Acho que o Christian não é o único que bebeu aqui hoje!(sorriu)
Vamos então, antes que isso aqui fique ainda mais constrangedor.
Christopher
concordou e os dois foram ao encontro dos outros.Essa noite eles iriam
a uma boate. Haviam acabado de chegar ao Brasil para uma maratona de
shows em que fariam 13 apresentações em diferentes Estados do país. O
primeiro seria em Manaus. Como não teriam nada para fazer na noite em
que chegaram, ao invés de descansarem, todos concordaram em deixar a
noite para bailar. Estariam em turnê por quase um mês, então quase não
teriam tempo como esse para se distraírem.

A boate era muito bonita. Um estilo bem brasileiro, pensaram. As
pessoas pareciam se divertir muito, e não se importar com mais nada
alem daquilo ali. Jeito brasileiro de ser, dava para sentir o calor
humano ali naquele lugar. A música tocava bem alto, mas conseguiram
encontrar um lugar que lugar que desse para ficar e conversar um pouco.
Como acabaram de chegar no país, e era muito tarde, deduziram que não
tivessem muitos problemas com relação ao assédio de fãs naquele
horário, e muito menos naquele locar. Dificilmente encontrariam um
fanático ali, mas por segurança, e para se precaver, Pedro escalou
alguns seguranças e pediu-os que se espalhassem pela boate sem dar
muita pinta. Conseguiram se sentir em casa, logo assim que chegaram.
Annie: Vou gostar desse país. (Disse Annie assim que se sentaram em uma mesa)
Maite:
Não será difícil gostar daqui... olha só para as pessoas... todas são
muito lindos, o jeito deles, a maneira como se dão... olhando assim não
parece muito diferente dos outros lugares, mas quem prestar bastante
atenção, vai perceber que esse povo tem um "q" a mais, do que os outros.
Dulce: Eu já amava esse país antes mesmo de conhecer!
Poncho: Dulcita sempre gostou de ouvir musicas do Brasil, né!
Dulce: Nossa, Eu aamo! O idioma é muito bonito, sempre tivi vontade de aprender.
Pedro:
Oportunidades não irão lhe faltar agora. Depois do primeiro CD em
português, irão gravar o `Celestial` nesses dias que passarão no país.
Annie: Eu não sei falar muito bem português.(disse daquele jeitinho Anahí de falar nosso idioma... rsrsrs)



Christian: Não parece ser muito difícil, e o melhor são aquelas músicas... qual é mesmo o nome Dul?
Ucker: É funk. Essa até eu sei. (Dulce sorriu)
Dulce:
É, é funk. Me apaixonei por essa dança, mas não entendi ainda o que diz
nas letras das músicas. (*coitada, deixa ela entender pra ve se
continua gostando... rsrs*)
Maite: Definitivamente, eu não sei dançar isso!
Christian:
Eu também não, mas a gente aprende praticando. (Christian foi o
primeiro a se levantar e ir para o meio da multidão dançar).
Guido:
Ele é corajoso. Não sei se eu no lugar de vocês me arriscaria a entrar
no meio da gente toda ai não. Vai que numa dessas alguém reconhece
vocês...
Pedro: Acho meio difícil, os jovens de hoje não costumam olhar muito
nos rostos uns dos outros quando estão numa festa assim... e mesmo que
tentassem, duvido que conseguissem, não sei como gostam de vir a
lugares assim, essas luzes não param de piscar, e essa fumaça ai
então...
Annie: Pedrinho, baby, não fala assim amore... (Disse apertando as
bochechas de Pedro). Olha, hoje estamos aqui pra distrair, e amanhã
teremos o dia de folga, a noite ninguém sai, só descansa e se concentra
pro show do dia seguinte... vamos então aproveitar isso aqui, e não
reclamar pelo menos por algumas horinhas?
Pedro nem respondeu. Adiantaria dizer alguma coisa?


Annie: Ai agora eu quero dançar... alguém vem comigo? (perguntou para os demais)
Poncho: Eu vou. Ta louco que eu vo deixar aquela mulherada todo só pro Christian. (se levantou e foi andando com Annie)
Annie: Homens... só pensam em jogo, mulheres, bebida, sexo e dinheiro...
Poncho: Desculpa Annie, mas quer coisa melhor que isso?
Annie bufou e ignorou o comentário idiota de Poncho. Essa noite não queria pensar nas idiotices dele, queria só se divertir...

Dulce, Christopher, Maite, Guido e Pedro, continuaram na mesa.
Pedro:
Meus queridos, é uma pena eu não poder compartilhar esse momento tão
emocionante com vocês, mas vou ter que deixa-los e partir.
Guido: Que isso cara! Fica ai, acabamos de chegar.
Pedro: E eu to acabando de sair... foi mal pessoal, mas não to
acostumado com esse tipo de lugar, e como hoje é para se distrair,
descansar, vou fazer isso também, mas do meu jeito.
Ucker: AÊ velho, vai farrear também né.
Pedro: Ah eu vou sim... na minha cama que ta muito mais agradável que
isso aqui. Fui, pessoas! Se controlem, e qualquer coisa, todos os
seguranças estarão aqui, Guido sabe como chama-los se precisarem.
Guido: Sei sim cara, pode ir tranqüilo.
Pedro se despediu dos outros que estavam na pista, só não conseguiu
falar com Christian que se divertia horrores com algumas mulheres, e
então se foi, deixando o sexteto em um de seus raríssimos momentos "a
sós".
Maite: Que perfeito... Noite de folga, sem o Pedro e ainda por cima no Brasil... querem coisa melhor??
Dulce: Quero sim, ir lá pra pista e me misturar no meio daquela gente.
Dulce parecia uma criança que acabara de chegar a um parque de diversões. Era a mais animada de todos ali.
Ucker: Eu vou com você então. Se a gente ta aqui, com certeza não é pra ficar a toa!
Dulce: E vocês, vem também? (perguntou a Maite e Guido)
Maite: Ah não, brigada amiga, a gente vai ficar aqui namorado um pouco e depois vai lá se juntar com vocês.
Dulce: Ok então, já que não tenho com quem ficar assim também, vou pra lá aproveitar.
Guido: Nem precisa procurar muito, Maria. Tem um macho aí atrás de você querendo o mesmo.
Dulce
e Christopher se olharam encabulados. Parecia que todos haviam
combinado de falar sobre isso essa noite. Como se tivessem visto o que
acontecera minutos antes de saírem do hotel.
Os dois ignoraram o comentário de Guido e foram para a pista dançar.
Avistaram Annie e Poncho de um lado dançando, ambos com pares
diferentes, e perceberam que a cara de Annie não era das mais felizes,
mas Poncho parecia se divertir mais que nunca com uma morena
brasileira. Do outro lado, viram Christian no meio de algumas mulheres,
esse sim era o que mais se divertia, parecia estar no paraíso. Dulce ao
ver a felicidade do amigo, sorriu Adorava momentos como este de agora,
estavam juntos como sempre, mas cada um poderia aproveitar da maneira
como gostaria.

Maite e Guido permaneciam na mesa, namorando, e aproveitando esse
raro tempo livre para ficarem juntos. Annie e Poncho brigando como
sempre, mas mesmo assim não saiam um de perto do outro, mesmo que fosse
para provocar um ao outro e para causar ciúmes com outros pares. E
Christian, se divertindo da maneira que ele achava que era feliz, com
muitas mulheres, e podendo fazer o que quisesse ali.(bem não tudo, mas
vocês entenderam...rsrs). E ela e Christopher ali, como sempre, juntos.
Não haviam conversado depois do beijo, mas mesmo assim, parecia que
nada havia mudado entre eles. Isso era um bom sinal. Será?
Começou uma música eletrônica, e os dois começaram a dançar. Mal se
davam conta das coisas, apenas dançavam e se divertiam. Se olhavam as
vezes e sorriam. Christopher então se aproximou mais de Dulce, ela
virou-se para que ficassem um de frente para o outro, e começaram a
dançar assim. Uma... duas... três horas da manhã, e os seis permaneciam
naquela boate, desfrutando da linda "folga" da noite.

Christian agora estava ao lado de Maite e Guido, que nesse momento,
tentava segurar o amigo para não fazer nenhuma besteira. Fizera de tudo
naquela noite, "pegara" as mulheres que quisera, bebeu todas, e agora
estava mais pra lá do que pra cá de tão bêbado. Maite e Guido que além
de namorar, também foram curtir um pouco na pista ao lado dos amigos,
agora estavam outra vez sentados, juntinhos, mas agora tinham que
"cuidar" de Christian, que já estava num estado critico.
Anahí dançara como nunca a noite toda. Decidira não pensar em uma certa
pessoa que estava a cerca e que estaria, com certeza, se esfregando com
uma mulher qualquer. Essa noite ela decidira não pensar em Poncho, e no
que havia descoberto há pouco tempo que sentia por ele. Já ele,
aproveitara a noite sem importar com nada nem ninguém, estava solteiro,
livre e não havia qualquer impedimento que o freasse para fazer
qualquer coisa. Nem prestara tanta atenção em Annie. Uma certa hora ele
até que tentara se aproximar dela, dançaram próximos um do outro por um
tempo, mas quando ele ia se aproximar mais para quem sabe rolar alguma
coisa, Annie se afastara acabando com qualquer chance que Poncho
pensara ter com ela naquela noite. Então, o que ele poderia fazer?
Sabia que ela tinha um quedinha por ele, ficara bem na cara quando
Pedro anunciou que mesmo com o fim da novela, ainda teriam que encenar
como `uma pareja` em cima dos palcos. Mas se naquela noite ele tentara
dar um passo a frente pra acontecer o que ambos queriam, mas ela não
deixara, então ele não poderia fazer mais nada. Ele tentara, mas ela o
evitara, então ele que não iria se prender nisso e continuar tentando a
noite toda. Azar o dela se não o queria, ele então ficaria com outra, e
ainda por cima, uma brasileira, que era bem melhor.

Dulce por outro lado parecia a mais animada de todos ali. Passara
horas se divertindo e aproveitando cada minuto daquele lugar. Mas
aquilo ali ganhava um toque especial, pelo fato de uma certa pessoa
estar ao seu lado. Sim era ele, Christopher estava com ela agora, e
isso já tornava aquela noite e aquele lugar ainda mais especial. Não
sabia o porquê, nem onde, muito menos quando começara a sentir isso. A
verdade era que já fazia um tempo que ela vinha achando seu amigo um
pouco mais que especial. E o que acontecera no hotel antes de saírem,
tornou o fato de passarem essa noite toda juntos, ainda mais
empolgante. Durante toda a noite os dois dançaram juntos. A maioria das
músicas que tocava era funk, e claro, não tinha muito como ter clima
com aquelas musicas ela pensara. Mas se enganou, porque a dança era um
tanto que provocante. O tempo todo dançaram roçando seus corpos, não
que nenhum dos dois quisesse, mas estavam brincando com fogo, e a
qualquer hora eles poderiam se queimar.

.....
Não tinha duvida de que deixara Christopher impressionado,
podemos dizer, com a forma que dançara. Pra ser mais sincera, notara
bem que seu "amigo" ficara bastante excitado com o que estava
acontecendo ali. Mas nenhum dos dois quis avançar o sinal, preferiram
continuar apenas dançando. Uma vez ou outra acontecia de suas bocas
ficarem a centímetros de distancia, mas logo Dulce recuperava o juízo e
lembrava que estava em um local público, que dificilmente aquele ato
sairia despercebido. Melhor que não arriscassem, e o fogo que tava nos
dois teria que agüentar um pouco, pelo menos até que voltassem para o
hotel, pois sabia que quando chegassem la não teria como escapar da tal
conversa embaraçosa que precisavam ter, devido ao beijo de mais cedo.
Uma hora ou outra aquilo teria que acontecer, e para falar a verdade,
ela não se preocupava muito com a conversa sobre o beijo, e sim se
aquilo poderia acontecer outra vez.
Ainda envolvidos pela dança, com suas miradas ainda vidradas um no
outro, os corpos roçavam-se a todo tempo, os fazendo sentir ainda mais
o desejo de uma aproximação maior. Já não agüentavam mais aquela
situação, tinham que de alguma forma, saciar a vontade que tinham
agora. Como que por uma comunicação por meio de olhares, Dulce se
afastou e foi em direção ao banheiro, sem antes lhe fazer sinal para
acompanhá-la.