Fanfic: Aconteceu no Verão (Terminada)

Ao que as aparências
indicavam, nem as risadas nem a dor prejudica­ram a intensidade do desejo de Alfonso.
Ainda bem, pois iria sentir-se culpada se tivesse terminado aquela bela
demonstração de excita-ção, exatamente quando
estava a ponto de ter uma relação sexual.

Como um magneto, a
rigidez dele parecia atraí-la, com a von­tade de aproximação
física,
a própria expressão da tentação.
Anahí aproximou o rosto, envolvendo a ereção dele com a mão
para poder enxergar os testículos. Acreditava que
tudo estava bem, porém queria verificar visualmente para
certificar-se. Alfonso percebeu que o toque era diferente e abriu os olhos,
deparando com a expressão profissional nos olhos dela, o que reforçou
a imagem de que ela era enfermeira.

-
O que está fazendo?

Instantaneamente a
atitude dela mudou, e as mãos passaram a acariciar
a pele quente para obter prazer, não para examinar fria­mente,
como num ambulatório. No mesmo instante, o membro pulsou, numa
reação ao hálito dela, quente e
promissor.

-
Tudo parece normal, por aqui.

O prazer pareci a seguir
seu curso, como se a interrupção tivesse tido o poder
de aumentar o erotismo entre os dois. Ela agora sentia a temperatura elevada no
rosto, não proveniente dela, mas da pele quente e
pulsante tão próxima e tentadora.

-
Eu disse que... - começou ele, interrompendo-se
com um gemido quando foi beijado em seu ponto mais sensível.

-
Que delícia - murmurou Anahí,
repetindo o gesto.

Em seguida usou a ponta
da língua, para explorar com movi­mentos suaves e
delicados, a pele quente e rígida; o gosto era
salgado e convidativo. Os lábios envolveram devagar
toda a ponta, sugando-a levemente.

-
Anahí... - murmurou ele, os dedos das mãos
enfiando-se no cabelo dela, como um pente.

Bem devagar ela retirou
a boca, deslizando para cima e olhando para ele. Beijou-o devagar mais uma vez.

-
Quer que eu pare?

-
Não
-
respondeu ele, ofegante.

Aquilo a excitou mais, e
ela aproximou-se mais, usando uma das mãos para aconchegar os
testículos e a outra para acariciar, apenas com as
pontas dos dedos, todo o comprimento daquela rigidez. Só
então voltou a pressionar os lábios
contra a ponta. Gos­tou do contato, e das demonstrações
de prazer pela postura corporal e pelo rosto de Alfonso. Começou,
devagar, a sugar a ponta aveludada, produzindo um movimento involuntário
dos quadris dele, para que a parte mais sensível da ponta entrasse e
saísse de sua boca.

Interrompendo-se, moveu
apenas as mãos, com suavidade, pro­vocando novos movimentos
dos quadris, desta vez mais amplos. Acariciando com suavidade embaixo, como se
segurasse pássaros, deixava que a outra mão
se fechasse em torno da ereção, com uma pressão
mais intensa, à medida que movia para cima e para baixo.

Anahí não
reparou que seus joelhos estavam apoiados no assoalho duro de cimento pintado,
nem que começavam a ficar doloridos, até
que Alfonso colocou a mão em seus ombros, afastando-a. Fitou-o,
percebendo que ele esticava o braço para apanhar a
camiseta.

-
Espere um pouco, deixe que eu coloco no chão para você -
disse ele.

Dobrou o tecido que
estivera sobre o corpo dela e estendeu-o no solo, para que ela se apoiasse ali,
fitando-o intensamente.

Quantos, entre os
parceiros que tivera durante sua curta vida sexual, teriam se preocupado com
seu bem-estar numa hora como aquela? Alfonso fizera aquilo de maneira natural,
sem ao menos se dar conta de seu gesto; visou apenas o conforto e bem-estar de Anahí.
Isso tomou ainda mais intenso seu gesto, mostrando que ele possuía
uma espécie de integridade muito rara nos tempos atuais,
em que cada um costumava pensar apenas em si, sem ao menos olhar para quem
estivesse a seu lado.

Agradeceu internamente
por ter sido encontrada meio despida no mar por uma pessoa como ele, honesta e íntegra.
Com alguém assim, um relacionamento poderia ser sempre
uma troca, não algo unilateral, que fatalmente acabava em
separação. Ficou contente pelo simples fato de Alfonso
ser quem era ao invés de outra pessoa qualquer.

 alguém ai quer mais dessa consulta especial da doutora Anahí no meio de um temporal???