Fanfic: Aconteceu no Verão (Terminada)

Hei galera, perdão a demora pelos post, meu pc tinha ido por espaço novamente e meu pen drive resolveu ir fazer companhia a ele.

bom meu pc ja aprendeu o caminho de volta, mas meu pen drive ficou por la mesmo, mas voltamos normal com as webs por aqui ok.

-
Só
que não tem ninguém por perto para entrar-disse
Alfonso, saindo da proteção da cabana.

Ergueu a própria
chave, presa a um cordão no pescoço.

-
Não
precisa se preocupar. Eu mesmo abro quando voltar. Procure relaxar, está
bem?

Anahí concordou,
beijando-o no rosto como despedida. Alfonso ima­ginou que, apesar de tudo o que
haviam feito juntos, parecia que estava sendo beijado por outra mulher, formal
e controlada.

Saiu a correr, escutando
a porta fechar atrás dele. Ficou muito impressionado com a rapidez
da transformação que se operara nela. Como poderia num momento
uma mulher tão sexy e provo­cante ser uma médica
séria
e competente, tudo isso numa pessoa só? Supondo que isso fosse
viável e possível, como poderia ele,
um simples salva-vidas, ter a esperança de manter o interesse
de uma mulher assim? Anahí teria pelo menos uma dúzia de preten­dentes atrás
dela toda semana. Boa parte seria composta de pro­fissionais como ela, médicos,
engenheiros e advogados, pessoas do mesmo círculo social e mesma
classe. Por que motivo iria con­tinuar saindo com um salva-vidas, provavelmente
responsável por esfolar suas costas contra o chão
da cabana?

A chuva se adensara e caía
em rajadas fortes, impulsionadas pelo vento da tempestade Bonnie. Ainda bem que
conhecia a praia a ponto de se orientar nela com os olhos fechados, pois não
era possível enxergar mais de um metro à
frente. Caminhou, com as mãos em pala, até
a borda da estrada, e embora soubesse que o caminhão
dos trabalhadores estava ali com as luzes acesas, só
o enxergou quando estava quase sobre eles. Eles haviam optado por cortar a árvore
em dois, antes de retirá-la. Uma das metades já
fora arrastada para fora da pista, e a outra começava a mover-se.

-
Olá! - cumprimentou o sujeito
que falara com ele antes.

-
Praticamente acabamos, por aqui. Agora vamos ter de ir até

o porto, na cidade.
Parece que a balsa escapou das amarras e ficou apoiada de lado numa árvore.
Pode imaginar uma coisa dessas?

-
Olá! Que coisa, hein? Acho que esse trabalho foi
moleza para vocês, perto dos outros que vão
aparecer ainda hoje. Bem, boa sorte, e obrigado - gritou ele, para ser
ouvido.

O homem acenou, enquanto
o guindaste do caminhão puxava a ponta da árvore
para fora da estrada, liberando-a para o tráfego. Aquilo significava
que o isolamento terminara. Alfonso sentiu como se o mundo exterior tivesse
invadido sua praia em todos os níveis. Só
então compreendeu o que acontecera com Anahí. Não
passara de uma aventura inconseqüente, uma escapada com
outra identi­dade, para conhecer o lado selvagem da vida. Ele era o lado sel­vagem.
Aparentemente, o que acontecera fora exatamente o que ela viera procurar,
pensou ele, voltando o rosto para cima e dei­xando que a água
escorresse. Anahí viera para fazer exatamente o que fizera: sexo com um
estranho. Apenas isso.

E ele praticamente a
obrigara a entregar o cartão profissional. Ela não
queria fazer aquilo, mas Alfonso insistira até obter o que desejava.

Caminhou pela chuva,
tendo-se desviado da linha reta que per­correra na ida. Parou por um instante,
orientando-se na direção da cabana pelo sul e aproximando-se por esse
lado. Tinha agora uma nova postura. Deixaria Anahí à
vontade. Se quisesse experimentar sair com ele, é o que fariam, pelo
menos uma vez. Depois de tudo o que haviam feito juntos, era o mínimo
que ele podia fazer para não deixá-la
escapar. Mas não pretendia impor sua presença
depois disso. Se ela não quisesse mais vê-lo, o que podia fazer?

Com esses pensamentos de
rejeição, Alfonso aproximou-se da por­ta, e percebeu
que estava aberta para a tempestade, e que havia algo no chão
impedindo-a de fechar-se.

A princípio,
imaginou que fosse o corpo de Anahí ali na fresta, a impedir os movimentos da
porta. Quando entrou, percebeu que era a tábua de surfe, caída
na abertura.

-
Anahí! Onde está você? -
gritou ele, olhando para todos os cantos da cabana.

Nem sinal dela. A bolsa,
com as chaves do carro e os outros pertences, não estava à
vista.

Alfonso gritou outra
vez, sem esperança. O rugido da tempestade abafava quaisquer
chamados. Ele parou no meio da cabana, incerto sobre o que fazer. Ela poderia
ter ido diretamente para o carro, a fim de ir embora sem se despedir. Ou
poderia ter se metido em encrencas, ou terminado perdida, na chuva, usando
apenas sua camiseta e uma calcinha vermelha.

Deveria ir atrás
dela, ou ficar ali, esperando que Anahí voltasse?