Fanfics Brasil - Capítulo I Aconteceu no Verão (Terminada)

Fanfic: Aconteceu no Verão (Terminada)


Capítulo: Capítulo I

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Quando os vagalhões
tropicais começaram a atirá-la de um lado para
outro, como uma bola conduzida por uma foca amestrada, Anahí percebeu que seu
plano não iria funcionar.


No início
parecera simples demais. Ir até a praia, passear um
pouco por ali num biquíni provocante e reduzido, e atrair algum dos
surfistas que estavam ali para se aproveitar das ondas gigantes que se formavam
na zona de arrebentação. Isso tudo para mostrar aos homens uma segunda
personalidade, diferente da Anahí Séria, como ela mesma
chamava sua personalidade habitual: uma pedia­tra que jamais tirava os óculos,
cujo sorriso era puramente profis­sional e destinado a infundir confiança
nas pessoas. Naquele dia ela pretendia assumir outra parte de sua
personalidade: a Anahí Sexy, pronta para ter um caso impulsivo e sensual.
Pronta para se deixar conquistar e entregar-se ao erotismo de um relacionamento
puramente físico, pelo menos uma vez na vida.


O problema é
que os surfistas não chegaram nem a ver Anahí Sexy; tinham a atenção
voltada para as ondas especiais que o tem­po, apesar do sol anterior, agora
tornava gigantescas. Além disso, como acontecia com freqüência
aos que não moravam ali, a areia fofa demonstrou ser um
fator inesperado. O que no início começou
como um andar atraente e ondulante, para mostrar a harmonia de movimentos de
seu belo corpo e o movimento sinuoso das cadeiras, tornara-se um andar
apressado e rápido, depois uma corrida desesperada até
a beira da água, para se livrar da temperatura in­suportável
que lhe queimava as solas dos pés.


Quando atingiu a água,
parou por um instante, reparando que os belos rapazes, bronzeados e musculosos,
estavam na água, atraí­dos pelas ondas
anormalmente grandes que se formavam, ao longe. Para os lados da areia, um
grupo de moleques ria dela, ou melhor, da paródia que um deles fazia
de sua corrida pela areia quente. Irritou-se com os adolescentes, porque havia
queimado as plantas dos pés, uma parte que jamais se expunha ao sol ou às
altas tem­peraturas. Reparou também, pela primeira vez,
que ninguém es­tava descalço, todos usavam sandálias,
um acessório utilíssimo para atravessar à
areia fofa e causticante. Tivera a impressão de caminhar dentro de
uma frigideira, e a primeira imagem que lhe veio à mente foi a dos hindus
que caminhavam sobre brasas. A diferença é
que no caso deles havia a consciência do que estavam
fazendo, e a preparação psicológica necessária
para isso.






Depois de sentir o que
sentira no último minuto, achava quase impossível
que alguém dominasse a sensação
de dor que ela sen­tira. Era ainda mais improvável que uma pessoa se
expusesse àqui­lo de forma voluntária,
simplesmente para provar o domínio da mente sobre a matéria.
Sua intenção, quando saíra para passar o feriado
na praia, era exatamente o oposto. Procurava algo que não
tinha sensações que não vivia: queria viver um
caso tórrido com um belo exemplar masculino, do qual não
desejava nada além da chance de aproveitar-se do corpo viril.
Pelo menos uma vez.


Agora uma garota, cujos
seios mal haviam começado a se de­senvolver, fazia uma imitação
grotesca dos pulos que Anahí dera, cada vez que seus pés
encostavam na areia. Todos riam e olhavam para ela. Anahí virou-se e começou
a se afastar deles, com pensa­mentos vingativos de que todos perdessem as sandálias
e passas­sem pelo mesmo que ela. Naquele instante, reparou que não
havia mais nenhum surfista na praia, todos haviam se deslocado para o mar, os
corpos bronzeados ondulando nas pranchas, esperando a melhor entre as ondas
descomunais que começavam a se formar para o sul.


Se pretendesse levar seu
plano adiante, deveria caminhar na­quela direção. Uma pequena alteração
do projeto original, no qual ela caminhava pela areia, com seu andar sensual.
Bastava ficar num local onde a água batesse em sua
cintura, para exibir os seios volumosos, valorizados pelo sutiã
do biquíni. Aquela peça verme­lha, de tamanho
reduzido, nunca deixava de atrair olhares mascu­linos. Voltou-se para o mar,
apreciando o tom de azul das águas, que por sua vez
contrastava com a espuma branca. Com os pés refrescados, conseguia
outra vez raciocinar. Caminhou para águas um pouco mais
fundas, maldizendo os adolescentes e sua tendên­cia a ridicularizar o
mundo, criticando antes que fossem criticados, assim não
riam de si mesmos.


O corpo aquecido se arrepiava
ao contato com a água gelada, primeiro nos tornozelos e nos
joelhos, depois nas coxas. Precisou reunir certa força
de vontade para imergir os quadris e a parte inferior do corpo, sem ousar avançar
mais. Afinal, até mesmo ela, quase uma estranha àquele
ambiente, percebia a violência do mar naquele dia.


Naturalmente isso
tornava as águas mais belas e fascinantes, e sem dúvida
era a tempestade iminente que atraía os surfistas para a
linha de rebentação das ondas, um pouco mais além.








Questionou consigo mesma
a necessidade de ir até eles, mas concluiu que não
seria necessário quando percebeu um jovem loiro e atlético
que cavalgava a espuma, num perfeito equilíbrio com a onda que


passou por ela. Virando
de costas para evitar o impacto, ela viu quando ele continuou em direção
à
praia.


Certamente pas­saria por
ali à procura de outras ondas, e seria impossível
deixar de reparar nela, pensou. Virou-se para ver se havia outro na onda
seguinte, e esse foi o seu primeiro erro. A espuma acertou com violência
seu peito, derrubando-a. Atônita, viu-se envolvida
num turbilhão branco, que a arrastou na direção
da praia, submergindo sua cabeça. Lutou para respirar e
lembrou-se de quando era criança, quando descobrira que
era preciso mergulhar para escapar da força da espuma.


Respirou e afundou a
cabeça, procurando tranqüilizar
a si mes­ma, deu uma braçada na direção oposta da praia, e
esse foi seu segundo erro.


De fato, escapara da
espuma que a levaria na direção da praia, porém
foi apanhada no refluxo da onda, que a arrastou vários me­tros para o
fundo, onde não conseguiu mais firmar o pé.



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:18

    Final perfeito *o*

  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:13

    Final perfeito *o*

  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:00

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa

    Amei a história ficou perfeita *---*

    Parabens =)

  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:56

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa

    Amei a história ficou perfeita *---*

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  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:52

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa

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    Parabens =)

  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:47

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa

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  • jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:15

    AAAAAAAAAAAAa
    QUe lindos os dois juntos *--*
    Essa história é muito boa...continua D:

  • jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:09

    AAAAAAAAAAAAa
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    Essa história é muito boa...continua D:

  • jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:07

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    QUe lindos os dois juntos *--*
    Essa história é muito boa...continua D:

  • jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:03

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