Fanfic: Aconteceu no Verão (Terminada)

Provavelmente o que
desejara a princípio, um surfista, teria uma personalidade
diferente.

Era difícil
imaginar o amante surfista que concebera em seu sonho realizando um gesto como
aquele, que demonstrava atenção em relação
ao outro. Provavelmente teriam feito amor na areia.

Aquilo adicionara uma
nova dimensão que ela não previra. E tudo
concentrado em poucos segundos, no breve instante em que a onda arrancara a
parte superior de seu biquíni. A partir dali, o
universo conspirara para que encontrasse aquele salva-vidas no meio do mar. Alfonso.
No meio das águas, se haviam encontrado. No meio das águas,
ela o abraçara. Como se sempre o tivesse conhe­cido, apesar
de ser um comportamento avesso ao que habitual­mente apresentava. Sempre se
considerara tímida. Agora estava ali, à
beira da praia, isolada do mundo por um tronco de árvore
caído na estrada. Com um homem cativante e sensível,
capaz de ter consideração e demonstrar atenção
com o parceiro.

-
Obrigada.

Todos aqueles
sentimentos no meio de uma relação física
pode­riam ter ficado deslocados, ou quebrar a sensualidade quase sólida
que parecia envolvê-los, porém não
foi o que aconteceu, para sur­presa de Anahí. Pelo contrário,
introduzira uma ternura e carinho que tornaram tudo mais significativo. Ao invés
disso, aumentou seu calor interno, assim como a necessidade de extravasar todo
esse sentimento, através da libido. Do prazer que pudesse dar a ele.

Sugou a ponta, depois
deixou que uma parte cada vez maior fosse acariciada por lábios,
sentindo que os dedos dele pressiona­vam sua nuca. Abrigou o quanto foi possível,
acompanhando os gemidos de prazer.

Quando ele saiu, Anahí
sugou a ponta com força, produzindo mais excitação
em si própria do que nele. Correu a língua
até os testículos, beijando-os, com
um sorriso.

Ergueu os olhos verdes
para Alfonso. Apoiada nas coxas fortes, os dedos de Anahí acariciavam a parte
interna, a boca a poucos centímetros da ponta da ereção,
ela voltou a falar.

-
Por acaso estou deixando você sem graça
outra vez?

-
Eu...

-
Acho que preciso convencer você a dizer a verdade

-
afir­mou ela, envolvendo-o com os lábios.

Alfonso gemeu.

-
Espere...

Anahí torturou-o por
mais alguns instantes.

-Não
estou sem graça, mas queria que você
sentasse um pouco

-
pediu ele, o rosto vermelho. - Agora é
minha vez.

Ela passou a língua
em toda a extensão do membro, sorrindo enquanto observava o
efeito devastador do carinho.

-
O que quer dizer, com minha vez?

-
Isso mesmo, chegou a minha vez de fazer carinhos. E você vai
ficar bem quietinha. Combinado?

Anahí fez ar de quem
tinha uma séria decisão pela frente.

-
Então quer dizer que é minha vez de ficar
quieta?

-
Isso mesmo.

Ela fez o que ele pediu,
sentando-se de frente nos joelhos dele e colocando as mãos
nos ombros, a fim de não perder o equilíbrio. Mesmo isso quase não
foi suficiente quando Alfonso, curvando-se, sugou uni dos mamilos para o
interior de sua boca. Uma verdadeira faísca de prazer
originou-se ali e enviou uma espécie de eletrici­dade ao
resto do corpo. Anahí retorceu-se nos joelhos dele.

-
Pode ficar bem quieta - murmurou ele, em seu ouvido.

Ela obedeceu. A mão
de Alfonso baixou pelo pescoço, por um dos

seios, depois passou
pelo ventre e foi até o meio das pernas, per­manecendo imóvel
por alguns instantes. Em seguida, um dos dedos baixou, explorando a pele úmida
e escorregadia. Logo penetrava numa ondulação suave, pelo interior
de Anahí.

Tamanha intensidade ela
ainda não conhecera. Precisou colocar as duas mãos
no peito dele e aconchegar o rosto, ficando a gemer baixinho com os movimentos
que ele fazia. Sentiu uma onda de calor subindo por seu corpo, à
medida que ele se movia devagar, em movimentos sensuais que aumentavam sua
umidade. Outro dedo explorava por fora.

Anahí tentou
controlar-se.

Porém
negligenciara suas necessidades sexuais por tempo em demasia, e a velocidade
parecia aumentar em espiral na direção do clímax.