Fanfic: Aconteceu no Verão (Terminada)

Naquele momento, Alfonso
a desejava como jamais desejara outra mulher em toda a sua vida. Por isso,
procurou uma explicação lógica, que não
fosse loucura seletiva masculina.

-
Bem, se isso acontece mesmo...

O que acredito com certa
dificuldade... - admitiu ele. - Só
pode ser por causa da sua atitude. Provavelmente você
intimida os homens que conhece. Fi­cam com a impressão
de que você é boa demais para eles.
Quer dizer, é a única explicação
que encontro para uma garota bonita como você não
ficar em frente a uma fila de homens, esperando para fazer todos os tipos de
convites.

Anahí não
pôde
deixar de rir com a imagem dos conquistadores aguardando na sala de espera,
entre gravuras e brinquedos multicoloridos, para fazer convites ousados, com o
objetivo de levá-la para a cama.

-
Também não sei o que acontece com
os homens, Alfonso. Só quero pedir para que não
me faça sair do seu colo e colocar a camiseta outra
vez. Eu iria... Morrer de vergonha - pediu ela, em tom de súplica.

--
Não
diga isso, Anahí. Devia era ter vergonha de ser tão bonita assim.

-
Você é gentil.

-
Pode ser que eu seja gentil, mas estou dizendo exatamente o que sinto -
afirmou ele, beijando-a no pescoço. -
E nesse momento não existe nada que eu queira mais no mundo do que
fazer amor com você. Agora.

-
Eu também - disse ela, esfregando a
palma da mão contra o peito dele.

-
Só
quero que você tenha certeza... e preciso me garantir que você
não
vá
embora assim que a estrada desimpedir, sem deixar endereço
nem telefone. Não quero.

-
Não
se preocupe, eu dou meu telefone para você -
disse ela, passando a ponta da língua no canto dos lábios
de Alfonso.

E movendo os quadris... Mas
isso não contava, porque Anahí descobrira que a parte
inferior de seus quadris se movia muito bem sozinha. Como se pensasse por si
mesma. Bastava não pensar nela, que tudo ia muito bem. Bastava não
emitir ordens, que ela sabia exatamente o que fazer.

-
Então dê o telefone -
pediu ele, contornando com os lábios a orelha de Anahí.

-
Tem papel e lápis? - quis saber ela,
baixando a cabeça até o umbigo de Alfonso.

-
Não.

-
Tem boa memória?

-
Tenho... - murmurou ele

-
Então vou pedir uma prova de amor -
sussurrou Anahí no ouvido de Alfonso.

E disse o número.

-
Mas você não me deu... -
protestou ele.

-
Se tem mesmo boa memória, basta uma vez -
disse ela, mordendo-lhe a orelha. - Mas como é
um número de celular, vou repetir só
mais uma vez.

E repetiu.

Alfonso tinha de ficar
satisfeito com aquilo, ou desistir ali mesmo. Dependia apenas de sua memória.
Na mesma hora usou um truque que aprendera com o tio, enquanto adolescente.
Escolheu uma mú­sica popular bem conhecida, e cantou o número
como se fosse a letra. Três vezes bastavam. Não
se esqueceria mais.

Foi interrompido
abruptamente, quando Anahí deslizou sobre seu colo, o peito encostado ao dele e
a parte interna das coxas envol­vendo sua ereção, que miraculosamente
permanecia no interior do calção. Só
poderia saber se ela mentira ou não, quando telefonasse.
Até lá, era uma questão
de confiança e nada mais.

Pensando bem, a
possibilidade de interromperem o que estavam fazendo era quase nula desde o início.
Nenhum dos dois queria perder credibilidade, só isso. As promessas
agora eram mais físicas do que qualquer outra coisa. Tinham de ir
até o fim.

-
Levante um pouco para eu tirar o calção -
pediu Alfonso.

ALGUÉM QUER MAIS????