Fanfic: Aconteceu no Verão (Terminada)

Alfonso olhou ao redor,
provavelmente procurando alguma coisa para usar como arma. A porta foi fechada.

-
Pois é... a única coisa que podemos
fazer, enquanto a chuva não termina, é se conhecer melhor -
sugeriu um deles.

-
O que vocês querem, afinal? - disse Alfonso,
colocando-se à frente de Anahí.

-
Não
seja tão egoísta, moço.
Só
queremos um lugar seco para fícar, até
acabar a chuva. Não sabíamos que tinha gente
aqui dentro. Namorando sem roupa. E uma dona tão bonita que nem essa...

-
Ela é minha noiva! - disse Alfonso. -
Aqui ninguém falta com o respeito com ela.

-
Você é tão
valente que está parecendo*os guardas da prisão

-
disse o maior dos homens.

-
Cala a boca! Assim ele vai saber de onde viemos.

-
Que tem de mais?

-
Vocês fugiram da prisão estadual? -
perguntou Alfonso.

-
Vai querer bancar o espertinho, moço?

Anahí mal conseguia
respirar, de tanto medo. Reparara que ne­nhum dos três
homens abaixara o capuz ali dentro, o que era sus­peito. Começou
a choramingar.

-
Está vendo? Você assustou a mocinha. Não
precisa gritar!

-
berrou o maior.

Alfonso apanhou a mão
dela e puxou.

-
Bem, se vocês vão ficar, nós
é
que vamos embora - disse ele, arrastando-a em direção
à
porta.

-
Acho que não, moço -
declarou o maior deles, parando em frente à porta.

Anahí sentiu a mão
de um deles em seu traseiro e gritou.

Em seguida, tudo
aconteceu muito rápido.

Alfonso pulou e acertou
um deles no rosto, enquanto o que estava ao lado dele usou a pá para
vibrar uma pancada e tanto na testa do salva-vidas, que caiu.

-
Alfonso! - gritou ela, ajoelhando-se ao lado dele.

Parecia inconsciente,
com um enorme galo avermelhado na testa.

-
Calma moça. Ele não morreu, não.

-
Nem vai morrer... Quer dizer, enquanto você for boazinha.

-
Para todos nós - completou o primeiro,
passando outra vez a mão no traseiro dela.

Naquele instante. Anahí
começou a raciocinar, pois não
havia outro jeito de sair daquela situação. O ideal seria fingir
colaborar e protelar um pouco, para poder chegar perto da porta. E correr para
fora.

Talvez não
fosse um plano muito brilhante, mas era o único que lhe ocorria no
momento. Depois, talvez Alfonso acordasse.

-
Não
estou entendendo... - disse ela, assustada.

-
A gente explica. Direitinho. Não precisa ficar com
medo, que é gostoso.

-
Não!

-
Então a gente vai ter mesmo que matar esse seu
amigo, aí.

-
Não.
Eu colaboro... Mas não com tudo - respondeu ela, girando
de modo a se aproximar do maior, que parecia o líder.

-
O que vocês querem, afinal?

-
Não
sabe, moça? É só
um pouco de carinho... Mais nada - disse o maior, se
aproximando.

-
Ah, bom. Se é só isso, deixe eu dar um
abraço em você. Avançou
e passou o braço nas costas do grandão,
depois girou o corpo para abrir a porta, num gesto rápido.
O pé de um dos homens estava no caminho da porta.
Ela caiu e foi agarrada pela cintura.

Atrás
dela, um barulho surdo. Um deles caíra. Atrás
do outro, Alfonso balançava a pá. Acertou-o na cabeça,
derrubando-o contra a parede. Porém não
conseguiu escapar ao terceiro.

O cabo do machado o
acertou na testa. Alfonso caiu.

Anahí começou
a gritar, apavorada!