Fanfic: Aconteceu no Verão (Terminada)

Pela forma como os últimos
cinco anos de sua vida haviam passado, não era difícil
prever que uma oportunidade como aquela iria demorar pelo menos outro tanto
para acontecer. Estava nua com um salva-vidas atraente e musculoso, ambos
isolados do resto do mundo por duas horas, numa cabine pequena e aconchegante.

Resistiu à
vontade de comemorar, pois o destino lhe oferecera uma oportunidade que ela
jamais poderia ter provocado. Se não aproveitasse, iria
recriminar-se o resto da vida.

Como sè
estivesse muito à vontade naquela situação,
torceu os cabelos loiros, arrumando-os sobre um dos ombros.

-
Podemos ficar aqui? - perguntou ela, com voz suave. Alfonso produziu
um som diferente na garganta, como se fosse

falar e a voz não
saísse. Pigarreou.

-
Claro. Podemos ficar aqui.

Anahí deu um passo na
direção dele, estendendo a mão
para re­ceber a valise, que ele segurava sem se dar conta.

-
Ainda bem. É um alívio. Principalmente para
seu corpo excitado.

Se Anahí tocasse nele,
nua, desejável e molhada como estava, Alfonso era capaz de
perder o controle ali mesmo, molhando o calção.

De fato, era mesmo um
dia especial, pois durante os seis anos como salva-vidas não
acontecera nada parecido. Seria mesmo o teste final para sua força
de vontade, para saber se sua resolução de não
se envolver enquanto estivesse em serviço resistia a uma prova
de fogo. Uma voz interior sussurrou em sua consciência que tecnicamente,
com as praias interditadas, não estava em serviço
no momento.

Alfonso desviou seu braço
para evitar o toque, evitando olhar para os seios perfeitos, com os mamilos rígidos
de frio e fingindo não reparar na forma ondulante como os quadris se
moviam* ao se aproximarem dele.

O correto seria convidá-la
para sair, pensou. Isso seria o certo.

Sairiam juntos, ele a
conheceria, pelo menos o suficiente para mos­trar que não
pretendia rolar com ela na areia uma só vez e sumir. Sairiam
algumas vezes, e então, sim, fariam amor.

Fariam amor várias
vezes em seguida, e ele a penetraria e faria com que ela perdesse o
controle, murmurando seu nome várias vezes.

-
Alfonso...

-
O quê?

Maldição,
ela o seguira pelo aposento. Se continuasse a dimi­nuir a distância
entre ambos e ele sentisse o cheiro e o calor do corpo dela, não
conseguiria resistir.

-
A bolsa, Alfonso. Não vai me entregar?

-
Claro, claro. Desculpe.

-
Gostaria de colocar sua camisa, também.

Não
era só ele que estava distraído
pela situação, pensou ele, entregando a sacola plástica
com toda a educação, mantendo os olhos num ponto do queixo dela,
para evitar que se prendessem a outros pontos.

-  E a camisa? - insistiu ela.

--
Está atrás de você,
na bancada onde deixei quando fui bus­car da primeira vez.

Ela girou o corpo, e Alfonso
quase envesgou olhando o traseiro arredondado, dividido pela faixa fina do biquíni
vermelho. Anahí deixou na bancada a sacola e apanhou sua camiseta,
examinando-a.

-
Não
está tão molhada quanto
imaginei - disse ela, abrindo o tecido.

-
Foi só o começo da chuva.

Ela examinava o tecido
de algodão, esticando a camiseta à
sua frente, para definir onde era a frente. Em seguida levantou -a sobre a cabeça,
os braços esticados para cima. Alfonso jurou para si
mesmo que não iria olhar.

Não
torne as coisas mais difíceis para você, pensou ele.

Mas a tentação
foi demasiada. Sua camiseta caía sobre os seios
proeminentes, os bicos róseos visíveis através
do tecido molhado, assim como os círculos mais escuros ao
redor. Em termos de ero­tismo a situação piorara muito, a visão
se tornara mais provocante do que a pele nua.

Como num concurso de
garotas vestindo camisetas molhadas.

-
Está um pouco grande - comentou ela, puxando a
barra para baixo, até quase a metade das coxas. -
Mas bem mais seca do que pensei.

Quando ele imaginou que
o pior teria passado, as mãos foram para baixo da
barra, suspendendo-a até um nível perigosamente
provocativo. Os dedos moveram-se sob a camiseta, disparando a imaginação
de Alfonso, que sofria maiores tentações do que antes.

A parte inferior do biquíni
vermelho escorregou pelas coxas até atingir o solo com um
impacto molhado. Um pedaço de tecido que cobrira apenas o essencial.

Alguém acha que ele vai sobreviver a esse temporal???

comentem ok, besos a todos!!!